08nov14 - Tubarão: Dois anos do governo do PT e seguem as reclamações na área de saúde

07/11/2014 11:22
A administração do prefeito Olávio Falchetti, ainda não conseguiu cumprir as promessas de campanha. Uma delas era dar prioridade na área da saúde. Na verdade isso passa longe de ter pelo menos um atendimento digno para a população tubaronense. Entra mês, vai mês as reclamações só aumentam. Faltam material de trabalho, profissionais e remédios nos postos e Farmácia Central. O aposentado Paulo Gonçalves, morador do bairro Recife, é um deles que cansou de esperar. “Eu preciso tomar Gardenal todo santo mês. E não posso ficar sem esse remédio e não tenho como comprar. Por isso preciso da ajuda do poder público. Infelizmente esse remédio é muito procurado. Quem chega primeiro leva. Às vezes tem e às vezes não tem”, disse. “Cansei de ir no posto várias vezes e obter sempre a mesma resposta: está pra chegar ou estamos em falta. Isso que o prefeito está fazendo conosco é desumano. É muito triste para mim que tenho ataques e preciso deste medicamento. Sou aposentado e o que eu ganho não dá pra comprar. Preciso recorrer aos amigos e familiares”, desabafa em tom de tristeza.
Outras pessoas reclamam da falta de fichas nos postos de saúde. “Moro aqui na Guarda e só temos menos de 15 fichas por dia de atendimento. E isso apenas duas vezes por semana. Nossa comunidade é grande e precisa de mais atenção. Faltam enfermeiras, médicos e atendentes. Estou decepcionada com essa administração”, esbraveja a dona de casa Marli da Conceição Peixoto.
Há poucos dias a reclamação veio do bairro Santo Antônio de Pádua, onde faltavam até enfermeiras capacitadas em aplicar uma simples vacina em crianças.
De acordo com a prefeitura, os remédios que estão em falta devem chegar nos próximos dias. Já com relação aos atendimentos, a nova secretária da Fundação Municipal de Saúde, Tanara Cidade de Souza, que assumiu recentemente está tomando nota destas falhas para tentar melhorar a situação.
 
 
Descaso com a Saúde vai além da falta de remédios. Situação foi debatida na câmara
Para o vereador Nilton Campos foi um péssimo negócio a mudança da Secretaria de Saúde. “No local anterior tínhamos consultório, farmácia, vigilância, farmácia judicial, sala de vacina, tudo num só local. Agora tem que ir à Central do Cidadão, eles te encaminham para a secretaria de Oficinas, depois para Rui Barbosa, para outro lugar... e fica esse vai e vem. Se for de carro tudo bem, agora imaginem fazer todo esse percurso a pé. A informação que temos é que o prédio antigo ainda não foi entregue, está sob os cuidados da prefeitura. E agora pintou uma dúvida: A Secretaria de Saúde, segundo a informação da prefeitura, desde janeiro não paga mais aluguel, só que há meses atrás estava lá cedida pelo município para colocar o SAMU. Então não foi entregue em janeiro? Queria saber ainda se o contrato com o proprietário do imóvel foi rescindido de comum acordo entre as partes? Foi assinado um termo de devolução de imóvel? Em qual data foi finalizado o contrato? Ainda está à disposição do município? Porque se estiver, cadê a economia? São dúvidas que tenho”, analisou Campos. O vereador Vanor Rosa disse que em requerimentos passados questionou a prefeitura sobre o assunto. Além da demora em responder, só informaram sobre os contratos feitos na Rui Barbosa, mas do prédio da Milão, onde funcionava anteriormente a secretaria, nada. “Não mandaram direito a resposta como eu pedi, eles tentam sempre nos ludibriar”, lamentou o edil. Já Lucas Esmeraldino comentou que tem conhecimento dos valores das salas. “Agora só não vem o prefeito ou a secretária dizer que a escolha foi por economia, porque se foi por economia ai vão ter que fazer um cursinho de gestão. Sabem quanto é o valor hoje lá onde está a infraestrutura? Quase R$ 25 mil. Eu estive falando com o proprietário do prédio onde era a Fiat Milão, que funcionava a Policlínica, e ele disse que estava disposto a reduzir o valor do aluguel, mas a prefeitura não quis. Ele estava disposto a reduzir de R$ 28 mil para R$ 20 mil, mas não adiantou, exemplificou o vereador tucano. 
 
 
Proprietário do prédio afirma que reduziria valor do aluguel
 
 
 
Nilton Campos: Pairam muitas dúvidas sobre a rescisão do contrato
 
 
 
Vanor Rosa: “Eles querem nos ludibriar”
 
 
 
Lucas Esmeraldino: Valor do aluguel da infraestrutura: Quase R$ 25 mil

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