20ago11 - Comunidade (por Munir Soares)

22/08/2011 13:47

O SEQUESTRO

Ao ensejo do retorno da banda lagunense, “Aves de Rapina”, que reestreia neste final de semana, com concerto no palco do Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos, relembro uma história, em que alguns de seus componentes estiveram envolvidos.

O telefone toca, na residência do Grego. Sua esposa Tereza atende.

___ Alô, mamãe, é a Terezinha (filha). Estamos organizando uma serenata, para festejar o aniversário do tio. Após a meia noite nos encontraremos defronte a casa dele.

O João Rodrigues estará lá, cantando baladas e blues. Vai ser um barato.

Dona Tereza ficou toda animada, adorava a turma e admirava, principalmente, a voz da filha (mamãe coruja?)Terezinha Flor. Após dar um trato no visual, enquanto esperava o tempo passar, ficou atenta ao noticiário da TV, como sempre, carregado de violência: Assaltos, estupros, assassinatos, terrorismo, roubalheira, sequestros etc... Todos os ingredientes que ajudam a formar este caldo indigesto, que alimenta a “síndrome da insegurança”. Até na outrora e pacata Laguna, algumas ações criminosas, inclusive caso de sequestro, começavam a deixar a população em sobressalto.

No relógio da Matriz de Santo Antônio soam as badaladas da meia-noite. Dona Tereza, filhos e amigas já se postavam diante da silenciosa casa do aniversariante, situada à rua 13 de maio, Centro Histórico. Terezinha não fora informada, de que o homenageado, recentemente, se mudara para uma casa, na praia do Mar-Grosso. Enquanto isto, lá na praia, Terezinha Flor e seus amigos, com os instrumentos a postos, aguardam a chegada da turma do centro.

O tempo voa. Na madrugada, a sombra do mau presságio, vai alimentando o medo. Uma hora da matina. Dona Terezinha inicia a procura, pelas demais ruas da cidade. Busca infrutífera. Ninguém os vira nos lugares habituais. No coração de mãe, a angústia já imagina o pior, corre à Delegacia disposta a “dar parte” do sumiço da filha e dos amigos. O policial de plantão rabisca no Livro de Ocorrências: Investigar possível sequestro da FLOR. Somente após tomadas as providências iniciais, é que o marido, Gregório Flor Junior, popular “Grego”, foi acordado e cientificado do possível ato criminoso. “Grego” saiu a campo. Sob aquela capa de serenidade, habita um homem decidido, corajoso, acostumado a lidar com seus búfalos, nos campos da Madre.

A turma da praia, diante da falta de notícias da progenitora da Terezinha Flor, entregou ao Rogério Wendausen Junior, a missão de procurá-la. Descontrole geral. Coisa de novela pastelão. Um grupo, procurando pelo outro. O nervosismo embotava a razão. Terezinha Flor, procurando a mãe, e dona Tereza Flor, a mãe, tentando localizar a filha. Rogério apavorou ao chegar à residência do “seo” Grego e encontrou a porta entreaberta e a casa vazia. 

___ O Grego não é de sair à noite, a não ser para procurar “rês desgarrada”!

Incontinente, retornou ao QG do seu pessoal na praia, e relatou o que viu. Botaram a viola no saco, suspenderam a serenata e seguiram céleres, até a Delegacia de Polícia. O praça, que não era o mesmo que fizera o “BO” da dona Terezinha, escutou tudo e anotou, numa página nova, do velho livro de ocorrências.  “Investigar possível sequestro de dona Flor”.

Felizmente, depois tanto rodar, os dois grupos, tiveram a mesma ideia, acampar no chafariz da praça Vidal Ramos. As Flores se encontraram no jardim, sãs e salvas. Na euforia do reencontro, ninguém teve a lembrança de notificar aos policiais, que o caso estava encerrado.

O Delegado, novo na praça, verificou as ocorrências da noite anterior, para determinar as providências devidas.

___ Meu Deus, disse ele, já estão seqüestrando até, “Flores”? 

___ Quem está encarregado dos casos?

___ O praça Quincas, o nosso querido “Abelha”!

___ “Abelha entende de flores, só espero que ele não faça “cera”, pois o caso da Dona Flor e seus dois sequestros” precisa ser solucionado, com urgência. E foi ao som de baladas e blues.

 

NOTÍCIAS DA TERRINHA

 

CALÇADÃO do Centro Histórico ganha novo tipo de iluminação, se bem que o dito cujo, está necessitando, também, é de uma boa faxina.  Comerciantes do calçadão não cooperam para o embelezamento do local. O único banco, decente, foi pintado pelo Bernardo, filho do Ricardo, do Restaurante Pardal’s. Alerta! 

___ Gente do ramo informou, que a fiação utilizada, seria inadequada para aquele tipo de serviço. Poste poderia “dar choque” em dias de chuva.

Fica o alerta!

 

SC-100 – Asfalto da estrada Barra/Camacho: Continua a enrolação. Castelo Branco- rodovia estadualizada, continua sem solução.

