Tubarão: Reação - Depois de ouvir calados os 30 manifestantes, edilidade reage e prova que a maioria não sabe nada dos trabalhos feitos na casa do povo

05/07/2013 19:48
No último dia 27 de junho, em Tubarão, um grupo de aproximadamente 30 pessoas esteve na Câmara Municipal. Eles ocuparam os assentos na casa e ouviram a sessão do Legislativo. Cerca de 30 minutos depois, os líderes do grupo falaram durante dez minutos, na tribuna. No fim da sessão, eles entregaram um documento para os vereadores, pedindo resposta num prazo de 15 dias, a cada item questionado, como por exemplo UPA, os postos de saúde, Centro de Zoonoses, valorização dos professores, acessibilidade, Arena Multiuso, entre outros.  O presidente da casa, vereador Evandro Almeida (PMDB) que não estava presente neste dia (a sessão foi comandada pelo Zaga Reis), fez seu pronunciamento na segunda-feira, 1º de julho sobre a situação. “Soube que essa casa recebeu no dia 27 de Junho, um grupo de pessoas sobre essa manifestação que vem ocorrendo em todo nosso país. Essa casa abriu as portas enquanto o vereador Zaga presidia, e deu espaço para os manifestantes falar. Sei que seis representantes vieram no dia e assinaram o ofício, Júlia Espíndola Venâncio, João Marcos Pereira Soares, Jéssica Jeremias da Silva, Thaise Carara Jeremias, Vanessa Beckhauser e Eliomar Linhares Pereira. Eu quero saber se algum destes nomes citados está aqui hoje nessa sessão? Não... Bem, fizeram toda essa manifestação, que eu apoio, é importante, é interessante, eu sei que as cobranças têm que acontecer, mas não simplesmente dar um estalo naquela hora, cobrar e cadê? Não tem mais ninguém. Cadê aqueles que foram para as ruas, que brigaram, pediram? Não estão presentes na sessão de hoje?”, questionou o presidente. Evandro disse que se os manifestantes participassem das sessões da câmara saberiam da data de conclusão da UPA, por exemplo. “Poxa, quantas discussões nós tivemos aqui, o recurso que nós fomos atrás para terminar, os R$ 2 milhões que o governo do estado se empenhou para poder colocar e terminar a UPA, se eles estivessem aqui acompanhando a nossa sessão, vendo o trabalho de cada vereador, já não teriam colocado aqui no questionário que fizeram”, disse o parlamentar. Evandro também colocou sobre a questão da Arena Multiuso. “Arena Multiuso está lá, o governador veio aqui, sinalizou, vai colocar o recurso, tantas cobranças saíram dessa casa. Ampliação do espaço físico, de material humano, centros de educação infantil, poxa, foi formado comissão nessa casa, os vereadores estão indo nas escolas vendo os problemas, pedindo ampliação. Valorização dos professores, essa casa esteve junto apoiando os professores para que pudessem dar o apoio para pagar o piso salarial. A questão da acessibilidade, chegamos a mostrar aqui uma placa onde tinha o acesso para o cadeirante, foram lá e colocaram um lixeiro em cima, ou arco, não sei o que era, tapando a acessibilidade, e nós cobrando da prefeitura para resolver. Tudo que essa casa está fazendo, está reivindicando, está pedindo, está indo atrás, está aqui nesse documento deles, pedindo para ser feito. Mas cadê aquele povo que estava na rua pedindo melhorias que não está aqui acompanhando a nossa sessão? Tudo isso que pediram aqui é o que esta casa vem fazendo, vem cobrando”, disse Evandro exasperado. 

Manifestantes que protestaram durante sessão ordinária da câmara, não tem presença constante no legislativo 
 
Evandro Almeida afirma que é favorável e solidário as manifestações, mas quer ver a comunidade participando das sessões da câmara, para conhecer a atuação dos vereadores
 
 
 
A opinião de outros vereadores
 
 
Matusalém dos Santos (PT) 
“Aquelas pessoas vieram aqui, estavam animadas, muito afoitas, querendo achar culpados da situação, e não tem o hábito de vir aqui, e pelo jeito não vão alimentar essa cultura porque continuam sem vir. Ai é muito interessante o depoimento da menina Júlia que diz que não entende de política, esse é o perigo”.     
 
 
 
Caio Tokarski (PSD)
“Parece que nós somos atacados aqui como omissos, como pessoas que estão nesse mandato à força, e nós estamos dentro desse mandato, dentro da regra de direito democrático e dentro de uma eleição que nos escolheu”.  
 

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