19set15 - Orleans: Cabelinho - Os desdobramentos da morte do vereador tirando o sono de alguns

18/09/2015 11:09
Três meses depois, segue sendo investigado em Orleans, o suicídio do vereador Clésio Cabelinho. O seu colega, Valter Orbem, na sessão da câmara desta semana tocou no assunto depois de ouvir a entrevista coletiva do delegado de Urussanga, Marcelo Vianna, onde citou que o laudo da perícia apontou que a causa da morte de Clesio foi asfixia mecânica, ou seja, enforcamento, e também sobre a declaração do delegado de Orleans, Bruno Sinibaldi, sobre investigação de políticos orleanenses. “O delegado disse que políticos são investigados pela suposta compra de voto de Cabelinho para intervenção no processo de cassação do prefeito municipal. Será que dentre os políticos que estão sendo investigados, há participação de algum vereador?”, questionou Orbem. “No seu relatório ele falou que três pessoas são investigadas. O site do Salmon Flores traz claramente a informação que políticos são investigados, isso nos deixa numa situação bastante difícil, porque quando se fala em político, aqui somos todos vereadores, todos políticos, eu acredito até que como forma de proteger essa casa, essa presidência deveria oficiar o Ministério Público, que foi o autor da denúncia junto com a delegacia de Polícia de Orleans para apuração desses fatos”, comentou o vereador que relembrou o episódio de rejeição das contas do ex-prefeito Jacinto Redivo (Tinto), referente ao exercício de 2012. “No dia 22 de dezembro de 2014, houve um reunião nesta Casa, convocada para votar as contas do ex-prefeito Jacinto Redivo, que vieram aprovadas pelo Tribunal de Contas, com parecer favorável. Em conversa com o vereador Clésio, ele disse que não votaria contra o ex-prefeito porque havia sido seu secretário. A reunião foi cancelada e, 15 dias depois, no dia 7 de janeiro, em uma nova reunião convocada pela presidência, o vereador Clésio foi o oitavo voto decisivo para rejeição das contas do ex-prefeito Jacinto Redivo. Esse caso nos faz pensar que, caso seja confirmada os fatos investigados, devemos providenciar a anulação de todas as votações que podem ter recebido interferência”, pronunciou o vereador dizendo que é um momento difícil para Câmara de Vereadores. O vereador Osvaldo Cruzetta também se reportou ao assunto. “Foi triste o que aconteceu com ele (Cabelinho) de chegar ao ponto de tirar sua própria vida, mas aqui nessa casa todos têm o seu voto livre e votam com sua consciência, com sua responsabilidade, sabendo o que estão fazendo. Tanto é que as contas que o Valter citou, que vieram aprovadas e que nós rejeitamos foi porque o tribunal de contas não sabia da obra do cemitério que foi feito com recurso próprio com desvio de R$ 500 mil. O Tribunal de Contas não sabe, mas os vereadores sabem, está sendo investigado pelo próprio Ministério Público o desvio de recurso na obra do cemitério, da capela mortuária”, recordou Vá dizendo que é obrigação do vereador em cobrar aplicação de recursos públicos de forma correta.
 

—————

Voltar