20jun15 - Orleans: Câmara presta homenagem póstuma ao vereador Cabelinho

20/06/2015 08:12
Na segunda-feira (15), não houve votação na Câmara de Vereadores de Orleans, durante a primeira reunião ordinária após a morte do vereador Clésio de Oliveira Sousa (PSD), o conhecido Cabelinho. Amigos e companheiros de partido lotaram o plenário para a homenagem feita ao parlamentar, que foi encontrado morto em um galpão inativo, atrás de uma igreja, na comunidade de São João do Rio Maior, município de Urussanga, na manhã da última quarta-feira, dia 10. Clésio de Oliveira Sousa tinha 52 anos e estava desaparecido desde terça-feira (9), quando saiu de casa para uma reunião ao meio-dia, após buscar a filha na escola. O presidente da Câmara Municipal, Mário Coan, pediu um minuto de silêncio em homenagem ao vereador em memória, e após os colegas parlamentares em mais de quarenta minutos se revezaram na tribuna para render reverências ao trabalho do político, tido como um homem de riso fácil e muito humano pelos colegas de Parlamento. Em respeito ao Cabelinho, a cadeira que a ele pertencia permaneceu vazia. A suplente Claudia Scaravaco Zomer (PSD) irá tomar posse apenas na próxima sessão, do dia 22, para a vaga deixada por Cabelinho. 
 
 
 
Osvaldo Cruzetta (Vá)
“Fico muito triste ao olhar essa cadeira vazia. Clésio foi uma pessoa que lutou para conseguir chegar a essa casa, com muita honradez. Ele tinha orgulho de ser vereador, de representar a nossa gente nessa casa. Sempre foi firme nas suas decisões, se empenhava para buscar recursos, junto aos deputados a qual ele trabalhava, para ajudar o município de Orleans. Estamos de luto e jamais vamos esquecer o que aconteceu com o nosso amigo que poderia ainda estar aqui conosco, mas o destino o levou a tomar essa decisão, e nós preferimos aguardar ainda o desenrolar dos acontecimentos. Espero que a justiça faça a sua parte e esclareça os fatos que o levou a tomar essa decisão”.
 
 
 
Cristian Berger (Kiki)
“Meu pai sempre falou que o Clésio era uma pessoa que ele admirava. Foi a dedicação dele que fez com que eu tomasse a decisão de entrar para a vida política, e diante da convivência com ele eu aprendi a admirá-lo ainda mais. É uma pena, todos os dias estávamos juntos. Vai deixar saudade nessa casa, vai deixar saudade ao povo orleanense”. 
 
 
 
Antônio Dias André (Geada)
“Sua cadeira hoje está vazia, mas fica a imagem dele mesmo estando ausente. Algumas pessoas dizem que o tempo faz esquecer, eu já digo o contrário, o tempo faz acostumar, mas esquecer, não. Nós vamos lembrá-lo para o resto da vida. As famílias geralmente fazem a árvore genealógica, e quando fizerem a árvore política do município, vão encontrar o nome Clésio de Oliveira Souza (Cabelinho) fazendo parte da raiz dessa árvore da moralidade política de Orleans”.  
 
 
 
Mário Coan
“Nós fomos adversários políticos, mas sempre fomos amigos. A primeira filiação partidária do Clésio de Oliveira Souza foi no PSDB que completa hoje, no município, 20 anos de sua fundação. Quando a política passa a representar risco de morte às pessoas, eu aqui como presidente da casa me preocupo com o ocorrido, sim. Estaremos acompanhando atentamente as investigações, os desdobramentos que causaram esse fato, ninguém livremente toma uma decisão dessas. Sempre que o Cabelinho me procurava dizendo que estava em dificuldade, dava para ele conselhos bons, como exemplo, uma irmã minha que com 52 anos de idade lutava contra um câncer. Eu dizia para ele: Clésio a vida é muito mais importante do que qualquer outro acontecimento que exista. Eu penso que sempre quando a gente faz o bem a gente tem o bem de volta, eu tenho certeza que o nosso grupo político sempre fez o bem, nunca fizemos pressão para cima de um ou de outro para qualquer coisa. Espero que a Justiça apareça e que Deus determine a verdade ou castigue quem de alguma forma ajudou para que se concretizasse a morte deste companheiro que está fazendo uma grande falta e que representa um vazio na vida de muitas pessoas, principalmente, de sua família”.
 
 
 
Valter
“Eu conhecia o Clésio desde criança, nos criamos na mesma rua e agora aconteceu essa fatalidade que ninguém esperava. Ele lutou muito, conseguiu formar as duas filhas. Infelizmente as coisas acontecem, as explicações são poucas, é um momento difícil para se comentar, muitas pessoas estão a falar. Coisas são colocadas, são afirmadas, acho que todos devem repensar um pouco as ações, as atitudes que são tomadas e o que é dito no dia a dia, porque ninguém realmente tem uma convicção do que aconteceu. Acho que as explicações deverão aparecer no momento certo, que se instaure um inquérito de investigação. A política vai passar, ela é complicada, porque às vezes as pessoas usam as pessoas para tentar justificar algumas ações, algumas atitudes”.  
 
 
Amigos lotaram o plenário para a homenagem feita ao parlamentar
 Foto: Ketully Beltrame
 
 
A cadeira que pertencia a Cabelinho permaneceu vazia durante a sessão
 Foto: Ketully Beltrame

—————

Voltar