10dez11 - Orleans: Vereadores explicam decisão em votar contra projeto do prefeito Tinto

09/12/2011 19:31

 

Após ouvir a manifestação das comunidades, os vereadores de Orleans na sessão da câmara de segunda-feira, 05, tiveram a oportunidade de esclarecer aos presentes os motivos que os levaram a não aprovar a proposição do Executivo que pleiteia R$ 3,5 milhões de financiamento do Badesc e que, justifica a ação para poder aplicar os recursos em pavimentação. Mario Coan lembrou que muitas das localidades já tinham previsão de obras no orçamento deste ano só que isso não se materializou, embora a arrecadação permitisse. “A única coisa para o prefeito não virar mentiroso é a comunidade vir anualmente aqui nesta Casa cobrar a realização das promessas. Mas, precisamos que, primeiro seja priorizado os inclusos do orçamento do ano passado e depois as demais reivindicações. Vamos tentar contemplar todos os pedidos de vocês no Orçamento, estabelecendo a individualidade”, disse.
Osvaldo Cruzetta, o “Vá” comentou que muitas pessoas têm questionado os motivos que levaram os vereadores a votarem contrários à propositura da administração municipal. “Muitos perguntam por que os vereadores votaram contra. Ninguém mais teria razão de votar a favor do que eu, pois a comunidade de rio pinheiros estaria sendo contemplada. Quando pedimos as informações para o Executivo não recebemos esclarecimentos, quanto iria custar, a qualidade do asfalto e onde seria feito a pavimentação. Não somos contra. Queremos que façam o asfalto. Se ele começar a fazer os quatro dele nós votamos a favor dos outros quatro. O que não se pode é ser enganado. Nós queremos as coisas claras e esses recursos são do povo”, disparou Vá. Já Zalmir Becker, que é da base governista lembrou que em 2007, quando estava também vereador, foi dado aval ao prefeito Valmir Bratti e a Câmara aprovou financiamento de mais de R$ 2 milhões junto ao Badesc. “Nós nem discutimos o projeto. Aprovamos, pois era de muita importância ao município. Por isso peço que os demais vereadores sejam sensíveis e aprovem”, clamou. O suplente Edésio Marchioro se associou ao colega governista e pediu para que o projeto volte a casa. “Os quatro quilômetros prometido pelo prefeito com recursos próprios ele não vai deixar de fazer. E quanto ao financiamento, o recurso só será utilizado se a obra for executada”, lembrou. O vereador Antonio Dias André, O “Geada”, com a lucidez que lhe é peculiar, falou que, essas discussões sobre o projeto dão impressão que existe duelo entre prefeito e vereadores.
“Não existe isso. O problema foi com as diversas informações e equívocos. O prefeito mandou um documento com pedido para asfaltar mais de 300 metros e outro pedido veio à menor, em torno de 250, sendo a mesma rua só com extensão diferente”, salientou. O líder do governo, João Tezza Francisco, o “Dão”, defendeu o prefeito Jacinto Redivo, o “Tinto” e disse que o chefe do Executivo está fazendo a coisa certa. “Se ele diminuiu a extensão é porque tinha orçamento para isso. Os prefeitos da região andaram recebendo financiamento. Parece que só nós somos inteligentes e ficamos discutindo a questão de juros. Não dá para questionar o que o prefeito vai fazer com recursos próprios. Isso é prerrogativa do prefeito”, manifestou-se. A vice-presidente da Mesa Diretora, Berenice Bernardo Durante, esclareceu que todos os vereadores querem o crescimento e o progresso do município. “Quem somos nós para ir contra um projeto que vai trazer crescimento. Estamos trabalhando de maneira honesta, transparente e séria. Não estamos dizendo amém a cada projeto que vem. Analisamos com atenção. Antes, alguns vereadores nem analisavam os projetos. Isso é o que estamos fazendo. Estamos defendendo os interesses da população como legítimos representantes das comunidades aqui nesta Casa. O projeto não foi aprovado porque não veio de forma correta. Aqui ninguém quer prejudicar ninguém. Mas que o dinheiro seja usado de maneira correta e não desviado”, Concluiu. Pedro Orbem disse que a reivindicação das comunidades é justa e destacou que é favorável ao projeto de financiamento dos R$ 3,5 milhões.
A presidente Lela Padilha, ao encerrar essa etapa da sessão, frisou que também foi voto contrário com mais quatro colegas e as justificativas são de conhecimento de todos. “Discordo do vereador Zalmir Becker que primeiro o financiamento e depois as obras. Mudo o meu voto, mas tenho que ouvir as comunidades e essas comunidades são com recursos próprios. Se ele começar voto favorável. Faço as palavras do vereador Osvaldo. Façam pelo menos uma parte com os recursos próprios. Assim eu mudo meu voto. As comunidades vão levar essa promessa. Mas precisamos saber o que ele vai fazer com os recursos do Badesc e com os próprios recursos”, complementou Lela.
 
Vereadora Nice: “O projeto não foi aprovado porque não veio de forma correta. Aqui ninguém quer prejudicar ninguém”.
Presidente Lela: “Façam pelo menos uma parte com os recursos próprios. Assim eu mudo meu voto”.
 

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