12jul14 - Tubarão: Sem monitor, academia ao ar livre favorece lesões

 

A ideia dos vereadores em pedir academias ao ar livre foi muito boa, mas elas chegam com polêmicas à vista. Qualquer pessoa que queira frequentar uma academia localizada em Tubarão, não basta à vontade. Ela precisa vir com um atestado médico indicando a capacidade daquela pessoa para a prática de exercícios.  E é ai que entra o papel fundamental de um profissional de Educação Física. Nesta semana, Tubarão ganhou Academias ao Ar Livre. Desta vez receberam as academias as comunidades da Passagem, Centro, oficinas, Morrotes, Humaitá de Cima, São Cristóvão e São Martinho. Outras 20 academias serão instaladas em breve. Ambas fazem parte do projeto da prefeitura estimulado por boa parte da edilidade, mas que já é alvo de críticas (leia abaixo) do Conselho Regional de Educação Física do Estado de Santa Catarina.  Esses espaços públicos representam riscos de lesões musculares e articulares e até de morte para o usuário. “Temos verificado que estes espaços não oferecem orientação profissional sobre o uso adequado dos equipamentos e está nos cheirando mais politicagem do que prestação de serviço”, afirmou Jorge, do setor de fiscalização do CREF. Essa semana o jornal A Crítica por algumas vezes assistiu crianças, idosos e os portadores de patologias, como cardíacas, usando aparelhos sem nenhuma orientação. As crianças correm o risco de se machucar nos equipamentos, que logo começarão a se deteriorar, enquanto os demais podem até sofrer um infarto e morrer por falta de socorro. Um professor de Educação Física conhecido na cidade pede para não se identificar, alerta: “Eu só chamo a atenção para o uso dos equipamentos que exigem equilíbrio no uso por parte do público da terceira idade e para a falta de manutenção dos aparelhos. A prefeitura deixa a desejar em todas as áreas, como vai garantir a manutenção disso?”, asseverou. A reportagem preocupada passou a fuçar o assunto, buscando explicação junto a Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Tubarão. Amanda Menger, jornalista, disse que “a manutenção será responsabilidade da prefeitura. Não haverá contratação de professores para monitoria, no entanto, os educadores físicos do Nasf estão planejando ações nas quais as academias serão utilizadas, potencializando as atividades que eles já realizam nos grupos dos ESFs”, assegurou.  Outro professor que também pede para seu nome não ser citado, tem uma sugestão: “Basta fechar e determinar horários de uso, com suporte de profissional habilitado, para o custo benefício dos espaços saírem quase de graça”.

 

 

 

Vereador estuda Projeto de lei

Na Câmara, a presença de um educador físico nas academias ao ar livre é tema de projeto de lei que o vereador Jairo dos Passos Cascaes quer defender em breve. Baseado no artigo 1º da lei 7.304, de 31/101995, que obriga a disponibilização dos meios para atividade física à supervisão e responsabilidade técnica de um professor de educação física, o parlamentar vai através de projeto de lei forçar a presença de um profissional habilitado em todos os locais, fechados ou abertos.  “Fui o incentivador até porque noutras cidades já estavam instalando essas academias ao ar livre. Mas, reconheço que irregularidades na utilização dos aparelhos, e a garantia de manutenção terão que ser definidas por lei. Hoje estão em perfeitas condições, mas e amanhã?” questionou. 

 

 

 

Novidade começou em Laguna

A Academia ao Ar Livre foi bem vinda na sua chegada na Praia do Mar Grosso em Laguna. Outras cidades também devem seguir o mesmo caminho de Tubarão. Os equipamentos disponíveis pelo poder público trabalham a parte muscular, como extensão lombar, peitoral duplo, e também a parte cardiovascular, como a bicicleta. Boa parte das academias expõe, logo na entrada, placas indicativas sobre a forma de utilizar os aparelhos. Nas ao Ar Livre, porém não conta com monitor especializado que ajude na orientação dos exercícios, como recomenda o Conselho Regional de Educação Física do Estado de Santa Catarina. O jornal da entidade (veja abaixo) disse que quer apenas que a população seja bem atendida e protegida.

 

Fone: Jornal: Informativo do Conselho Regional de Educação Física de Santa Catarina (CREF3/SC) - Ano 13 - N° 49 - Abril-Maio-Junho/2012 - Página 3

 

Prefeito Olávio e vereador Joel da Farmácia testando os equipamentos