05set15 - Comunidade (por Munir Soares)

04/09/2015 08:57
IVETE BOTA A TROPA NA RUA
Aproveitando-se da omissão do poder público municipal, Ivete Scopel convoca sua tropa, e ocupa a praça do museu, palco da proclamação da República Juliana em 1839. Diante do monumento de Anita Garibaldi prestaram homenagem à Heroína de dois mundos, pela passagem de mais um ano de seu nascimento. Enquanto o ex-prefeito Cadorin comandava a cavalaria, os cantores João Rodrigues e Terezinha (Inha) Flor davam o toque harmônico à festividade. Estava na rua o Movimento pela Retomada da Laguna.
O que foi que somente o Edésio, morador da praça, viu? Léo Felippe, presidente do Instituto Anita Garibaldi, todo pilchado, poncho, bombacha e espora, momentos antes da cerimônia, desistiu de montar. Trauma da juventude. Em Orleans, ao brincar de caubói, teria levado um coice, ao tentar trepar na égua. O garanhão do potreiro não teria gostado da concorrência.
Léo não poderia decepcionar o bravo piquete dos pampas, que o aguardava na praça. E foi, assim, que ele, com o destemor de um guapo cavaleiro das coxilhas, surgiu impávido colosso, montando um cavalinho de pau e cantando: 
Garibaldi foi à guerra/ num cavalo sem espora.
O cavalo tropicou/ Garibaldi pulou fora.
Fotógrafo Elvis Palma teria flagrado aquele momento histórico.
 
 
 
QUEBRA-GALHO
Ivete Scopel, em entrevista ao radialista Batista Cruz, afirmou que o prefeito Everaldo, em sua réplica aos “considerandos” de sua carta de renúncia, mentiu ao afirmar que lhe oferecera algumas Secretarias. Palavras da Vice Scopel: “Certa ocasião, eu estava em Florianópolis, quando recebi telefonema do procurador do município, pedindo o número do meu CPF. Queriam que eu assumisse a Secretaria de Assistência Social, por dois meses. “Era só para quebrar galho, e sanar alguns problemas naquela pasta”.
Proposta inconveniente e indelicada. Indiretamente, estariam sugerindo que dona Ivete fizesse dieta, pois como diz o ditado, quem “quebra galho”, é macaco gordo.
 
 
 
QUEBRA-CABEÇA
O mundo político da santa terrinha ficou alvoroçado com reuniões pelos quatro cantos da cidade. O pleito foi antecipado. Partidos mexem suas peças para montar o quebra-cabeça, sem ferir suscetibilidades, pois em alguns casos, lideranças do mesmo partido defendem posições antagônicas com relação aos nomes dos candidatos a prefeito da Laguna. Diálogo e paciência são ingredientes capazes de aparar as arestas, só assim o Partido pode ficar inteiro para as lidas eleitorais. Afinal, não é a política a arte de engolir sapos?
 
 
 
TEMPO
Faltam, apenas, 24 dias para os candidatos que desejarem trocar de partidos.
 
 
 
UMA PARÁBOLA PARA OS GOVERNANTES, ATUAIS E FUTUROS
Em um Reino, que não era o da Babilônia, o monarca, antes de sair para uma caçada consultou seu guru para assuntos meteorológicos.
___ Tempo bom para os próximos dias. Nenhum sinal de chuvas.
O rei ultimou os preparativos, e partiu com uma grande comitiva. No trajeto encontrou um lavrador acompanhado de um burro.
___ Bom dia!
___ Bom dia majestade, mas vai chover. Quando o meu burro fica com as orelhas caídas, é chuva na certa.
O monarca, confiando no Guru palaciano foi em frente, e teve que suportar um toró, chuva e vento.
Dias depois, já no palácio, mandou chamar o lavrador. Queria contratá-lo como o Homem do Tempo, do palácio. Ele recusou. Não era homem de viver na corte.
___ Então, me venda o seu burro. E, assim, foi feito.
Foi a partir daí, que os governantes passaram a contratar BURROS, para ajudá-los a governar.
 