Obras da avenida beira-mar (Mar-Grosso) interrompidas pelas chuvas, devem continuar a todo vapor, dizem.

___ Policia Ambiental vai mesmo construir sua sede a beira da lagoa S. Antônio dos Anjos. Tomara que a construção contribua para a valorização da paisagem, com seu exuberante pôr do sol.

 

POLÍTICA

Poucas novidades na terra de Anita. Enquanto o PSD capenga, o filho do vereador Tono Laureano assume a presidência do Diretório Municipal do DEM. Vereador Tono, não dorme no ponto. Cabeça no PMDB, mas com um pezinho no DEM.

 

Vereador Everaldo dos Santos, muito ativo, vai buscando consolidar sua candidatura a prefeito, pelo PMDB.

 

Wilsinho Vieira-PSDB aparece como uma revelação na Câmara Municipal de Laguna.

 

ONDE JUDAS PERDEU AS BOTAS...

Segundo alguns documentos apócrifos, Judas, além dos dinares recebido dos sacerdotes do templo, teria ganho uma nota preta da Associação dos Vendilhões do Templo, interessados no afastamento do Nazareno. Logo após a traição, Judas tratou de proteger seu tesouro, colocando-o nas botas, que sumiram após o enforcamento. Onde Judas perdeu as botas? Expedições foram organizadas em busca do tesouro de Judas. Um templário, durante as Cruzadas, as teria encontrado e levado para a Itália. O acervo bíblico, ofertado a Giuseppe Garibaldi teria viajado no porão do navio até ao Brasil, onde foi surrupiado por um ladrão, de beira de caís, que fugiu, e a levou para bem longe, lá onde Judas perdeu as botas, isto é, em Brasília, um lugar místico, profético. Cidade construída sob orientação de mentores espirituais. Cumpria-se a maldição da bota, um lugar, onde a casta dominante, venal e corrupta, sob a égide de Iscariotes descambaria para um mar de roubos, desvios de verbas, propinas, tráfico de influência, enfim, roubalheira geral e irrestrita. Os “Vendilhões do templo” corrompendo os alicerces de uma nação. A classe política desbundou geral. Em todos os Ministérios, tem sempre alguém, “desenterrando” o tesouro do Judas... Se a presidente Dilma não localizar o lugar onde Judas escondeu as botas, a onda de corrupção pode sacrificar o seu governo. Os ladrões do dinheiro público devem ser expatriados, mandado lá para dos confins dos Judas...

 

OTIMISMO 

Samir (Kilojão) recém empossado na presidência da Acil (Associação Comercial e Industrial da Laguna) já arregaçou as mangas, buscando parcerias (Prefeitura e Udesc) para elaboração de projeto, visando reurbanizar uma área nobre, que foi abandonada, construindo ali uma plataforma, para observação da Pesca com os Botos. Elogiável a ideia do presidente Samir, uma nova visão administrativa.

O local em questão é privilegiado. Situado na raiz dos molhes, defronte ao canal da barra, prainha aprazível aos seus pés, o vai-e-vem do bote, a pesca com os botos. Recanto silencioso e belo, bom para meditação,  contemplação e leitura. História. À frente, o mar que serviu de cenário para a grande batalha entre Republicanos e imperiais, culminou com o fim da República Juliana.

Com todos esses ingredientes o local foi abandonado. Durante 20 anos, aqui, deste modesto cantinho, denunciamos este crime cometido contra a natureza, e às possibilidades turísticas da cidade. Clamamos ao vento. 20 anos. Primeiro foram os bancos que sumiram, juntamente com as luminárias. Posteriormente, as dunas móveis, impulsionadas pelo vento nordeste formaram cômoros, que engoliram até o medidor de energia elétrica, no derradeiro poste ali existente.

Nesse período de gradativo descaso, tivemos a administração de CINCO prefeitos,incluindo aí, o primeiro mandato do prefeito Célio Antônio. Ainda há tempo para uma reação, como se diz no jargão futebolístico, “o jogo só acaba, quando termina”! O presidente Samir está no caminho certo. A UDESC poderá ser o parceiro ideal, projetos, ideias, estudos e tecnologia a serviço da comunidade. O próximo passo, quem sabe, um estudo sobre a utilização dos molhes, como passarela turística, proibindo-se o tráfego de veículos, inicialmente, nos finais de semana, durante o verão, naturalmente, com o aval da Capitania dos Portos.

 

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

Safra não agrada a presidente Dilma. Pepinos, abacaxis e “laranjas” brotam por todo lado. “Produtores” têm sempre uma carta na Manga. Hora de meter o pé na jaca, colocar a turma em Cana e acabar com o Jabá.

 

CASSADA, DE NOVO?

Jussalva Mattos, a vereadora com 7 vidas, recebe mais uma sentença desfavorável, desta vez, do STE – Superior Tribunal Eleitoral. Cassada, de novo.  Pode recorrer ao S.T.J. Terá fôlego para manter-se na Câmara? 

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