05dez15 - Comunidade (por Munir Soares)

04/12/2015 11:23
UM TIRO NO PÉ
A notícia sobre a compra da Alpargatas, fabricante das sandálias havaianas, pela Friboi, obrigou-nos a um mergulho nas ondas da saudade. A quadra cimentada do clube Blondin foi o palco maior do futsal lagunense. Embora suas instalações fossem acanhadas, um público vibrante, entusiasta, ocupava todos os lugares, inclusive, improvisando acomodações. O tênis não era ainda um calçado popular, no final da década de 50, início de 60. Alguns jogadores, de pouca grana, mas com “caderneta” na Sapataria do seo Admar Speck, compravam fiado, tênis em forma de botinhas. Conga e kichute surgiram anos mais tarde. Alguns atletas utilizavam calçados alternativos como, por exemplo, a Alpargata roda, calçado barato, feito de lona (brim) e solado de corda (cisal), fabricado pela Alpargatas.
Mário Martins, vulgo Marinho Salame, jogava pelo “Bola Preta Futebol de salão” atuava calçando alpargata roda, e tinha um verdadeiro canhão nos pés. Naquela noite de casa cheia, o time do Marinho enfrentava o Blondin, ou a Capitania, não sei ao certo. Um clássico do salonismo local.
Entre as pessoas que trabalhavam no local, como vendedores ambulantes, o mais conhecido era o “Banana”. Ele ganhou este apelido por causa dos produtos que vendia, os saborosos pastéis de banana. Durante o jogo, “Banana” empoleirou-se atrás da trave, sobre o muro que separava a quadra, da residência do comerciante Luiz Nunes. Jogo difícil. Falta a favor do “Bola Preta”. Marinho Salame ajeita a alpargatas e desfere o chutão. Um tiro no pé, ele atirou no que viu, e acertou o que não viu. A bola perdeu-se à direita do gol e a alpargatas, soltando-se do pé, atingiu o “Banana” no peito. O impacto jogou-o no quintal do vizinho, e o tabuleiro, caído, esparramou pastéis para todo lado.
 
 
 
DEDO DE PROSA
Papo descontraído, descompromissado, relaxante, em suma uma conversa antiestresse. Assim pensava Paulo Cereja, da Rádio Transamérica, ao dirigir-se para o encontro com os cinco amigos. Sua chegada mal foi notada pela turma, pois todos estavam ocupados, ligados, conectados, de olho nos dedos que escorregam sobre a tela do smartphone. Um dedo de prosa em tempos de internet.
Com a sobriedade de um coroinha ao recolher a “salva” na Igreja, Cereja dirigiu-se ao balcão do estabelecimento, retornando com uma bolsa de plástico. Recolheu todos os celulares dos amigos, colocou-os na sacola, que deixou sob a guarda do proprietário.
___ Nós viemos, aqui, para conversar ou para se “internectar”?
No filme, o personagem Edward foi criado com mãos de tesoura.
No mundo atual as pessoas estão cada vez mais ligadas pela internet. O celular já faz parte do corpo humano. Pessoas que chegam a dormir com o aparelho preso ao pulso, para acompanhar as mensagens que chegam durante a madrugada. Num futuro próximo já poderemos estar noticiando o nascimento de Edward mão de celular?
A jovem entrou no sanitário. No trono, mesmo durante o exercício de uma atividade privada, ela, usando fone de ouvido, continuou dedilhando seu smartphone. Nunca se sabe a hora que uma mensagem importante pode chegar. Ligadona na moderna tecnologia, e distraída para as trivialidades do cotidiano, a moça ao terminar suas necessidades fisiológicas, usou a tela de seu celular como se fosse o papel higiênico. O Whatsapp ecoou na rede. Muita gente curtiu aquele momento e, até, compartilhou...
 
 
 
PROCURA-SE
Vários vereadores governistas já atuaram como líderes do governo Everaldo na Câmara Municipal. Um cargo com muita rotatividade. Dizem que, atualmente, está difícil de encontrar um líder. Comenta-se, que o Rei da Babilônia estaria propenso a escolher seu líder, por sorteio. Com anuência do presidente da Casa ele colocaria pedras de bingo (ou víspora) dentro de um saco ou porongo. Quem tirasse a pedra maior assumiria a liderança por 60 dias. Participariam do sorteio edis da base governista. Vereadores veteranos não teriam gostado da ideia, é que macaco velho não põe a mão em cumbuca (porongo).
 
