07fev15 - Comunidade (por Munir Soares)

06/02/2015 09:50
A FIGUEIRA
Teria sido a primeira árvore mencionada na Bíblia. Dizem até, que Adão teria utilizados as folhas da figueira para cobrir suas “vergonhas” logo após ter comido o fruto proibido. Comenta-se, que Zaqueu teria subido no galho mais alto de uma figueira para ver Jesus passar, a caminho de Jericó. Foi na Fonte da Figueirinha que Giuseppe Garibaldi e Anita se encontraram pela primeira vez.
Esta semana, ao cruzar a Praça da Matriz, vi um cidadão fazendo uma limpeza na chamada “Árvore de Anita”. Retirou todas as bromélias e demais epífitas, do chup-chup às barbas-de-velho, mesmo sabendo, que tais plantas não são parasitas, e não prejudicam o desenvolvimento da árvore hospedeira. Queria, com certeza, chamar a atenção das autoridades para o estado de debilidade em que se encontra a figueira histórica, definhando, ano após ano, sem que a Fundação Lagunense de Cultura e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente tomem quaisquer providências. O fato serve para retirar do Livro do Esquecimento, uma velha historinha. Revolução farroupilha. Entre os lanchões de Garibaldi transportados por terra, até à praia de Tramandaí estava o glorioso Seival, que participou da Tomada da Laguna. Em seu tombadilho Anita teria participado, ativamente, da batalha de 15 de novembro de 1839, quando foram derrotados pelas forças imperiais. Seival ficou em Laguna, como despojo de guerra.
Passado os tempos de fama, Seival passou a ser utilizado para transportar mercadorias do interior do município para o mercado da Laguna. Recebeu o nome de “Garrafão” possivelmente porque trazia nos porões a famosa cachaça do Ribeirão. Tempos depois, sem condições de trafegabilidade, foi encostado na praia do Estaleiro, sendo adquirido por um médico italiano, que pretendia levá-lo para Itália. Certa noite, vândalos fizeram o que nem a armada do Império havia conseguido, destruíram o barco. Apenas a quilha ficou intacta.
Antônio Joaquim de Souza, piloto da Marinha Mercante notou uma plantinha que nascia na quilha apodrecida do Seival. Era uma Figueira. Retirou a muda e a ofereceu à Administração Municipal para plantá-la no Jardim Calheiros da Graça, o que foi feito pelas mãos do Superintendente Municipal Oscar Pinho, não o nosso médico Oscar Pinho, mas um dos seus ancestrais. Atualmente, o símbolo vivo da República Juliana, está no leito de morte.
 
 
 
DIÁRIO DA BABILÔNIA
 
 
OCUPAÇÃO
O MSC – Movimento dos Sem Carnaval pretende invadir o Sambódromo. Considerada área improdutiva e sem função social ou cultural.
 
 
 
NA VARA 
O boato correu nas redes sociais. O terreno a ser doado para a construção do novo Fórum seria o mesmo, anteriormente, doado ao Hospital Senhor dos Passos. Se eles perderam o Juízo e tiverem culpa em cartório vão acabar levando Vara, da família forense.
 
 
 
DESTAQUE
Em plena temporada de verão e, apesar dos temporais, Renato Checo, da Secretaria de Obras continua sendo elogiado pela população. Sempre buscando solução para os problemas, apesar das deficiências de sua Pasta.
 
 
 
Deu no “DC”
Governo do Estado entregou à Fundação Lagunense de Cultura, cerca de R$ 800.000,00 para o carnaval da Laguna. Seria para a folia da praia? Que tal colocar som, com marchinhas carnavalescas, em alguns pontos da Senador Galotti e João Pinho, pelo menos, no domingo de carnaval, animando a galera até a chegada do Bloco da Pracinha?
 
 
 
PALMAS
Elvis Palma já está sendo considerado o Repórter fotográfico da cidade Juliana. Testemunha ocular da história.
 
 
 
TRISTE SINA
De tanto ser chamado de “merdão” o antigo campo do LEC, no Lagamar, acabou transformado no “QG” das obras de esgoto da cidade.
 
 
 
GARANTIDO
Do terminal pesqueiro chega à notícia. O fornecimento de gelo está garantido, pelo menos, para os “camelos” da folia de momo.
 
