14set13 - Laguna: A manifestação do “acuado” presidente da câmara não convenceu a todos

13/09/2013 12:09
A reportagem da RBS no último domingo (8), no programa “Estúdio SC”, sobre a venda de lotes pela empresa RCA de propriedade do presidente da Câmara de Laguna, Roberto Carlos Alves (PP), onde compradores de lotes fizeram denúncias de que Alves, através de sua empresa teria comercializado terrenos sem conhecimento dos contratantes e, inclusive, não teria entregado as escrituras, mesmo depois de alguns anos após a venda, também repercutiu na Casa das Leis do município. O vereador Andrey Pestana de Farias (PSD) abordou o assunto na sessão de quarta-feira (11). “A Câmara de Vereadores de Laguna, a casa do povo vem sendo atacada com relação a condutas particulares, da vida pregressa, comercial e empresarial de um vereador, processos aparecem, surgem matérias de 2008, 2010 e 2011, processos em fase recursal, investigações na esfera criminal, matérias pendentes do contraditório e de ampla defesa. De um lado interesses empresariais e de outro lado interesses familiares, muitas vezes de uma vida toda. Entendo as famílias, entendo a agonia dessas pessoas. Questões particulares, pessoais, familiares dos vereadores devem ser mantidas longe dessa casa do povo, que não pode e não merece ser maculada e manchada. Portanto, aguardo dessa forma, assim como muitos a versão do nosso presidente, Roberto Carlos Alves”, questionou Pestana. 
Em pronunciamento, o presidente da Casa disse que um desembargador seria o proprietário do loteamento. “Ele me procurou na época para proceder à urbanização do loteamento, na área de terras que ele dizia ser sua, mas que estava registrada em nome da Dimarco, cujos sócios eram seu pai e outro cidadão, ambos já falecidos. Como os sócios morreram, foi nomeada como administradora da empresa à sua esposa, que ficou responsável por fazer a divisão entre os herdeiros. Portanto, ele e os irmãos receberiam apenas 50% dos lotes e os outros 50% deveriam ser destinados aos herdeiros do sócio”, argumentou Alves que disse não entender como todos os lotes passaram a pertencer a ele. Alves disse que o desembargador sanearia essas irregularidades e o que lhe caberia seriam apenas as obras civis. “Fiz uma proposta para gerenciar e urbanizar o empreendimento, regularizando-o com a obtenção de licença ambiental, abertura de ruas e colocação de meio-fio, asfalto, rede elétrica e abastecimento de água. Como pagamento, receberia diversos lotes e poderia comercializá-los para cobrir os custos com a urbanização”, comentou o presidente que disse que o desembargador se recusou diversas vezes a assinar os contratos que apresentava em forma de minuta. Ainda conforme Alves em fevereiro de 2012, foram assinados três contratos, um para cada obra, e todos seriam pagos com a transferência para seu nome (Roberto) ou de terceiros, num total de 73 lotes. “Ainda exigi a escrituração dos lotes que eu havia vendido a terceiros com autorização verbal e estava sendo pressionado pelos compradores. Mas quero tranquilizar os que adquiriram lotes, por intermédio da empresa Senhorin Construções Ltda., que represento, afirmando que não serão prejudicados, pois pretendo ressarci-los gradativamente, na medida do possível”, concluiu o presidente.
 
Andrey Pestana: “Entendo as famílias, entendo a agonia dessas pessoas” 
 
 
 
Roberto Alves: “Pretendo ressarci-los gradativamente, na medida do possível”

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