18fev12 - Energia – Tragédia mais que anunciada

17/02/2012 20:24

 

Quem não lembra da empáfia, da arrogância e dos métodos nada éticos utilizados pelo colégio Energia para se estabelecer em Tubarão? Foi um sufoco para colégios tradicionais, como o São José, sobreviverem. Procuravam os  professores e funcionários  mais destacados e ofereciam praticamente o dobro do salário para trocarem de escola. Depois, os que não tinham mais o que ser  sugado eram mandados embora, como aconteceu com uma das  coordenadoras. Comenta-se que outros descobriam mais tarde que o fundo de Garantia e outros encargos não eram corretamente depositados. Telefonavam para a casa dos  melhores alunos dos outros colégios  e também ofereciam vantagens para trocar de escola. Faziam  marketing  exibindo-os como méritos seus, para atrair outros alunos, mas a base (destes alunos) era formada nas outras escolas. Muitos alunos  eram tratados como simples “números”, mas não retornavam as escolas de origem por vergonha. Na verdade, Tubarão caiu nesta esparrela, outra vez, por que quis.   Um pouco, antes o Colégio Geração (lembram?!) fez o mesmo barulho e tal qual o Colégio Energia não amanheceu na cidade.  O que mais intriga é o fato de a esperta elite Tubaronense não ter percebido os crescentes sinais do declínio. Comecemos pela Central do Dinheiro, em Criciúma. Foi pra lá que cheques antecipados e todo o dinheiro que aqui era apurado seguiam.  Neste caso, nossa esperança é que todos que mexiam com a grana, empregados ou sócios-gerentes, sejam ouvidos pela polícia e Ministério Público.  Mas tem mais: 1) Os poderosos Lucy e Guido sumiram; Lucy teria sido demitida bem antes por Guido, com quem tem um filho. Ela pode e deve ser ouvida como culpada ou injustiçada.  2) No último ENEM e no concorridíssimo vestibular da UFSC, mesmo com toda a política agressiva para tirar os melhores alunos de outros colégios e, fortíssimo marketing, foram desbancados pelo Colégio São José; 3) É sabido até por leigos, que quem promete pagar juros acima do mercado para captar dinheiro, sinaliza dificuldades financeiras e geralmente acaba mal. Será que ninguém desconfiou que aquela montoeira de cheques adiantado, com enormes vantagens para quem emitiu, era sinal de que o caixa estava com problemas e iria piorar, como de fato aconteceu? Falam em salários atrasados desde novembro; Dizem que o aluguel não estava em dia, faltava a metade, era altíssimo para os padrões da cidade - R$ 40 reais mensais. Ainda sobre cheques adiantados que acenavam para o pior, o presidente da Associação de Pais (me disseram) por ser advogado, nada suspeitou? E os pais que apostaram na massa falida, sentem-se confortáveis em ver seus filhos estudando num local onde, até o nome (placa) veio abaixo? Uma amiga me encontrou e disse: “Que horror, vamos ter que voltar nossas vidinhas para a Unisul/Dehon”. Constrangedor...  magnífico Reitor Airton, grande amigo Salésio, é que sobram pessoas a dizer que ambos teriam sido envolvidos pela teia de aranha. Eles fazem média, saem fortalecidos, buscarão em breve um jeito de estarem na crista da onda. E foi num embalo que me pergunto: Embora cedo, estariam preparando a cama para colocarem no trono um elemento que a cada dia torna-se mais forte?  Por que não protelaram o início das aulas da massa falida? Por que não utilizaram as salas de aulas ociosas da Unisul para acomodar os alunos? E por fim, por que não colocaram nas mãos do Colégio Dehon a responsabilidade de implantar sua grade curricular no novo anexo? Era simples! Ocorre que os “Conselheiros do Rei” apresentaram uma formula mágica e suspeita: “Precisamos olhar com carinho e responsabilidade a situação dos professores, 75”. Não estaria andando muito rápido este trem? A massa falida possuía 800 alunos. Deste total, outras escolas absorveram alunos, como o próprio Dehon, ETCT e São José. A Unisul, que vem com responsabilidade saneando suas contas, vai manter o mesmo grupo docente, com  salários diferenciados do Dehon e com grupo de pouco mais de 500 alunos e pagando aluguel?     
 

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