11fev12 - Comentário: FUNCIONA AQUI E NA CHINA

10/02/2012 21:37

 

      Afirmei, neste espaço, com base em dados da Secretaria de Estado da Educação, que a queda da média das escolas estaduais de Tubarão, no IDEB e no ENEM, deu-se, em especial, pelo abandono de práticas, que comprovadamente impulsionam a aprendizagem.
    Dentre tais práticas, destaquei o amplo programa de capacitações, principalmente no Laguna Tourist Hotel, para todos os professores, inclusive ACTs, da região de Tubarão, que incluía a de Braço do Norte e, posterior assistência, através dos planejamentos bimestrais. Mestres (as) reuniam-se para preparar as problematizações e as historicizações dos conteúdos programáticos. O objetivo: resgatar o significado de tais conteúdos, muitas vezes, apresentado aos alunos como “fins em si mesmos” e, por isso, desinteressantes.
    Esta prática, instituída entre 2003 e 2004, adicionada a outras, elevou em 2005, a média do “IDH Educação” de Tubarão para cima da média estadual.
    Já havia ocorrido (meados da década de 90) em todas as escolas estaduais de Santa Catarina, com dois dias de estudos por bimestre, a fim de implementar a Proposta Curricular.  
     Reportagem de capa da revista Veja (21/12/2011), mostra que a China, mais precisamente Xangai - 1º lugar no PISA (avaliação que mede o desempenho dos alunos de países desenvolvidos), adota, entre outras medidas de sucesso, tais planejamentos. 
     A diferença é que em vez de um, são três encontros: um semanal entre professores que ensinam matéria comum na mesma série, para preparar as aulas; e dois bimensais, entre professores de disciplina de todas as séries de determinada escola; e entre professores da mesma disciplina e série do bairro. 
     Nos dois últimos, compartilham as melhores técnicas de ensino. Ou seja, o isolamento do professor é substituído pelo apoio e compartilhamento rápido entre todos da rede.
       Estas práticas, com pequenas variações, vêm, na verdade, há muito tempo, com o nome de “Troca de Experiências”, contribuindo significativamente para melhorar a aprendizagem, tanto aqui como na China.    
     Quanto custa? Apenas conhecimento e determinação de quem está à frente do processo, e/ou bônus aos professores que apresentarem as melhores técnicas, como se faz na China. Uma forma de implantar a necessária meritocracia.
   É preciso sistematizar e aperfeiçoar as capacitações e os planejamentos, jamais abandoná-los.     
 
 
Prof.Msc. Maurício da Silva – Tubarão – SC - RG. 454.150- fone: 99863562 mauricio.silva@unisul.br
 

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