26mar16 - Tubarão: Dois anos à espera de uma ressonância magnética

24/03/2016 16:07
Pacientes da rede municipal de Saúde ficam até dois anos à espera de uma ressonância magnética. O exame é utilizado, principalmente, para a análise de doenças do crânio, lesões internas do joelho e dos ombros, tumores de útero e ovários. “Geralmente, a ressonância é usada para definir melhor o tamanho do tumor e a sua relação com as estruturas adjacentes”, explica uma médica. Considerada de alta complexidade, a ressonância custa R$ 848,00 ao paciente da rede particular, no Hospital Nossa Senhora da Conceição. Segundo o vereador, Eraldo Pereira (PPS), a fila de espera na rede municipal de Tubarão, pode chegar a dois anos. “Nós temos pessoas esperando dois anos para fazer uma ressonância, como é que um cidadão que tem a sua enfermidade, que precisa de um exame para detectar a doença, vai ficar esperando dois anos para fazer uma ressonância? Precisamos olhar para o povo que não tem plano de saúde. A constituição é clara, diz que todo mundo, todos têm o direito a saúde, mas a pergunta que se faz, que saúde? È preciso que haja mais investimento na saúde da nossa cidade para que o cidadão tenha acesso a ela quando necessite. De nada adianta ter vários postos de saúde, e colocar lá um clínico geral, quando esse profissional encaminha para um especialista a pessoa tem que esperar, quatro, cinco meses, um ano para ser atendida. Não adianta nós criarmos postos de saúde e não ter o primordial que é o médico para nos atender. Somos obrigados muitas vezes a encaminhar pacientes para outro estado, para outros municípios para resolver o seu problema de saúde”, explica o parlamentar. 
Há dois anos esperando para fazer o exame do joelho, R. A., de 50 anos, espera que o gasto com remédios e a dor constante no joelho seja solucionado com o exame, “Vivo a base de remédios e gasto em média R$ 170”, fala.  O servente de pedreiro de 64 anos, que não quis se identificar espera para fazer um exame de ressonância da coluna há 1 ano e explica que precisa tomar duas injeções por semana para suportar a dor, “O tempo vai passando, vai passando e você acaba acostumando-se com a dor”, diz.

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