18fev12 - Comunidade (por Munir Soares)

17/02/2012 17:57

 

LAGUNA, CARNAVAL E CINZAS.
Sábado de carnaval. Silêncio no Centro Histórico. No sambódromo, as Escolas de Samba, fazem o espetáculo. Nas dependências do porto, o Bloko Rosa inicia a concentração às 14 horas. No final da tarde, os foliões “pink” vão colorir a avenida de acesso ao balneário Mar-Grosso. O domingo é a vez do Bloco da Pracinha, que arrasta multidões. Como seu deslocamento é demorado a prefeitura deveria providenciar carro de som ao longo da avenida João Pinho, e assim, garantir a animação dos diversos “bloquinhos,” que por ali circulam. Na segunda-feira, o Pangaré elétrico concentra e depois, galopa pelas ruas do Mar-Grosso. Nessas alturas do campeonato da folia, a turma do “Babalaô” já está no maior fogo. Ricardo (Telha), proprietário do Restaurante Pardhal’s só relaxa da labuta, quando se junta à galera no carro do “Bafafá”, de sábado até terça-feira.
Na segunda-feira, o Bloco do Barulho circula em torno da praça Souza França, no Magalhães. A turma do Barulho pretende manter a tradição. Sua banda só toca sambas e marchinhas dos velhos carnavais. Rango do dia: Camarão ao bafo. Defronte à porta do bar Necrotério, após um breque, os foliões cantam:
___ Sei que vou morrer/não sei a hora/ levarei saudades da Aurora.
Quero morrer numa batucada de bamba/ na cadência bonita do samba.
A nossa torcida é pela vitória do Bloco da Segurança, que as Alas da Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiros e Guarda Municipal possam agir harmoniosamente, com eficiência e serenidade, coibindo abusos e impedindo a ação dos marginais. Lembrete: O Centro Histórico, que fica fora do circuito da folia, não pode ser excluído do rodízio de rondas policiais.
Que assim seja! Amém!
 
CARNAVAL POLÍTICO
Não precisa ter vergonha/ pode tirar o seu chapéu/ pra que cabelo/ pra que seu Queiroz/ É dos Carecas que eles gostam mais. Música mais cantada pelo bloco do PP diante da possibilidade do partido do Amin voltar ao poder em Santa Catarina.
 
LUA DE MEL
Após alguns desentendimentos, prefeito Célio e vice Luiz Fernando viajaram para Brasília, juntos. Lua de mel? Trilha sonora para o reatamento:
“... me leva que eu vou/ sonho meu/ sonho meu/ atrás do trio elétrico só não vai quem já morreu”...
... e o prefeito complementa: “vem chegando a madrugada oi/ o sereno vai caindo/ cai, cai sereno/ cai aqui na minha mão”...
Perguntaram ao Fritsch (PT) sobre a possibilidade de o PMDB se unir ao PT em Laguna, como vice da Tanara (PT). Ele teria respondido, cantando: “Vai, com jeito vai, senão um dia/ a casa cai”...
___ É com esse que eu vou desabafar na multidão e se ninguém se animar eu vou pegar meu tamborim...  arremata Tanara, fazendo coro. 
Everaldo dos Santos, candidato do PMDB à prefeitura da Laguna respondeu, na bucha:
“Daqui não saio, daqui ninguém me tira...”
“Me dá um dinheiro aí..”, tema enredo de todos os candidatos.
Qual a música mais cantada nos demais partidos?
... “ Eu procurei, de lanterna na mão/ procurei, procurei/ e não achei/ candidato pra esta eleição”.
E, como eles “cantariam” a Tanara (PT)?
“Vem moreninha/ vem tentação/não andes assim tão sozinha/ que uma andorinha não faz verão”.
No Bar da Saudade, no último final de semana, o ex-prefeito Nazil Bento Junior conversava com Mauro Candemil 
Mauro: 
___ Voltei, aqui é o meu lugar/ a emoção é grande/ saudade era maior/ voltei para ficar.
Nazil: Sentindo que alienígenas ocuparam sua roça (eleitorado) canta com pouca animação: 
___ Gafanhoto, deu na minha a roça/ comeu, comeu, toda a minha plantação. Xô, gafanhoto, xô, xô, deixa a minha roça em paz. Deixa um pé de agrião para o meu pulmão?... 
E o Tono?
Animadíssimo, sassaricando: se a canoa não virar, olé,olé,olá/ eu chego lá.
___ Qual será a fantasia do prefeito Célio Antônio (PT)
___ De He Man. Eu tenho a fooorça!
 
