10out15 - Comunidade (por Munir Soares)

09/10/2015 11:52
OUTUBRO ROSA
MÊS DE ALERTA CONTRA O CÂNCER DE MAMA.
SE TOQUE – a prevenção ao alcance de suas mãos!
 
 
 
O ABC DO DESCASO
Foi no Grupo Escolar Ana Gondin, que aprendemos o BEABÁ. A qualidade do ensino na escola pública era de primeira qualidade. Bons professores, direção eficiente. Educação com disciplina e lazer. Em todas as manhãs, aula de civismo. Alunos em torno do pátio interno, para o hasteamento do pavilhão nacional enquanto todos cantavam o Hino à Bandeira. A Liga Pró Língua Nacional organizava as solenidades de sábado, quando sempre havia um aluno (a) escalado para fazer uma declamação, homenageando a bandeira do Brasil. “Salve lindo pendão da esperança/salve, símbolo augusto da paz! Tua nobre presença à lembrança/a grandeza da pátria nos traz!
Nas asas do tempo, passamos nós, porque o velho Ana Gondin continuou firme no seu posto, no exercício de sua nobre missão de ensinar, pelo menos até o ano de 2013, quando o prédio foi interditado pelos órgãos de segurança. As crianças foram transferidas para o salão paroquial da Matriz de Nossa Senhora dos Navegantes, em salas de aula, improvisadas. Seria por pouco tempo. O projeto da nova escola foi aprovado. Edital de licitação para a obra foi, imediatamente, publicado. Tudo com celeridade.
Súbito, surgiram problemas. Impugnação, reforma do edital, etc. Contratempos, sanáveis a curto prazo.
O que deveria ser curto ficou longo. Em outubro de 2015, as crianças continuam amontoadas no salão da paróquia, e nem o canteiro de obras foi montado no terreno da escola Ana Gondin. Existe um culpado? A morosidade da Secretaria de Educação contou com a passividade da população, principalmente, dos pais e professores daquele tradicional educandário. Se não forçarem a barra, a obra vai continuar em banho-maria. Em ano eleitoral (2.016) construções novas estão sujeitas a uma série de restrições por conta da lei eleitoral.
ANA GONDIN JÁ! - Campanha que pode começar com uma sessão da Câmara, na praça, em frente do prédio da escola. Temos certeza, de que o presidente Roberto Alves, sensível à idéia, topará a parada. Vamos que vamos, Ana Gondin JÁ! 
 
 
 
ENQUANTO ISTO, NA SANTA E ESBURACADA TERRINHA...
 
LEI DA CAÇAMBA 
Prefeito aprovou lei que disciplina o uso das caçambas (tele-entulho) na cidade. Elas deverão conter o nome da empresa, ser pintadas com tinta reflexiva, pagar estacionamento rotativo e ficar no local, no máximo, por 72 horas. Tudo continua como dantes, algumas caçambas já estão até enraizadas. Ninguém fiscaliza. A estrada que dá acesso à Praia do Mar-Grosso, pelo morro, é uma via sem acostamento, e sem passeio público. No meio da pista, do lado direito, tem uma caçamba do tele-entulho, pintada nos moldes antigos. Um perigo. Irresponsabilidade da empresa e da Prefeitura.
 
 
 
NOVA TRAPALHADA BABILÔNICA
Anulação do edital de licitação para obras de revitalização da Praça do Vila. Vicio grave no certame licitatório, disse o Secretário Rezende.
 
 
 
CONTENÇÃO DE DESPESAS?
Secretaria de Pesca – Sai o vereador Thiago Duarte. Entra o ex-vereador João Batista dos Santos. No governo de Everaldo, já tivemos quatro secretários da pesca. Parece que a turma não conseguiu manejar o caniço, a contento.
 
 
 
REVOADA
Evilázio Silveira (Lazinho) e Luiz Fernando S.Lopes, ex-vice prefeito (PP) assinam ficha no PMDB. É o Mauro Candemil (PMDB), reforçando o time para a disputa contra o prefeito Everaldo dos Santos (PMDB). Já, no primeiro tempo, deverão medir forças para garantir a maioria do novo diretório, a ser eleito no final deste mês. Por enquanto, a guerra acontece nos bastidores...
 
 
 
NOVO CACIQUE
Deputado federal Mauro Mariani é o novo presidente do PMDB catarinense.
 
 
 
PSB 
Partido Socialista Brasileiro, de Laguna, recebe filiações de peso, Adilcio Cadorin, Ivete Scopel, respectivamente ex-prefeito e atual vice-prefeita, e mais algumas dezenas de lideranças locais. Deputado Cleiton Salvaro prestigiou o evento. Com certeza, teremos Cadorin no palanque. Como coadjuvante ou protagonista? Só o tempo dirá.
 