 
 
HISTÓRIAS À MARGEM DA HISTÓRIA
Somente após a palestra do professor Ruben Lima de Ulisséa, com o tema “Anita Garibaldi – heroína por amor” é que a sociedade entendeu, e até perdoou o episódio da separação de Anita e seu marido Manuel. Richard Calil Bulos – o Chachá, o mais completo jornalista a atuar na imprensa local nos últimos 50 anos, e defensor dos indissolúveis laços do matrimônio, continuou crítico contumaz da atitude de Anita. Após o falecimento do Chachá, examinando alguns pergaminhos apócrifos tirei minhas conclusões. Manuel Duarte, o primeiro marido, era sapateiro, mas não era nenhum “pé-de-chinelo,” e tinha fama de ter um bem dotado, 44 bico largo. Propaganda enganosa. Anita logo constatou que o maridão não dava no couro. No máximo um preguinho para uma meia-sola, e adorava lidar com sapatão. Anita desgostosa, deu no pé. Um salto alto para os píncaros da história mundial. Chachá, com certeza concluiria, dizendo: Abre aspas: O sapateiro continuou a vida, curtindo couro e engraxando os chifres. Fecha aspas.
 
 
 
PESCADOR PRECAVIDO
Vale a pena ler de novo. Fatos ocorridos em 2.008. O “causo” me foi contado pelo Marquinhos, que trabalhava numa lanchonete do calçadão do centro. Tudo na moita, segredo de sepultura. Garantiu-me, entre quatro paredes, que o Chede (Jairo) botafoguense doente e proprietário da Pizzaria Chedão teve que recorrer a ajuda meritória do pessoal do “AA”.
___ Alcoólatras Anônimos? 
___ Impossível, Chede só bebe umas cervejinhas, socialmente, e ainda divide as “lourinhas” com o Edésio.
___ Tudo fachada, afirmou Marquinhos, mas era na pescaria, que ele soltava a franga, ou melhor, o gambá...
___ Era?
___ Sim, era. Depois de cair da canoa, e quase se afogar, foi aconselhado pelo Perninha, seu garçom e companheiro de pescaria, a procurar ajuda no “AA”. Perninha entregou o patrão, de bandeja.
___ Se já está curado, brindemos a isto...
___ É o que todo mundo pensava, mas, cachorro que come pinto, não perde a “barda”. Ele só trocou de “veneno”.
___ E, o Edésio sabe dessa recaída?
___ É cúmplice. Agiu como a serpente, que botou “minhoca” na cabeça do Adão, e o que aconteceu já entrou para o anedotário nacional.
Manhã de sol. Chede e Edésio seguem de canoa, em direção ao pesqueiro, lá para as bandas do Ribeirão Pequeno.
___ O que temos aqui neste embornal, indaga o bisbilhoteiro Edésio.
___ Um “Kit” de primeiros socorros. Um pescador prevenido vale por dois.
___ E, estes dois litros de caninha? 
___ Tu não tinhas deixado de beber? E, por que trocar a cerveja pela “mardita”?
___ Nós não vamos ficar acampados naquele mangue? Se uma cobra nos picar, a gente desinfeta com a pinga, e toma alguns goles para anestesiar.
Era verdade, às vezes, jararacas são encontradas no capão e no aguapé.
Algumas remadas depois, Edésio solta um grito de pavor:
___ O que é isto neste samburá?
___ Uma COBRA. Com uma cobra a bordo a picada estava garantida, e a medicação não seria desperdiçada.
Cardume de tainhas nada em direção da rede. Era preciso agir, rapidamente, para fechar o cerco. Edésio tomou um trago, de canudinho, e pulou n`água. Sem perceber o engano, guardou o litro de cachaça no mesmo samburá em que estava a cobra. Após o embarque dos peixes escutaram um estranho soluço. Era a cobra, completamente bêbada. Esvaziara o litro, de canudinho. Era o fim da picada. Atualmente, Chede só vai para a pescaria com médico a bordo. Com o doutor Lúcio vigora a Lei Seca. E, ele COBRA... 
 
 
 
PARA FECHAR A COLUNA
Em evento em Criciúma, o vice- governador Eduardo Pinho Moreira (PMDB) lançou as seguintes candidaturas para prefeito: de Araranguá – César Cesa. Criciúma: Luiz Fernando Cardoso, o Vampiro. Tubarão: Edinho Bez.
Em Laguna? 
___ Aguardemos a fumacinha branca.
 
 
 
MST 
Após dois anos sem desfile, pista do Sambódromo já pode ser considerada área improdutiva e passível de ocupação pelo MST (Movimento dos Sem Terra)?
 
 
 
SACI-PERERÊ 
Dizem, que do espetacular acervo de fotos do professor Marega, a mais rara é uma do folclórico Saci.
___ Da época em que ele, ainda, não usava o famoso barrete vermelho?
___ Não, é uma fotografia do tempo em que o Saci ainda tinha as duas pernas...
 

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