10set11 - Psicologia no Cotidiano (Graciele Locks)

09/09/2011 15:21

 Declare sua independência emocional

 

Chega setembro (ou época de copa do mundo) todo mundo vira patriota. “Independência ou morte” bradam-se aos quatro ventos, mas só de pensar em todas as escolhas que deve fazer na sua vida antes de badalar meio-dia, você preferiria estar numa masmorra medieval.

Primeiro aspecto importante é esclarecer que ninguém é autosuficiente. Sabendo-se disso podemos pedir ajuda sem parecermos frágeis ou incapazes de lidar com nossas mazelas. Nascemos todos dependentes. E a dependência não é só física, não é só comida-proteção-comida, necessitamos também de uma alimentação saudável emocional.

A alimentação saudável emocional (alegria, carinho, afeto, amor, atenção) pode garantir a todos uma gestão individual que permita de forma madura atingir a autonomia emocional. A interação é essencial entre as pessoas, a falta de interação é uma perda, mas a interação – o relacionamento – pode gerar uma relação tóxica, uma dependência. O dependente emocional (patológico) relaciona-se com os outros como se ele próprio fosse um anexo e que precisasse com urgência de tudo que tem fora de si para preencher seu vácuo emocional.

Para começar vamos elencar alguns pensamentos que soam disfuncionais e são freqüentes:  a família sempre teve comportamentos disfuncionais e que justificam o estado atual; possuem baixa auto estima; a felicidade sempre depende de outrem; e em contrapartida sente-se sempre extremamente responsável pelos outros; e ele sempre estará tentando procurar algo que falta em sua vida (e quem não está?).

Para conquistar a independência emocional, você deve responder a três perguntas:

“1) que você realmente quer ...? 2) Você pode aceitar a responsabilidade total para as emoções e sentimentos vivem dentro de você? ... 3) Você está comprometido a tomar o tempo necessário e os meios para fazer as mudanças que você quer fazer?” (Richard Thibodeau – tradução da autora)

Assim você poderá olhar para trás e se sentir mais livre, com amor próprio, segurança emocional, sabendo lidar com a solidão e principalmente estar bem diante de suas próprias emoções. E finalmente entender que independência conjuga melhor com qualquer sentimento que seu antônimo.

 

Obs.: é importante ressaltar que esse processo de independência emocional pode ser árduo e você pode precisar de ajuda profissional para suplantar as barreiras da mudança. Procure ajuda psicológica.

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