 
 
NA CONTRAMÃO 
No trevo de entrada da cidade existe, somente, uma placa de sinalização, dizendo:
___ Você acabou de passar pelo trevo de Laguna! 
___ Na avenida Marronzinho a coisa ficou preta, dizem as más línguas.
 
 
 
PRÉ-CARNAVAL
A atuação das forças de Segurança está sendo impecável, neste pré-carnaval. Inúmeros marginais já foram excluídos da passarela, impedidos de desfilar neste carnaval. Todos eles, membros do bloco: “Com o fiofó no xilindró”.
___ O pessoal da CASAN já escolheu o samba-enredo para a temporada: “As águas vão rolar”.
___ Zona azul: Está difícil retirar o azulão das calçadas. É mais fácil substituir o meio-fio.
 
 
 
NO REINO DOS ABADÁS
A cada ano surgem novos blocos no carnaval da praia. Futuramente poderemos ter o bloco da “Éguinha Pocotó” desfilando com o “Pangaré”... 
 
 
 
Surpresa na concentração do Bloko Rosa
O convidado Robertão da novela “Império”, recém-chegado de Paris, vai comparecer, com euros na cueca. Na hora do “Skentaí” a mulherada vai deixar o “Pinto louco” morrendo de inveja.
 
 
 
Foguetório no sambódromo. 
Carnaval?
___ Não, eram os amigos do Robson Caporal, comemorando sua permanência à frente da 19ª SDR.
___ A segunda edição do jornal “Babilônia News”, de procedência ignorada, deu o que falar. Manchetes, fotos, críticas, denúncias, e acusações provocaram a indignação dos administradores municipais. Quem seriam os mentores intelectuais do referido jornal?
___ Líderes da oposição, ou fogo amigo? Eis a questão. 
 
 
 
NOTINHAS ESPARSAS
 
 
Apetite familiar
Diminui o número de nascimentos no Japão. Moral da história: “comer” com dois pauzinhos, atrapalha.
 
 
 
TRABALHO NOTURNO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA CATARINENSE?
___ SIM. Naturalmente os deputados, CORUJA E VAMPIRO vão desejar trabalhar, de noite.
 
 
 
CARA FEIA
Diretoria da Petrobrás renuncia. Presidente Dilma fica sem Graça. Lula quer indicar o sucessor. Cerveró está de olho...
 
 
 
OS MONSTROS DE NOSSA INFÂNCIA
“Boi, boi, boi da cara preta/ pega esta criança/ que tem medo de careta.../” Que não se lembra, da mãe ou da avó, debruçada sobre o berço cantando este acalanto. Cantigas de ninar que ficaram gravadas em nossas memórias. Diga-se, a bem da verdade, que outros monstros habitaram nossos sonhos infantis. Alguns inofensivos outros, apavorantes. Nas histórias da Carochinha havia bruxas más, lobos famintos, duendes misteriosos e ogros bonzinhos. No lado mais escuro de nossa imaginação habitavam os monstros mais medonhos: a Cuca malina, a misteriosa Mula sem cabeça, lobisomem o bicho da lua cheia e o boitatá que soltava fogo pelas ventas.
O caso a seguir teria acontecido na Passagem da Barra, uma localidade com um rico folclore e entes sobrenaturais, com suas lendas e mitos. Na sala de aula a professora após falar em Franklin Cascaes, Câmara Cascudo e outros folcloristas lembrou algumas histórias ocorridas na região que tiveram como personagens as Bruxas, o boto encantado e outras entidades que povoavam a imaginação da população.
___ Zezinho, que monstro te mete mais medo? 
___ O Boitatá!
___ Eu não gosto da Cuca, disse a Mariana.
___ A Mula sem cabeça, só de pensar me dá insônia, afirmou Bernardo.
Ao final da enquete escolar, a mestra dirigiu-se aos irmãos Amorim (Nivaldo e Norberto) e fez a mesma pergunta.
___ O monstro que eu tenho mais medo, é o “MALAMÉM”, disse um deles. 
___ “MALAMÉM” que bicho é esse? 
___ Não conheço, mas acredito no que a minha mãe diz. Diariamente ao terminar as orações noturnas ela sempre pede, com temor: 
SENHOR, livrai-nos do MAL AMÉM.
 

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