15jan11 - Pessoas (por Gladys Helena)

14/01/2011 17:42

Começar de novo

Em 1995 editávamos a primeira edição do Jornal A Crítica. Salmon e eu tínhamos saído de um projeto maravilhoso, na rádio Super Santa (Santa Catarina).

Lá pelas tantas resolvemos montar um jornal (tinha poucos na época, só o Jornal da Cidade e o Tribuna do Bartolomeu) e começamos o processo para registrar o semanário. Não tínhamos a menor ideia de como faríamos. Mas logo o formato foi sendo forjado aos poucos, até que em menos de 15 dias editávamos a primeira edição da Crítica, isso em 12 de agosto de 1995. Tínhamos a ideia de que seria moleza viver disso, de informações e comentários críticos. Não foi e não é nada mole. O saudoso Dite Freitas me disse que era praticamente impossível viver de jornal, numa cidade pequena. Mas, cabeção-duro como o Salmon era, meteu bronca. Até porque sabia que com pouco menos de 50 anos não ficaria mais milionário. Queria apenas viver, razoavelmente. Quinze anos se passaram e posso dizer que ainda sobrevivemos somente desse hebdomadário. Claro que tivemos que fazer outras coisas paralelas, porque tivemos momentos difíceis, danados.

Levamos uma vida legal. Não temos chefes nem chefetes. Temos até empregados (que chique!). Escrevemos rigorosamente aquilo que acreditamos. Publicamos releases, sim, quando vale a pena, que interesse aos que lêem o Jornal A Crítica.

Só isso, não tem mistério. Recebemos sim de prefeituras, câmaras etc...

Nestes 15 anos jamais tivemos interrupções nas edições. Lógico que tiramos as nossas férias anuais, sempre no fim e início do ano. Fazemos rápidas viagens, principalmente para o Rio Grande do Sul, estado natal de Salmon. Uma que outra viagem ao Rio e a Brasília. Só isso. Graças ao bom Deus temos dezenas de colaboradores voluntários. Bons amigos nos mandam sempre as mais variadas notícias e informações em off. Quinze anos não é mole e ainda mais publicando algumas notinhas que são mais do que apimentadas. Mesmo assim, apenas dois sujeitos tentaram me processar. Os tais dos processos não deram em nada.

Olha, só tenho que agradecer a todos que lêem o Jornal A Crítica todos os sábados e mesmo eventualmente.

Estamos iniciando mais um ano. E Graças a Deus, podemos dizer que o nosso A Crítica é um sucesso!!!

 

Caos na emergência

O Mural de Recados do site do jornal A Crítica essa semana recebeu denúncias que um médico da emergência do Hospital de Laguna, deixou mais de trinta pacientes esperando por um longo tempo enquanto que o mesmo dava aulas para estagiários. Ora... Ora... A primeira coisa que esperamos, quando estamos com algum problema de saúde é que o médico do hospital (principalmente da emergência) mostre consideração e interesse pelo sofrimento de seu paciente. Esse no tempo de estudante não fez o dever de casa.

 

Velhos problemas

Um novo ano começa e os velhos problemas aparecem. Está ficando difícil entender a lógica das viagens internacionais. Tomei conhecimento através da coluna de seu genro, que o prefeito de Orleans, Tinto deve viajar para o exterior no mês de março. O genro no jornal soltou esse comentário orgulhoso, ressaltando que o sogro “pretende visitar vários países, entre eles Portugal e Itália. E que ele vai a lazer e também a trabalho. Em Aveiro, Portugal, existe um intercâmbio entre a universidade de lá e a Unibave de Orleans”. Hum... Não seria mais interessante o reitor da universidade ir lá, ao invés do prefeito? Tinto em seu governo tem méritos, mas eles não podem encobrir os problemas, sobretudo aqueles que Tinto poderia ter equacionado, mas não o fez. Não vou relacioná-los. A esta altura todos conhecem quais são, a começar pela CPI da Saúde. Por sua vez, como indutora do desenvolvimento, a administração atual fez pouco. 

Na verdade, ele é refém dos Librelato, que gosta de loteamento de cargos, no jogo miúdo da política. Neste momento, nas retinas do prefeito cintilam os neons da prosperidade de portugueses e italianos. Que aproveite bem, pois, se depender de sua administração, jamais verá coisa igual em sua terra. Principalmente quando ela (cidade) fica entregue aos librelatos. Bem prefeito...  Essa realmente poderá ser uma viagem inesquecível, sem preocupação, sem stress, só alegria... Mas, uma pergunta de quem está com uma pulga atrás da orelha: Quem pagará essa conta?

 

Aprovado

Gostei da atitude do ex-prefeito Carlos Stüpp em não alimentar a doce ilusão de ser contemplado com cargo no governo estadual de pouca relevância. Como na canção inesquecível de Vandré, "quem sabe faz a hora, não espera acontecer", Stüpp já anunciou que não quer cargo no governo do estado e nem no município, pois será o executivo da Empresa Canadas. Estamos cansados de testemunhar o tudo acabar em nada. Os lobos que ganham continuam a viver dos lobos que perdem, no velho jogo das ilusões perdidas. Stüpp deu um basta nisso!

 

Dura

Ao admitir que Dura é o seu indicado para permanecer na SDR de Tubarão, o prefeito Manoel jogou pedra na caixa de maribondos. Sargento Batista é claro, torceu o nariz. Bombeiros devem entrar em ação. Jogo político é um enigma, é preciso entender os sinais. Se o prefeito não tem a chave da porta das soluções, pelo menos deve saber quem são os chaveiros deste labirinto. Política é como futebol: se falta unanimidade, sobra discussão.

 

Alencar

Sou obrigada a criticar a política do SUS. Baixaram de R$6.800,00 p/ R$ 6.100,00 os limites com gastos em medicamentos contra o câncer. Aí limita-se o tempo de vida do paciente dependente de remédios. Enquanto isso Zé Alencar, não usa o SUS e sim o Sírio Libanês. Agora imaginem o valor da conta do Zé, que será paga por nós!

 

Eu aprendi – Charles Chaplin

Aprendi que eu não posso exigir o amor de ninguém, posso apenas dar boas razões para que gostem de mim e ter paciência, para que a vida faça o resto. Aprendi que não importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que não dá a mínima e eu jamais conseguirei convencê-las. Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruí-la em apenas alguns segundos. Que posso usar meu charme por apenas 15 minutos, depois disso, preciso saber do que estou falando. Eu aprendi... Que posso fazer algo em um minuto e ter que responder por isso o resto da vida. Que por mais que se corte um pão em fatias, esse pão continua tendo duas faces, e o mesmo vale para tudo o que cortamos em nosso caminho. Aprendi que há muita gente que gosta de mim, mas não consegue expressar isso. Aprendi... Que nos momentos mais difíceis a ajuda veio justamente daquela pessoa que eu achava que iria tentar piorar as coisas. Aprendi que posso ficar furioso, tenho direito de me irritar, mas não tenho o direito de ser cruel. Eu aprendi que meu melhor amigo vai me machucar de vez em quando, que eu tenho que me acostumar com isso. Aprendi que por mais que eu queira proteger os meus filhos, eles vão se machucar e eu também. Isso faz parte da vida. Aprendi que certas pessoas vão embora da nossa vida de qualquer maneira, mesmo que desejemos retê-las para sempre. Aprendi, afinal, que é difícil traçar uma linha entre ser gentil, não ferir as pessoas, e saber lutar pelas coisas em que acredito.

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