06ago11 - O trânsito e sua saúde: uma relação muito mais íntima do que você imagina

 Todos nós somos usuários do trânsito, seja como pedestres, condutores ou passageiros, e como tal devemos zelar pela segurança e o bem estar deste meio social.

O aumento considerável da frota automobilística gera nas nossas vias públicas um grande caos. Existe de forma diretamente proporcional um aumento no tempo de deslocamento e poluição sonora, e muitas vezes o congestionamento. Estes contratempo da facilidade que a mobilidade automotora permite tem um lado negativo; o aumento de stress e de comportamentos agressivos (que tendem a desencadear a agressividade em outros condutores) que podem aumentar consideravelmente a possibilidade de acidentes de trânsito provocados por falha humana.

Esta realidade gera agressões mútuas e torna o espaço público cada vez mais violento. Todos concordam que as estradas são espaços públicos, mas o que pouca gente diz é que os acidentes são apenas uma pequena parte do quebra-cabeça sobre uma parte imensa de efeitos e conseqüências que na maioria das vezes não figuram nas estatísticas.

Em vista do comportamento os limites e delimitações territoriais não são reconhecidos ou encontram-se praticamente ausentes. O outro é visto muitas vezes como um concorrente e o espaço ao invés de cumprir seu papel de comunicação se torna espaço de concorrência e competição. A rixa pelo espaço físico é uma resposta a disputa pelos utilitários urbanos e de tempo.

Sendo assim, podemos tomar algumas atitudes que podem ser facilitadoras e evitar um adoecimento – aborrecimento – desnecessário: Pode parecer piada, mas o velho “conte até 10 (antes de xingar, ou revidar um insulto por exemplo)” pode ser muito útil para aumentar a tolerância entre motoristas e evitar que você descarregue no outro usuário toda a sua carga de stress, palavrões e gestos obscenos; os pedestres estão desprotegidos em relação aos automóveis, zele por eles; no rádio, evite músicas agitadas, agressivas ou noticiários – a realidade política do país é bem estressante e ficar ouvindo isso no automóvel é um passo para o stress; procure caminhos alternativos; e saia com antecedência de casa, o que é muito difícil nesse friozinho em que os “ 5 min” de soneca para o despertador são tão confortáveis.