07fev15 - Vida Saudável (por Liliane Pereira)

06/02/2015 09:49
Intolerância a lactose e alergia a proteína do leite, você sabe a diferença?
Nos últimos anos, tanto a alergia a proteína do leite quanto à intolerância a lactose estão acometendo muitos indivíduos, e as pessoas se confundem muito, pelo fato do vilão em questão ser o leite, e muitas vezes sem a informação correta, caem em modismos alimentares. Vale lembrar, que esses agravos são bem diferentes e cada um requer um tratamento individualizado.
A intolerância a lactose acontece quando o açúcar presente no leite não é digerido, ou totalmente quebrado, ocasionando alguns desconfortos no intestino, porque devido à fermentação que ali ocorre, gera alguns sintomas como acúmulo de gases, diarreia e distensão abdominal.  Essa falha na digestão se dá, pela ausência ou deficiência da produção da enzima lactase, responsável pela quebra do açúcar do leite (lactose).
Existem diferentes graus de intolerância a lactose, leve, moderado e grave.  Algumas pessoas já vêm com deficiência da enzima desde o nascimento, há casos também, que a produção da enzima vai diminuindo com o decorrer da idade.  Sem contar que existem situações em que a produção da lactase é comprometida por doenças já existentes no intestino, e os sintomas desaparecem ou diminuem desde o momento que a tal patologia seja monitorada.
A forma de tratamento da intolerância a lactose se dá através da retirada do leite na fase crítica, e reinoculando aos poucos o leite e seus derivados até onde o indivíduo consegue tolerar, sem apresentar algum sinal de desconforto.  Fato importante que vale destacar, que a indústria garante um adequado aporte de cálcio aos indivíduos portadores desse agravo, pois, desenvolveram comercialmente a enzima lactase para suplementação e leites e derivados enriquecidos com a enzima ou com baixo teor de lactose.
Já no caso da Alergia a Proteína do Leite ocorre uma reação autoimune, que o organismo não reconhece a proteína, considerando ela como um agente agressor desencadeando alguns processos alérgicos como urticária e vermelhidão, cólicas, sangramentos intestinais, constipação e em alguns casos até diarreias.  
Em portadores da Alergia a Proteína do Leite, fica suspensa a ingestão de leite e seus derivados, porém, existem fórmulas específicas no mercado que garantem um aporte adequado de cálcio.  Nesses casos há também opções de leites vegetais para serem comercializados, como leite de soja, leite de aveia, leite de castanhas dentre outros.
Vale lembrar que para o indivíduo que não apresenta nenhuma intolerância e nenhum sinal de Alergia a Proteína do Leite é de suma importância garantir um aporte de cálcio através da ingestão de 2 a 3 porções de leite e derivados ao longo do dia, não caia em modismos!
 

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