PANORAMA POLÍTICO
Do eleitor, procurando seu candidato: 
___ Cadê zazá, zazá, zazá/ saiu dizendo vou ali já volto já/ mas não voltou por que/ por que será...
No carnaval, nos blocos, nos camarotes e nos “trios” os candidatos reaparecem, cantando:
___ Mamãe eu quero, mamãe eu quero/ mamãe eu quero mamar.../.
No ar, radialista Batista Cruz, perguntou a vereadora Tanara Cidade (PT), Secretária da Saúde, o que ela iria fazer pelo sexo, no carnaval. Não ouvi a resposta, mas o Batista, assanhado, reapareceu, cantando:
___ “Botei minha camisinha listrada, e  sai por aí”. 
___ Sossega leão!
O ETsão. O “Nem” Chede, exímio pescador de garoupa, certa madrugada, foi surpreendido com uma visão incrível: Um arco-íris noturno. O fato virou piada no Mercado Público.  Para entendermos esta história teremos que voltar no tempo.
Ia começar mais um tranqüilo dia de pescaria. Acampados no cabo de Santa Marta Pequeno (Galheta), nem Chede, Alvinho Sebolt e o Ziq, prepararam-se para passar a noite no costão, pescando garoupa. Lá pelas duas e meia, plena madrugada, eles escondem a penca de peixe numa gruta, e descem o morro para um café reforçado. Chede não ingere bebida alcoólica, só nescafé com pão de trigo. Ao sair da barraca Chede percebe um brilho intenso, uma luz fantástica vinda do céu, que iluminava todo o cabo. Era como se um poderoso refletor trouxesse até eles, bem de perto, a luminosidade de uma estrela.
Num rasgo de coragem e de curiosidade, nossos pescadores subiram à colina para olhar, frente a frente, aquele objeto ainda não identificado. Lá estava ele, aquele olho de fogo, um boitatá espacial a lhes examinar, perscrutar, analisar. Paralisados, mudos, espantados, os homens ficaram sem ação, até que a “coisa” movimentou-se, na direção deles. A adrenalina jorrou em cascata, o cabelo ficou em pé. Algo morno e humilhante desceu pela perna de um deles. Abandonaram tudo, desceram em desabalada carreira, e se trancaram na barraca. Pelas quatro da matina, mais encorajados, saíram em busca de água, na fonte. Precisavam de café forte. Quando retornavam, de vasilha cheia, a luz ressurgiu, por cima das pedras, como se estivesse à espera. Nova disparada. Só voltaram a botar a cara na rua, quando o sol já estava alto.
O fenômeno teria sido presenciado por um morador da Galheta, que conta uma outra versão dos fatos. Era um OVNI – disco voador, com a seguinte inscrição: Eroticus Cosmos – experiências sexuais intergalácticas do dr. ETsão. Um raio de luz azulado foi projetado sobre os três pescadores. Um deles foi sugado para o interior da nave, lá permanecendo por uns 20 minutos. Não deu para perceber qual deles teve contato de 3º grau com os visitantes. Eles negam esta versão, mas o informante é categórico. Verdade e, no interior do OVNI, alguém viu “estrelas”...
O arco-íris visto, recentemente, pelo Chede seria o mesmo OVNI daquela noite na Galheta? Estariam querendo repetir a experiência?
 
 
MERCADO PÚBLICO MUNICIPAL
Patrimônio cultural
Independente das rodas de samba que acontecem no local, a Secretaria de Cultura do município poderia promover algum evento, evidenciando a herança musical da maioria dos usuários do Mercado. O pessoal das peixarias, das bancas externas de pescado, dos açougues, e dos demais estabelecimentos comerciais tem origem rural, e continuam apreciadores da música caipira, autêntica e chorosa.
O Lelé da verdureira teria cantado com Tonico e Tinoco. Manfredo May, o decano do mercado, mesmo com formação em canto coral, já fez dupla com o Zé Efeting cantando “minha mulher e o cavalo/ morreram num dia só/ do cavalo eu tive pena/ da mulher não tive dó/”. O Célio da peixaria é de família de músicos. Poderia formar dupla com o vizinho, o Gordo, do açougue. Outros tantos talentos poderiam ser revelados. Bernardo, mesmo com o violão roubado, não botou a viola no saco.
A roda de viola do Mercado Público poderia acontecer no mês de abril, ou maio, época da tainha corso. Ova e música de viola para todos.
 
BONS DE GOELA
Carlos Gonçalves Neto, Zezinho Mendes e o Preto, empresários do ramo de pesca, são bem afinados, poderiam formar o novo Trio Parada Dura. Fica a idéia!

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