10ago13 - Escândalo das Águas pode ser maior que mensalão

Escândalo das Águas em Santa Catarina poderá ser pior que o mensalão. A CPI proposta pela deputada Ângela Albino poderá suplantar outros escândalos de desvio de dinheiro e maracutaias patrocinadas por políticos corruptos e empresários com o mesmo naipe. Já são mais de 24 cidades que podem estar envolvidas e a CPI deve induzir as Câmaras de Vereadores a também se manifestarem sobre o assunto. Todos os arranjos que foram feitos; Quem são as empresas e os sócios... No caso de Tubarão, criaram uma AGR - Agencia Reguladora que se transformou num cabide de emprego. São treze (13) empregados, alguns bem assalariados. A Prefeitura gasta para manter uma casa e essa gente mensalmente, R$ 200 mil reais, R$ 4.400 (quatro milhões e quatrocentos) por ano.  Afinal - Municipalização das águas: Faz bem ou mal para a cidade, para o cidadão? O que vimos atualmente é o desmonte da Casan em várias cidades do Estado e a privatização desses serviços para empresas, cujos interesses nunca ficaram bem esclarecidos. A deputada Ângela Albino acaba de abrir uma CPI das Águas na Assembleia Legislativa, que vai varrer o Estado inteiro. Começou por Palhoça.  Ela assegurou para esse colunista que virá à Tubarão e Içara, conhecer o sistema. Em Tubarão muitas dúvidas pairam no ar. Como funciona as Águas de Tubarão? Quanto arrecada e quanto investe em nossa cidade?  O que faz a AGR? Quem ocupa esses cargos? Quais são as suas funções?  Quanto o prefeito gasta com esse gigante? Precisamos de bons serviços de água e esgoto. Há que preço? O cidadão merece isso? O que o povo de Tubarão não precisa é de dinheiro indo pelo esgoto. Precisamos estar lado a lado com a deputada Ângela Albino, acompanhando todo esse processo. Ficando do lado do cidadão. Este assunto para nós veio em boa hora, afinal 18 anos de jornalismo atuante deste Jornal. Não são 18 dias! Doa a quem doer. Coragem não nos faltará. Cabe também ao MP (Ministério Público do Estado de Santa Catarina) ser mais atuante. Sair do conforto e ir de encontro à sociedade. O MP é um gigante adormecido em algumas questões. Deveria usar a imprensa como aliada e botar na cadeia, canalhas, políticos e empresários usurpadores. E para os atuais prefeitos um recado: Aproveitem o momento e cancelem até segunda ordem contratos que estejam sob suspeitas. Em Tubarão e Capivari de Baixo é sabido que tem algo de podre na dinamarca. Os prefeitos precisam agir; o Poder Legislativo não pode seguir taciturno. O jornal A Crítica, através de seu proprietário, alertou o prefeito Moacir Rabelo no dia de ontem, sexta-feira (08), para que extirpasse a empresa RAIZ de Capivari de Baixo. O que precisa ser feito é abrir uma CPI e apurar, como é que esses bandidos se instalaram em Capivari de Baixo. 

 

 

Em 2008

O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil de Garopaba em 2009 ouviram uma gravação de um vídeo feita pelo prefeito do município, Luiz Carlos Luiz (PMDB), que mostrava uma suposta tentativa de suborno praticada por um vereador. O objetivo do edil seria direcionar o edital de concorrência para concessão de serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no município. A conversa do prefeito — chamado popularmente de Luiz Nestor — com o vereador Jucélio de Souza Clementino (PP) ocorreu em 2008. De acordo com Nestor, o encontro ocorreu 12 dias depois da eleição municipal.  A gravação mostrava que o prefeito teria recebido uma oferta de R$ 700 mil por parte de Jucélio. No filme encaminhado ao MP e à Polícia, o vereador não indicava quem pagaria o dinheiro, mas diz que o valor seria só para o prefeito, e que este poderia conseguir "um pouco meio já".  O vereador (ousado) disse que a empresa que estaria interessada na licitação — segundo ele, a Cibe Participações — "Seria a empresa que iria tomar conta de Santa Catarina" na área de abastecimento. 

 

 

Habeas Negado

Os envolvidos no escândalo da empresa Águas de Palhoça tiveram habeas corpus negado. O Desembargador entendeu que o flagrante "conta com suficientes razões" e "circunstâncias concretas". O habeas corpus que pleiteava a soltura dos três presos suspeitos de corrupção no escândalo na autarquia Águas de Palhoça foi negado pelo Tribunal de Justiça. O ex-secretário de Governo Carlos Alberto Fernandes Junior, o Caco, seu pai Carlos Alberto Fernandes, e o empresário Luiz Fernando de Oliveira, da empresa Raiz Soluções Inteligentes seguem reclusos na carceragem da DEIC (Diretoria Estadual de Investigação Criminal). Os três foram presos em flagrante no dia 15 de julho, na operação coordenada pelo GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e são acusados de participarem de um esquema para o pagamento de propina para a manutenção de contratos entre a empresa Raiz Soluções Inteligentes e a Águas de Palhoça. A Raiz mantém negócios com a prefeitura de Capivari de Baixo numa atividade em que o ex-prefeito de Jaguaruna, Marcos Tibúrcio, tem a outra parte com outra empresa.  O prefeito Moacir em Setembro do ano passado, juntamente com seu vice Tião, subscreveram um documento no qual se comprometeram em devolver para a Casan esse serviço, todavia estamos no 8° mês do ano e só agora com a prisão do empresário da Raiz o assunto volta à mesa. O prefeito esteve envolvido noutras questões, como a queda da arrecadação, mas está atento com o departamento jurídico na efetiva tomada de uma decisão.