19set14 - Orleans: A invasão de arranha-céus

Quais as consequências da verticalização: Elas influenciam na qualidade de vida de toda a população ao redor, desde a vizinha até a mais distante. Os únicos que ganham com a construção desses enormes edifícios são os empreendedores, o governo, o comércio local e os que compram os apartamentos para especular. Até o próprio morador pode sair perdendo com o tempo. Se o indivíduo está interessado em comprar, torna-se, portanto, a favor da verticalização mesmo que o edifício no qual ele tenta adquirir um apartamento venha diminuir a qualidade de vida ao redor, mas, depois que adquiriu o bem, se revolta com a verticalização dos lotes vizinhos. 

A questão da regularização de terras em Orleans foi destaque na tribuna da câmara pelo vereador Mário Coan (PSDB). Segundo o edil, ainda é da época do prefeito Valmir José Bratti, o Plano Diretor Participativo do Município. “Esse plano diretor já sofreu várias mudanças, e a nossa cidade tem uma grande dificuldade de mobilidade urbana. A cidade vai crescendo, vai aumentando o perímetro urbano, e vão se construindo novas edificações, tanto residenciais quanto prediais. No centro da cidade, existem vários projetos de construção e como vai ser a mobilidade urbana? O que a prefeitura fez de estudo de impacto para qualidade de vida das pessoas? Eu acredito que a gente deve rever isso”, comentou Coan que é a favor da cidade ter uma lei de preempção, ou seja, o direito do poder público adquirir determinadas áreas estratégicas para dar qualidade de vida para os munícipes. “Nós temos uma cidade onde mais de 70% das pessoas residem no perímetro urbano e nós não temos áreas de lazer para essas pessoas, nós temos uma única praça com condição de praticar alguma atividade, mas muito limitada, então que tipo de cidade a gente quer? Qual é o outro atrativo que existe para as pessoas no dia a dia ter um momento de lazer ou qualquer tipo de atividade esportiva? Que tipo de cidade estamos construindo?”, questiona o parlamentar dizendo que Orleans é umas das cidades com maior extensão territorial do estado, mas com qualidade de vida ruim, já que existem casas hoje que não pegam mais sol. “Todo mundo verticaliza, a iniciativa privada quer construir prédio até no céu, e a pública em vez de centralizar isso em uma única construção verticalizada em local adequado, fica espalhando instalações para todos os lados”, assegura o edil que quer áreas de preservação, áreas verdes, na Terra da Cultura. “Área verde não é para ser usada para construção, nem de casa muito menos para obra pública que fica pior ainda, nós temos um município grande e nós precisamos resolver essas questões”, finaliza. 

 

Será que município tem estrutura para erguer mais construções?

 

 

Vereador Mário Coan: Iniciativa privada quer construir prédio até no céu