19jul14 - Comunidade (por Munir Soares)

18/07/2014 13:50
BOLA MURCHA
Todos os sinais vitais foram ignorados. A vergonhosa derrota do Santos (com Neymar) diante do Barcelona. Um banho de bola, um alerta para o que aconteceria meses depois, frente à Alemanha. Na decisão do campeonato interclube, o Atlético Mineiro foi eliminado pelo obscuro Raja Casablanca, de Marrocos. Coisas do futebol, disseram. No ano da Copa, no Brasil, nenhuma de nossas equipes classificou-se para a decisão da “Libertadores”. O futebol brasileiro capengava. O campeonato brasileiro evidenciava a carência de bons jogadores. Exportamos jovens atletas, importamos “tigres” de bengala. Já perdemos copa com Zico, Falcão, Sócrates, mesmo jogando um futebol alegre, criativo, admirado. Jamais fomos tão humilhados como na Copa, dentro de casa. Não basta demitir Felipão, a mudança tem que ser mais profunda, na CBF, na grande mídia, nos árbitros e, principalmente, na mentalidade do jogador brasileiro. As encenações, mesmo fora da área, devem ser punidas, exemplarmente, com cartão amarelo ou até expulsão. Chega de bola murcha jogada por pernas de pau. Próximo ano, teremos o início das Eliminatórias. O povão não merece outro vexame.
 
 
 
COPA ELEITORAL
Nesse campeonato, infelizmente, bola é sinônimo de propina.
 
 
 
ELEIÇÃO E FOLCLORE
2.014 é um ano morto. Fim da Copa. Até novembro respiraremos campanha eleitoral. Dezembro, tradicionalmente, é um mês de festas. No folclore eleitoreiro, o horário político, parece que tem a magia da Sereia, ludibriando os incautos, com seu canto melífluo e promesseiro.
Boi-de-mamão: O político boi-de-mamão está muito em moda na política brasileira. Por fora, simpático, colorido, popular. Sacanagem e maracutaia ele faz por baixo dos panos. 
O lobisomem: Político que tem duas caras. Lobo em pele de cordeiro. É de lua e gosta de viver às custas do sangue do povo.
Mula-sem-cabeça: Candidato despreparado que se elege com apoio de esquemas escusos. Burro é o eleitor que o elege.
Bicho papão: Homem público que consegue ficar no poder, por anos a fio, sem fazer, praticamente, nada pela coletividade.
Bruxa malvada: Do seu caldeirão de maldades sai a mistura que forma as coligações partidárias. Um caldo indigesto.
Boi da cara preta: O demagogo. Só conversa mole pra boi dormir. Um dia a Cuca vai lhe pegar...
Saci-Pererê: Esperto e enganador, passa a perna em todo mundo.
Boitatá: É o povo, botando fogo pelas ventas, e descobrindo que votar bem, não é nenhum “bicho de sete cabeças”.
 
 
 
O BOTO
Cientistas já teriam provado que os golfinhos transam por prazer, e o homossexualismo é comum entre eles. E os botinhos da Laguna? 
___ Será que o boto só bota na bota ou, também, no boto? 
 
 
 
FUTEBOL
O Felipão é Parreira que já deu cacho?     
 
 
 
FACEBOOK 
350 milhões de usuários “conversaram” sobre a Copa no Brasil. Foram 3 bilhões de comentários, publicações e curtidas.
 
 
 
IDOSO 
Não se senta sem “ui” e nem se levanta, sem “aí”. São os gemidos da longevidade.
 
 
 
O BURACO NOSSO DE CADA DIA
___ Qual a rua mais esburacada do Centro Histórico? 
___ Trajeto da praia do Mar-Grosso até o Centro, pelo morro, é uma aventura ou um rali? 
___ E os molhes da barra?
DIGA-SE, A BEM DA VERDADE, que as únicas ruas transitáveis do Centro Histórico são aquelas, em que foram “repavimentadas”, pelo engenheiro Michel Laureano, no governo Célio.
 