 
 
MADE IN CHINA?
Febre, tosse, coriza, espirros, com todos esses ingredientes indigestos eu e minha esposa Salete estamos “curtindo” a segunda gripe este ano, apesar de vacinados. O que nos leva a crer, que a vacina distribuída pelo poder público, foi fabricada na China, e comprada no Paraguai.
 
 
 
REMINISCÊNCIAS
Aos sábados a turma continua reunindo-se num cantinho do Restaurante Chedão já apelidado de “Oásis dos camelos”. Local para bater papo e “matar a sede”. Batem ponto com assiduidade: ex-prefeito e delegado Nazil Bento Junior. Ex-vereador Nelson Mattos. Roberto Righetto técnico da Celesc, e chefe da embaixada de Lauro Muller, em Laguna, Edésio Joaquim, irmãos José e “Nem” Chede, eu, e meu neto Miguel. José Paulo Rebelo, ex-vereador, candidato a prefeito, tem marcado presença no grupo. Quem, volta e meia, assina o ponto, honrando-nos com sua presença, é o desembargador Júlio Knoll.
Entre os prefeituráveis, Nazil Bento Junior é o mais lagunense de todos. É o nosso político “manézinho”. Como folião fez parte de vários blocos de salão. Na área esportiva foi uma promessa do futebol de salão e craque no futebol de praia, nas disputas entre os times Maiô versus Bikini. Como era “peladeiro” Nazil atuava pelo Bikini. Seu pai, o Velho Nazil, também era carnavalesco, e teve também seu time de futebol de salão – O Semanário de Notícias - jornal de sua propriedade onde comecei a escrever em 1975.
 
 
 
Anos dourados
Exatamente, nos românticos anos 50, o carnaval de salão de Laguna vivia sua fase áurea. Os Cordões carnavalescos, “Bola Branca” e “Bola Preta” tinham, até, torcida organizada. As fantasias, riquíssimas, eram confeccionadas dentro do maior sigilo. As costureiras, exclusivas, trabalhavam em lugar incerto e não sabido. Nem os componentes dos blocos podiam ter a menor noção sobre a roupa. Durante as provas, ficavam de olhos vendados e, às vezes, até com luvas, para evitar que o tato pudesse revelar algum detalhe da fantasia.
___ Segredo de sepultura?
___ Quase isto, pois se o bloco adversário descobrisse alguma coisa, e “furasse” a fantasia, literalmente, botava o bloco na rua, garantindo a vitória, por antecipação.
___ E, o que, realmente, aconteceu no carnaval de 1950?
___ Dizem, que foi naquele ano, que o Nazil, líder do “Bola Preta” começou a ganhar sua fama de “Raposa”.
___ Como assim?
___ Nazil teria usado a “quinta coluna” para servir aos seus propósitos.
___ Sei, “quinta coluna” é o mesmo que colocar alguém de sua confiança, para atuar, na moita, por trás das linhas inimigas...
___ Perfeito. Nazil conseguiu infiltrar gente sua, nas hostes do “Bola Branca”.
___ Funcionou?
___ Com perfeição. Pelo correio, em carta registrada, Nazil recebeu cópia do modelo da fantasia do rival.
Durante o famoso Pré-carnaval, diante da multidão, um componente do “Bola Preta” desfilou fantasiado de Mexicano. Estava “furada” a fantasia do inimigo, que não teria mais tempo hábil para mudá-la. O clima ficou tenso. Nervos a flor da pele.
Naquele ano, os “bolas” deveriam fazer “entrada” no Clube Congresso Lagunense. Antes da meia-noite, a multidão já se aglomerava nas proximidades do clube. Eu estava lá, como integrante da plebe, que não tinha acesso à seleta e exigente sociedade da época. Era tradição, os blocos vinham a pé, desfilando, desde suas sedes, até os clubes… Um burburinho corre pela galera. Eis que surge o “Bola Branca,” subindo pela rua Jerônimo Coelho, iluminado por dezenas de fogos de bengala. Quase ao mesmo tempo, surge o “Bola Preta,” vindo em sentido contrário. O encontro era inevitável. Ficam frente a frente, cada qual procurando cantar seu hino com mais força do que o outro. Inesperadamente, de gozação, alguém do “Bola Preta” teria surgido com um chapéu de mexicano e um violão. A provocação atiçou a ira. Nico Chede, com aquele corpanzil, fantasiado de Mariachi, não se conteve, ergueu seu instrumento musical e o utilizou como tacape, despedaçando-o sobre a cabeça de alguém do “Bola Preta”.
___ Teria sido o Nazil Bento?
___ Nunca se soube. A verdade é que o pau comeu. A briga generalizou-se. Uma torcida cantava “rebola esta bola/que a bola é quadrada/ a bola não rola nem mesmo a paulada. E, a outra respondia: “Cordão do Bola Preta, que não tem micareta/na hora do samba é bamba...”.
 

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