14abr12 - Orleans: Lombada é o estopim para briga entre vereadores

O clima entre os vereadores Osvaldo Cruzetta (Vá) e João Tezza Francisco (Dão) não anda sendo dos melhores. A indisposição ficou ainda mais clara durante a sessão da última segunda-feira (09), quando os dois mal se entreolhavam.

O estopim foi um pedido de uma lombada feito pelo vereador Vá, em sua rua. Bastou o vereador pepista fazer a reivindicação para o vereador situacionista debochar de sua cara. 

“Tem vereador que deve ter falta de vista, porque tem uma lombada em frente à garagem dele. Ele deve passar por cima dela quando sai da casa. Se ele questionar que está ruim a rua dele eu concordo, agora tem uma lombada em frente da casa dele”, disse Dão, subindo nas tamancas. Vá não deixou por menos: “A gente procura fazer um bom trabalho aqui na Câmara, mas o despreparo de alguns vereadores é tão grande que procuram sempre ofender as pessoas”, retrucou. Cruzetta disse estar atendendo apenas uma reivindicação do Mário Cardoso e de outros moradores do bairro e que o intuito do pedido era de impedir que os habitantes dali fossem para os veículos de comunicação reclamar. Segundo Cruzetta, seu objetivo era pedir para que a comissão de trânsito do município fosse averiguar o local.    

“Não sou eu que quero. Tem uma lombada na frente da minha casa que é muito fraquinha. O pessoal de moto passa a 200 km/h. Os moradores da rua é que estão pedindo. Por mim se não quiser fazer não tem problema nenhum”, criticou Cruzetta. Os problemas de relacionamento entre os dois não são de hoje. E Vá ainda considerou: “Você tem que aprender vereador que eu enxergo muito bem, talvez quem não enxerga é vossa excelência, porque o despreparo é tão grande, que eu nem sei se merecia estar sentado nessa cadeira de vereador. Primeiro tem que honrar as pessoas que lhe confiaram voto, e você não sabe respeitar as pessoas que votaram em vossa excelência e muito menos os vereadores que ocupam essas cadeiras nessa casa. Eu respeito todo cidadão que votou em vossa excelência e àqueles que votaram em mim e àqueles que votaram em todos os vereadores que estão aqui. Agora o que eu não posso é compactuar com as coisas injustas que acontecem nessa cidade e eu ficar aqui aplaudindo e batendo palmas para coisas erradas. Isso você não vai ver esse vereador fazer nunca nesta casa. Eu estou preparado para ser vereador e nunca vou me abalar diante de algumas acusações que vossa excelência faça a minha pessoa para querer muitas vezes desvirtuar alguns assuntos que estão em pauta”, desabafou Cruzetta. Dão ficou quieto e não respondeu ao edil. Vá não se calou e fez novas insinuações: “Peço que quando dirigir a palavra a mim que primeiro verifique bem o que vai falar, porque eu não estou aqui para ficar escutando bobagem de pessoas despreparadas como vossa excelência. Se tivesse sido comigo, o que já aconteceu a vossa excelência, eu teria renunciado a cadeira de vereador desta casa em vergonha e em respeito ao parlamento da nossa terra”, disse revoltado. Vá se referiu ao fato do vereador Dão (DEM), ter apanhado de relho, no dia 16 de novembro ao lado da Câmara de Vereadores, no momento que o legislador chegava para uma reunião. Para lembrar o caso, Adolfo Macalossi, desferiu relhadas contra o vereador Dão por causa de uma discussão entre Tezza e a esposa de Macalossi, a conselheira Tutelar Gabriela dos Santos Oliveira Macalossi, em outra reunião. O presidente Antônio Dias André ficou incomodado com a discussão dos dois vereadores e apaziguou os ânimos: “Temos que respeitar os eleitores e também temos que nos respeitar uns aos outros. A Bíblia diz que somos criados à imagem e semelhança de Deus. Não vamos deixar que esta imagem se denigra, se deturpe. Vamos amar à Deus acima de todas as coisas e amar ao próximo”, ponderou Geada, jogando um balde de água fria na calorosa discussão.

Dão disse que Vá tinha falta de vista

Vá disse que se tivesse sido com ele o que já aconteceu com Dão, ele (Vá) teria renunciado a cadeira de vereador

Católico, o presidente Geada acalmou os ânimos quando citou Deus