12abr14 - Tubarão: Onda de envenenamento de cachorros causa revolta e indignação
11/04/2014 14:39
O problema de cachorros abandonados em Tubarão se arrasta durante anos. No entanto, este caso se agrava quando os animais abandonados começam a morrer envenenados nas principais ruas da cidade. Foi o que aconteceu na manhã de quarta-feira (09), no centro da cidade. Pelo menos três cachorros foram encontrados sem vida nas proximidades da Clínica Pró Vida e do supermercado Giassi. A jornalista Kélen Bardini, ficou revoltada com as cenas. “Fui fazer uns exames numa clínica próxima quando vi um cachorro deitado. Achei que estava dormindo, mas quando cheguei perto vi que estava morto. Poucos metros depois vi mais dois também sem vida. Fiquei muito triste e ao mesmo tempo indignada com tamanha frieza de um ser humano que faz isso. É um problema que vejo aumentar a cada ano. O poder público deveria tomar providências, pois já passa se tornar um problema de saúde pública”, disse indignada.
Há cerca de duas semanas uma moradora da avenida Getúlio Vargas, nas proximidades do Supermercado Angeloni, constatou a morte de dois cachorros, quais ela mesmo cuidava com remédios, comida e água. O fato foi bastante comentado nas redes sociais. “Existem tantos terrenos em Tubarão. Pagamos nossos impostos, prometeram tanto na campanha eleitoral, mas pelo que vemos pouco é feito para tentar amenizar este problema”, salienta Kélen.
De acordo com informações da ONG Movimenta Cão, em Tubarão, existem cerca de 2,5 mil cachorros de rua espalhados pela cidade. Um número bastante elevado para uma população de pouco mais de 100 mil habitantes.
O chefe do Centro de Zoonose de Tubarão, José Carlos Lopes, o Tinho, disse que local está lotado. “Na verdade não temos um canil. O que disponibilizamos é um local onde os animais que precisam de tratamento são atendidos e depois de recuperados são doados através de feiras e por pessoas que procuram o Centro de Zoonose. Fazemos o que podemos. Não temos como recolher os animais abandonados pela cidade. Vai consciência de cada um”, explica.
A veterinária Juliana Vieira, que trabalha no local, afirma que desde setembro já foram castrados cerca de 160 animais. “Fazemos em média três castrações por dia. Mas a diminuição destes animais abandonados deve ocorrer a longo prazo. Daqui uns sete anos mais ou menos. Sabemos que o problema é sério e aumenta relativamente. Mas não podemos fazer muito. Apenas o que está em nosso alcance. Precisa a população tomar consciência e não abandonar seus cachorros e muito menos dar veneno”, lamenta.
Jornalista Kélen Bardini ficou revoltada com as cenas
Cerca de 2,5 mil cachorros estão espalhados pela cidade. Nas proximidades do Shopping da Unisul a concentração é grande
No canteiro central da Marcolino cães mortos por envenenamento
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