12jul14 - Orleans - Colina Limpa: Vereador pede renúncia do prefeito

11/07/2014 11:09
O vereador Osvaldo Cruzetta, que já foi prefeito de Orleans, está inconformado com a atual administração do prefeito Marco Cascaes (PSD), “tendo secretário que é genro envolvido, tendo irmã envolvida, tendo dois assessores jurídicos da prefeitura envolvidos e quais foram os procedimentos tomados pelo prefeito até agora? Nenhum. Temos secretário, temos vereador que estão envolvidos lá, ninguém pediu demissão do cargo, todo mundo se tapando com a mesma manta, esperando que a sociedade engula mais uma vez essas falcatruas. A renúncia do prefeito seria o melhor caminho no meu entender nesse momento, para que o município possa continuar no ritmo do desenvolvimento e sair desse mar de lama que se encontra. Quem de nós vai ainda acreditar nessa turma que está aí governando o nosso município? Quem cometeu os erros? Os responsáveis têm que pagar pelos seus atos. Eu não mandei ninguém ir lá e fazer esses atos ilícitos”, fustiga o vereador, ao dar como exemplo a questão da compra de dezesseis mata-burros de ferro, e que só foram entregues nove. Só ai foi desviado R$ 31 mil, apontados pelo ministério público como crime de fraude processual, crime de peculato e falsidade ideológica. Outra situação abordada como exemplo pelo vereador foi sobre a licitação das máquinas que foi anulada, “tinha um secretário e um ex-prefeito envolvidos. Eles queriam propina para cancelar a licitação e abrir outra”, disse Vá. É outro fato apontado pelo MP como crime de corrupção passiva, ativa e prevaricação. E a irritação do vereador foi mais além: “Tem mais alguns, o carnaval do nosso município: Os valores iniciais seriam R$ 45.994,00, fraudaram o procedimento licitatório aumentando a proposta da empresa vencedora no valor de R$ 78.500,00, empresa essa ligada ao governo. Superfaturamento de R$ 32.500,00, que foram recursos desviados, crime de peculato e fraude na licitação” detonou o vereador e ex-prefeito. “Quero também citar aqui aquela construção do muro do cemitério, e a capela mortuária, o superfaturamento está comprovado, mais de R$ 300 mil foram desviados, são recursos que saíram dos cofres públicos e ninguém sabe onde estão. Essa acusação é contra o ex-prefeito (Jacinto Redivo) que executou aquela obra” esclareceu Vá citando apenas alguns casos que foram denunciados pelo Ministério Público e acatados pelo Juiz de Direito da cidade.
 
 
Quem não paga o pato não deve comer o pato
Ainda na tribuna da câmara, outro vereador revoltado com a situação é Mário Coan que desabafou, “eu recebi um telefonema de um grande empresário, ele me fez uma pergunta: Tu vai deixar a tua cidade mais oito anos do jeito que está? Respondi para ele: Primeiro, não depende só de mim, tenho um voto só, essa mudança depende da maioria de dois terços dos vereadores. A câmara tem que fazer alguma coisa em relação a isso tudo. Faremos uma reunião primeira com a bancada de oposição e as lideranças partidárias, depois convocaremos os demais integrantes da câmara para a tomada de posição. Ele (empresário) até brincou com a minha frase, de quem não paga o pato não deve comer o pato, é exatamente essa frase que eu vou usar para que as coisas sejam colocadas da forma certa”, concluiu Coan. 
 
 
 
Sim, sim – Não, não
O peemedebista Antônio Dias André, mais conhecido por Geada, assegurou que os vereadores não estão preocupados em apertar o executivo “e dizer que não é do nosso partido, então vamos fazer com que ele sofra, nada disso. Nós não temos lado político partidário para agradar, nem para desagradar, o que for correto vamos dizer sim, o que for errado vamos dizer não. 
 
 
 
Perda de mandato
O vereador Osvaldo Cruzetta foi mais incisivo em relação ao legislativo que é um órgão de fiscalização. “De cara limpa aqui nessa tribuna, de voto aberto, se tiver que votar pela perda de mandatos, seja de vereador, ou de prefeito, façamos isso, em defesa da nossa gente, do nosso povo, da nossa terra, da honra do nosso município, é por isso que fomos eleitos vereadores, para corrigir as falhas e não permitir que isso continue por mais dois anos. Espero francamente que esse poder, dentro de poucos dias, possa fazer os procedimentos legais para a perda de mandato daqueles que estão envolvidos, já que nenhum dos que foram citados pelo Ministério Público pediram demissão do cargo ou o prefeito tomou a decisão de dizer que aqui ao meu redor não tem lugar para corrupto, aqui ao meu redor não tem lugar para ladrão, esse era o papel que o prefeito deveria ter feito, e não se tapar com a mesma manta e querer que o poder legislativo concorde com essas falcatruas, aqui não”, finalizou o vereador. 
 

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