28nov15 - Orleans: Vereadores - Troca de farpas deu “esquenta” na sessão da Câmara Municipal

27/11/2015 15:54

O clima aquentou na Câmara de Vereadores de Orleans durante sessão ordinária realizada na segunda-feira (23), quando os vereadores Osvaldo Cruzetta (PP), Edésio José Marchioro (PSD), Valter Orbem (PSD) e o presidente da Casa, Mário Coan (PSDB) trocaram farpas em virtude de uma discussão envolvendo a administração municipal da cidade. Tudo teve início quando Edésio se reportou a uma afirmação do vereador Vá, na sessão da semana passada. “Uma frase foi dita nessa casa, que tem vereadores aqui que estão apoiando e querendo avalizar corrupção no município de Orleans. Quero dizer que eu como vereador tenho caráter, opinião própria e não sinto vergonha de apoiar essa administração até porque tenho escutado muitas acusações, mas provas por enquanto nenhuma. Temos que nos respeitar assim como eu respeito à posição de cada um dos vereadores”, argumentou o vereador situacionista. Vá não gostou nem um pouco dos comentários do colega e comentou as declarações do mesmo. “Eu falei aqui na sessão anterior que tinha vereador nessa casa que queria legalizar o roubo e é verdade. Ou você não sabe da investigação do Gaeco que teve em Orleans? Não sabe que teve gente presa? Não sabe que teve gente pedindo propina? Não sou eu que estou dizendo é o próprio Gaeco e o Ministério Público, e vocês votaram a favor aqui do roubo sim, não tem que negar. Na questão dos mata burro, vocês defenderam algo que não tinha sido construído, foi autorizado o pagamento, mas não construído, somente depois que o Gaeco investigou é que foram fazer, para cobrir o furo que deixaram. Atos ilegais que foram praticados nesse governo, que vocês sabem”, externou o vereador de oposição. Valter Orbem (PSD) também entrou no assunto. Eu sinceramente entendi quando falaram em corrupção aqui de dentro, que fosse levantado o assunto da morte do Cabelinho, que vazou um vídeo na internet com declarações do falecido vereador bastante comprometedor. Inclusive teve vereador que disse que morto não fala. O morto não falou mais deixou escrito, e precisa ser investigado também; Por que não esclarecer?”, questionou. O presidente do Legislativo, Mário Coan, não gostou da alfinetada do colega. “Vai chegar a vez de eu relatar a verdade. De ler todos os depoimentos do inquérito que a polícia civil fez em Orleans, mas vou respeitar a lei. Imagina eu, professor da universidade, pai de família, gerente de empresa, vereador de caráter muito mais ilibado, senhor Valter Orbem, do que vossa excelência pode pensar, e na hora que eu falar aqui nessa tribuna, vossa excelência, verá o que é um discurso bonito. E ai vamos ver para quem que a população vai dar razão”, disse Coan rebatendo a crítica feita. E disse mais: “O dia que eu ler o depoimento do Cabelinho aqui nessa casa, o depoimento da mulher do falecido Clésio de Oliveira Souza, da filha dele, e se precisar eu trago a mãe dele para falar o que ela pensa da minha pessoa e o que ela pensa das pessoas e do grupo da qual você faz parte, talvez vossa excelência vá pensar diferentemente disso. Quero ver provar alguma coisa contra quem é honesto. Eu tenho crédito, tenho moral, tenho competência. Eu senti muito a morte do vereador Clésio, embora não tivesse aquela amizade com ele, eu sempre o respeitei pela posição política que ele tinha. Se você olhar as Atas dessa Câmara de Vereadores muitas vezes ele questionou os atos dessa administração mesmo pertencendo ao governo que vossa excelência faz parte. Quero que a lei puna os culpados sim, que a lei coloque na cadeia quem é desonesto com o dinheiro público. Existem denúncias sim contra a administração da qual você faz parte e elas logo virão a tona e um dia você vai ver quem é certo e quem é errado. Então não provoquem quem tem dignidade, não provoquem quem tem honradez, porque vossa excelência não está em condição de questionar nenhum dos atos públicos ou privados da minha vida”, finalizou o presidente dando uma espécie de cala boca em Orbem.  

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