12out13 - Laguna: Setor da Saúde trabalha firme na busca de soluções

11/10/2013 10:38
Mesmo sofrendo algumas críticas, Saúde é um setor bem delicado. O secretário de Saúde de Laguna, Luiz Felipe Remor avalia como positivas todas as ações, que vem sendo feitas nestes primeiros nove meses da gestão Everaldo/Ivete. Reuniões para afinar e traças as metas, reformas de postos de saúde, a entrega de obras como a unidade da Vila Vitória até final do mês de outubro. Também este mês ainda será inaugurada a Unidade de Saúde do Magalhães. 
 
Secretário Municipal de Saúde, Luiz Felipe Remor, reuniu equipe do Centro de Atenção Psicossocial para discutir a operacionalização da Unidade de Acolhimento
 
 
Secretário Municipal de Saúde, Luiz Felipe Remor e a vice-prefeita, Ivete Scopel na reunião do Conselho da Cabeçudas, onde foi tratado a reforma do Posto de Saúde que está para acontecer nos próximos meses. Atualmente o bairro Cabeçudas tem dois médicos e uma cota de exames acima da normalidade. 
 
 
Secretário de Saúde, Luiz Felipe Remor, visita a obra da Unidade de Saúde da Vila Vitória, que deverá estar pronta para a entrega até ao final do mês de outubro.  Esta é uma obra moderna e dentro dos padrões do Ministério da Saúde.
 
 
Unidade de Saúde do Magalhães será entregue ainda este mês. O secretário de Saúde, Luiz Felipe Remor visita a obra da Unidade de Saúde do Magalhães, obra está a ser entregue por estes dias. A obra será de grande importância para um dos maiores bairros de Laguna. Ela se chamará Equipe de Saúde do Magalhães Edith Guedes, uma proposta sugerida pelos vereadores de Laguna.
 
 
 
História de Edith Guedes
Edith Guedes Nunes foi uma das precursoras da Enfermagem de Saúde Pública do município da Laguna. Trabalhou nesta área durante 30 anos (entre 1942 e 1972, aproximadamente). Ela iniciou seu trabalho no Serviço de Visitadoras Atendentes, serviço que era muito avançado para aquela época. A visitadora foi a primeira profissional de enfermagem com algum preparo para atuar na Saúde Pública. Em SC, para se tornar visitadora, era preciso fazer curso de um ano nos hospitais de Florianópolis. Edith fez o curso e, em seguida, veio trabalhar em Laguna. Seu serviço consistia em visitar as residências do perímetro urbano para aplicar vacinas, ensinar as mães a preparar mamadeiras, encaminhar gestantes para os exames pré-natais no Posto de Puericultura, monitorar o comparecimento das prostitutas ao Posto de Saúde da Carioca, fornecer orientações sobre higiene e prevenção de doenças em geral. Um período era reservado para as anotações relativas às visitas realizadas, utilizando-se sempre de uma bicicleta. Um dia, numa de suas andanças, acidentalmente realizou um parto domiciliar. Em outra ocasião, ao visitar uma família da Ponta das Pedras, encontrou uma criança passando muito mal, por causa do vômito e diarréia intensos. Orientada por Edith, a mãe foi imediatamente chamar o Serviço de Atendimento Médico Domiciliar de Urgência - SAMDU. Enquanto isso, Edith providenciou, ela mesma, o banho do doente. Atitudes como esta eram comuns no seu cotidiano. Seu sonho era fazer o Curso de Enfermagem, na Escola Ana Néry, no Rio de Janeiro, já que não havia cursos específicos em todo o Estado de Santa Catarina. Foi um sonho que nunca chegou a realizar.
 
 
 
Histórico de Edith Guedes Nunes
 
Bicicleta
Um dia Edith ganhou uma bicicleta do estado, como meio de transporte, para poder trabalhar nos dois postos de saúde e fazer as visitas diárias às famílias com crianças e gestantes. Cada criança tinha um prontuário para que se acompanhasse seu desenvolvimento. Muitas noites, fora de seu horário de trabalho, ficava nas residências para ajudar a dar a medicação e acompanhar as crianças doentes.
Depois de vários anos casou-se com o Sr. Pedro Ribeiro Nunes e mais tarde teve uma filha chamada Adriana Guedes Nunes.
Ao longo do tempo, com sua bicicleta e seu uniforme azul, Edith ficou conhecida da população. Com o seu contato constante com as gestantes e mães, também como função de parteira, ganhou, como forma de consideração e carinho, trinta e seis afilhados.
No relato de sua filha uma lembrança. Havia uma geladeira em sua casa onde eram guardados vários vidros com leite materno, recebido de mães que doavam o leite excedente para outras mães que não podiam amamentar.
Essa valente mulher que hoje é lembrada pelo Jornal A Critica, diariamente visitava várias casas, muitas vezes tarde da noite, desafiando situações de emergência. Num tempo difícil para muitos, ela aplicava injeções, recebia em sua própria casa pessoas que vinham para ser medicadas.
Mãe, mulher e esposa que ainda teve o cuidado com seus pais, no fim de suas vidas. Edith durante sua vida realizou seu trabalho com competência e muito amor. Exerceu com altivez a sua vocação, inclusive após sua aposentadoria. Não aceitava pagamento algum destas visitas. Diferente desta laia moderna de políticos e corruptos. A gratidão das pessoas que cuidava e a sensação do dever cumprido era sua maior retribuição.  Dona Edith nos deixou no dia 29 de junho deste ano de 2013.  Secretário da Saúde, Luiz Felipe Remor, revela que é uma das homenagens mais merecidas que ele vivenciou em sua vida.

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