06fev16 - Orleans: Veto do prefeito irrita vereadores

05/02/2016 10:29
A primeira reunião ordinária da Câmara de Vereadores de Orleans foi acentuada pelo veto do prefeito às emendas do Projeto de Lei do Executivo - PE nº 43, de 29 de outubro de 2015, que estima a receita e fixa a despesa para o exercício de 2016. Esse projeto foi aprovado por unanimidade pelos edis em dezembro e o orçamento para este ano ficou estimado em R$ 72.628.848. Entretanto, foram incluídas emendas parlamentares pelos vereadores, e também foi modificada uma emenda. Todas elas foram vetadas pelo prefeito Marco Antônio Bertoncini Cascaes (PSD), o que causou desapontamento por parte dos vereadores. O tucano Mário Coan comentou o assunto. “O prefeito reclamou, dentre outras coisas, de uma redação muito específica feita pelas comissões da casa, mas pelo menos não existem tantos erros gramaticais e ortográficos quanto às mensagens e a própria mensagem de veto que chegou a essa casa. Lá dentro da prefeitura existe uma coisa muito interessante que é o corretor ortográfico, que é o Word, inclusive ele contempla as novas mudanças ortográficas impostas para a população. Pois bem... Quero saber onde está o demonstrativo do final do ano passado do orçamento, da execução orçamentária? O prazo é dia 20 do mês seguinte e ainda não chegou nessa casa o fechamento das contas do ano passado. Enquanto o executivo pensa que nós estamos engessando o orçamento, nós apenas estamos tentando proteger a população de alguns governos que monocraticamente tentam impor a população não aquilo que elas precisam, mas sim aquilo que eles acham que é importante”, comentou Coan. Osvaldo Cruzetta (Vá) também ficou decepcionado com o veto. “Infelizmente nos debatemos na primeira sessão com o veto do prefeito não concordando com algumas questões que a Câmara discutiu com a comunidade. Fomos vetados. Então o prefeito está dizendo que não quer fazer essas obras que nós apontamos aqui para beneficiar a sociedade. Por outro lado, ele diz aqui na justificativa: “A Administração Pública deve atender o cidadão na exata medida de suas necessidades”. Pois é, a comunidade de Rio Pinheiros está com duas pontes em situação precária, nem um caminhão tem condições de passar para pegar a produção do pessoal, e é dessa forma que nós nos encontramos com os vetos. Por outro lado eles dizem que é improbidade administrativa aceitar aquilo que a Câmara propôs. Para mim, o aumento da iluminação pública, que o prefeito aumentou por decreto, isso sim é improbidade administrativa. Eles acham que os vereadores são todos tapados, não entendem nada. Eles colocam no papel e nós vamos engolir, não é assim não. Muitos artigos constantes nessas 16 páginas do veto foram escritos para tentar não fazer as obras que a sociedade quer”, desabafou o parlamentar. O presidente da Casa, Pedro Orbem foi outro que estranhou a decisão do prefeito. “Eu fiz uma emenda da Rua José Del Castanhel, no loteamento João Rabelo, os moradores me procuraram, busquei o recurso de R$ 250 mil que já será depositado no próximo mês na Caixa Econômica para fazer o asfalto. E agora? Estranhei muito o veto, mas o prefeito é que tem a decisão”, declarou Orbem.
 

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