 
 
BURACO HISTÓRICO
Com aquelas crateras no Largo do Museu, Anita Garibaldi não chegará ao Centro Cultural a tempo de festejar a proclamação da República Juliana.
 
 
 
ANIMAI-VOS UNS AOS OUTROS
 
Caso 1
Dizem, que o radialista católico Batista Cruz transmitia uma cerimônia na Matriz, quando eles entraram, pelo corredor central do templo. Os quatro cachorros acomodaram-se diante do altar, em posições nada ortodoxas. Os fiéis oravam um olho no padre, outro nos caninos. Quando os cães começaram a fazer “malcriação” Batista, ao tentar usar água benta, para abortar aquele ato obsceno, foi recebido com rosnado e ranger de dentes, sentiu-se como Daniel na cova dos leões. Com licença de Santo Antônio, seu “irmão”, balbuciou uma oração a São Francisco, protetor dos animais. Deu Certo, os bichos foram embora, um deles, com a fêmea, a reboque. Após o “milagre” Batista Cruz teria sido convidado a integrar a pastoral da música, de toda a paróquia.
___ Ele canta? 
___ Não, só toca, cachorro pra rua... 
 
 
Caso 2
Daniel, da Lanchonete Ponto Final, estacionou seu carro nos molhes, e saiu para apreciar a pesca da tainha, com auxílio dos botos. Alguns gatos que moram naquele ponto turístico, deitaram-se sob o veículo, aproveitando a frescura da sombra. No retorno, toda vez que Daniel acelerava, o carro miava. O mesmo acontecia quando ele “engatava” a marcha. Descobriu, ao chegar na lanchonete, que um dos felinos dos molhes ficara preso no cano de descarga, pelo rabo. As tentativas de retirá-lo foram frustradas. O gato estava uma fera. Mordia e arranhava. Os machões desistiram da empreitada. Um bêbado, de passagem, tranquilamente, abaixou-se, puxou o bichano que, velozmente, sumiu, sem destino. Os bichos se entendem, no caso, o gato e o “gambá”. Ponto final.
 
 
CASO 3
As tecnologias automotivas transformaram os modernos automóveis em geringonças computadorizadas. Faróis móveis. Navegação inteligente sensível aproximação dos carros à frente. GPS com mapas computadorizados projetados na tela. Sensores de estacionamento. O carro calcula o espaço e estaciona sozinho. Coisas de ficção científica. 
A coisa de um mês levei meu carrinho Fiesta 1.0, à oficina. Um sinal luminoso no painel prenunciava algum problema com a injeção eletrônica. Após o exame, o diagnóstico e a medicação indicada.
___ Vamos ter de instalar uma “ratoeira”, disse-me o doutor mecânico.
___ Ratoeira? 
___ Seria alguma dessas modernidades tecnológicas?
___ Não, é uma dessas ratoeiras comuns para pegar rato.  Um deles roeu a fiação.
Além do “macaco” no porta-malas, vou ter que colocar um gato sob o capô.
 
 
 
ANIVERSÁRIO
Na segunda-feira a turma do Chedão foi recepcionada na residência do Nelson Mattos, aniversariante. Dona Neusa, a esposa, como sempre, anfitriã atenciosa, educada, cortês. Sabe receber convidados. Se o trio libanês (Dae, Nem e Zé) bebe pouco, o mesmo não se pode dizer do Riguetto, Edésio, Léo e eu. Minha esposa Salete não fica de fora, sem dispensar um bom papo. “Perninha” representou a classe dos garçons da Pizzaria. Misteriosos os telefonemas do Edésio. Falava ao celular e colocava a mão na boca para dificultar a leitura labial. A filha do Nelson, carinhosamente chamada de “Preta”, adora a política, herança paterna e dos ancestrais da mãe, os “Francisco” de Pescaria Brava. Destaque para a presença do marido da “Preta” e do Waldir, ex-“Apimentado”. Não tão picante como outrora. Saúde ao aniversariante e aos seus familiares. 
 

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