 
 
O LADO FEMININO DO REINO DA BABILÔNIA
O lado mulher do Reino babilônico. Ao iniciar-se o último ano do mandato de Everaldo, percebe-se, claramente, que boa fatia do poder está nas mãos de mulheres. Quem seriam as mulheres poderosas do Reino de Everaldo? 
- Maria Inês, Presidente da Fundação Irmã Vera, mas com tentáculos em outros setores.
- Lorena Andrade, titular da Secretaria de Assistência Social. Mãe do vereador Macho.
- Raquel Xavier, comanda a Secretaria da Saúde.
- Simone Belmiro, assumiu a Secretaria de Educação.
- Grazielle Sitônio, atualmente é adjunta na Secretaria de Planejamento.
- Aline Trichês Savi, Presidente da Fundação do Meio Ambiente.
- Brígida Sabra, adjunta na Secretaria de Finanças.
- Ivete Scopel, vice prefeita.
Outras mulheres poderosas, que atuam nos bastidores, estariam no Gabinete do prefeito e na Secretaria da Saúde. 
 
 
 
E POR FALAR NELAS...
O prefeito Everaldo vai sair de férias no verão e entregar o governo para a vice Ivete Scopel? Não é bom arriscar, pois como dizia aquela brincadeira de criança: “quem vai ao ar, perde o lugar...”. A trilha sonora no Paço Municipal, atualmente, seria a música de Martinho da Vila: “já tive mulheres/ de todas as cores/de várias idades e muitos amores...”.
 
 
 
ESTRANHO NO NINHO
Sentindo-se um estranho no velho ninho, o prefeito peemedebista Everaldo dos Santos já pensa em mudar de galho. O boato da semana: O alcaide lagunense participa, em Tubarão, de reunião com os tucanos. Estaria pensando em filiar-se ao PSDB para disputar a reeleição. No caso, como ficariam os cargos do PMDB na Prefa? Não está morto quem peleia. No diretório da Laguna, entre os tucanos ilustres, destacamos vereador Vilsinho e ex-prefeito Nazil Bento Junior.
 
 
 
O ENCONTRO
Aconteceu no Chedão. No domingo quatro ex-prefeitos da terrinha assinaram ponto. João Gualberto Pereira (Joãozinho) ali compareceu ainda no período matutino. Durante o almoço um encontro casual e um abraço fraternal reuniu Dr. Juaci Ungaretti, Mário José Remor e Nelson Abraham Netto. Homens que comandaram os destinos da Laguna, e que continuam recebendo da população manifestações de respeito e carinho. Dr. Juaci, com mais de 90 anos, bebericou um cálice de vermute com Underberg. Nazil Bento Junior, também ex-prefeito, é presença marcante nas manhãs de sábado do Chedão. Prefeito Everaldo, sumiu do Chedão. Paulinho Rebelo e Mauro Candemil têm aparecido no local, com mais frequência.
Edésio Joaquim é o recepcionista oficial do Chedão. Reza a lenda, que candidato que não recebe as bênçãos do Edésio morre na praia, não pega nem a “Barca”.
 
 
 
PERSONA NON GRATA
Edésio em Brasília é como ave de mau agouro, pairando sobre a cabeça dos políticos. Senador Delcídio foi preso. Renan Calheiros foi indiciado. Dilma e Cunha estão pela bola sete. Medida Provisória, se aprovada, pode considerar Edésio como persona non grata, em Brasília.
As imagens no facebook mostram Edésio, bem humorado, jantando em um restaurante japonês, o famoso “Mixuruca”. Ele confessou:
___ Pessoal, realmente, é muito difícil comer com dois pauzinhos...
Comentário dos garçons do Chedão, Jorge e o “CY” que conhecem a freguesia:
___ Ele não está comendo, nem com pauzinho...
Decidido: Edésio vai fazer tricô no SESC e, assim, aprender a mexer com duas agulhas, ao mesmo tempo.
 
 
 
OPERAÇÃO LAVA-GATO
Edésio foi convocado para a Operação Lava-Gato. Intimado a dar banho no gato da neta.
 
 
 
NOTAS ESPARSAS
Obras estaduais podem começar ainda este ano. Escola Ana Gondin seria uma delas. Vice-governador, lagunense, Eduardo Pinho Moreira batalha por mais dois cursos para o campus da UDESC Laguna: Direito e Engenharia focada em fontes de energia renováveis.
 
 
 
SANITÁRIOS
Continua fedendo o caso das reformas dos sanitários na Praia do Mar-Grosso. Tem gente que diz que é pura implicância da oposição.
___ Não se pode fazer cagad..., nem no sanitário????
 
 
 
GUARDA DE TRÂNSITO
O bonito monumento ao boto foi colocado no pátio de manobras dos ônibus responsáveis pelo transporte urbano. A fim de evitar atropelamento deveriam colocar no boto um desses coletes usados pelos guardas de trânsito.
 
 
 
ESTRADA DO IRÓ
Esta semana tivemos mais um acidente de trânsito na estrada do Iró. Em novembro de 1997, escrevi no jornal “Tribuna Lagunense” a seguinte nota: Estrada do Iró. O pequeno trecho que une a Praia do Mar-Grosso à Praia do Gi está novamente intransitável. O asfalto está totalmente esburacado.
 

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