07set13 - Orleans: Dr. Arcângelo Librelato concede entrevista emotiva e esclarece estado de saúde do irmão Lussa

Em entrevista à Rádio FM Luz e Vida, o médico Dr. Arcângelo Librelato, abriu seu coração e falou essa semana para o radialista Ednilson Perdoná sobre o atual estado de saúde de seu irmão, o vice-prefeito de Orleans, José Carlos Librelato (Lussa), que luta há quatro anos contra o câncer: 

 

 

Ednilson: Qual a diferença do câncer que o Lussa está lutando para vencer e o câncer que matou seu outro irmão, o ex-prefeito Lali?

Arcângelo: Existem vários tipos de câncer, o do Lali foi no estômago. Na época diziam para nós que aquele era o mais grave que existia, a sobrevida era muito curta, porque não existiam instrumentos para exterminar a doença, tinha radioterapia, quimioterapia, cirurgia, mas nada deu resultado positivo, e a doença não teve cura. Infelizmente em seis meses o Lali faleceu. Com o Lussa agora é o melanoma, uma feridinha que ele teve nas costas que há três anos e meio, foi tirado com uma cirurgia. Era uma feridinha de 1 cm, e foram retirados 8 cm ao redor, foi tirado tudo aquilo que regava ali por perto, a drenagem linfática, aqueles gânglios que vinham para debaixo do braço, foi tirado tudo aquilo próximo àquela lesão. Infelizmente na época uma celulazinha se deslocou e foi se instalar no cérebro. A primeira cirurgia no cérebro foi feita em Tubarão, onde foi retirado um tumorzinho. Depois o tumor voltou, daí acharam que a cirurgia quem sabe em Tubarão não tivesse sido bem feita e resolveram ir para um local melhor. Fomos para São Paulo, de novo foi retirado, ai não tinha apenas um, já eram três do tamanho de uma azeitona. Sessenta dias depois voltou de novo, foi operado novamente, porque o tumor estava sangrando dentro do cérebro. Foi limpo tudo de novo, e agora houve um processo infeccioso daquele retalho do osso que se tira de cima da cabeça, que é tirado depois recolocado, então houve uma infecção desse osso, a gente chama de osteomielite. Então de novo a presença de três lesões, mais ou menos no tamanho de um grão de feijão e uma azeitona, quer dizer é um outro tipo de tumor, um outro tipo de câncer. Portanto, no Lali e no Lussa - um melanoma e o outro carcinoma - são dois tipos de câncer diferentes com a mesma dificuldade de cura e de tratamento. É uma coisa bem complicada, mas é claro a gente torce por um resultado melhor. 

 

 

Ednilson: Há muita informação desencontrada na cidade sobre o estado de saúde do Lussa. Quando Orleans abriu a programação do centenário, naquele dia, o José Carlos Librelato estava em casa ou já estava no hospital, no sábado?   

Arcângelo: Ele estava em casa. Eu disse ao governador, quando almocei com ele, que ele levasse consigo a certeza que foi o dia mais feliz na vida do Lussa, que o recebeu em seu apartamento. A família já tinha o diagnóstico da osteomielite do dia anterior, ai no sábado à tarde, resolvemos interná-lo. Mas o Lussa recebeu a visita do governador Colombo, do deputado José Ney, do João Paulo Kleinubing e do prefeito Marco, em sua casa. Dizer que houve muita mudança daquele dia para hoje não é verdade. O Lussa está internado num quarto do Hospital São José, em Criciúma. Nós restringimos as visitas aos familiares, que são muitos. Mas, ele está consciente, não está com a traqueostomia, não está com aparelho respirador, só está um pouco sonolento, com dificuldades em falar e andar. Ele não está na UTI, não é um estado de saúde grave, o que preocupa é a expectativa, o prognóstico daqui para frente pela volta de novo de um tumor no cérebro, que já foi operado três vezes. 

 

 

Ednilson: É desnecessária uma transferência dele hoje para um hospital em São Paulo, por exemplo?

Arcângelo: No momento não há essa necessidade. Só se fosse para fazer uma nova cirurgia, mas, pelo estado geral dele, não existe a menor possibilidade de uma nova cirurgia. Ele vai permanecer no hospital São José, sem problema nenhum. Agora no futuro pode haver uma mudança e doença é o momento, é a complicação que pode acontecer, é a situação de gravidade que pode acontecer e ai a gente vai avaliar de novo.

 

Dr. Arcângelo Librelato, irmão de Lussa, em entrevista ao radialista Ednilson Perdoná