22out11 - Professor deve amar o que faz, diz palestrante na Unisul

21/10/2011 19:30

 

“Venham todos sentar mais à frente, quero olhar olho no olho". Foi desta forma que a professora Arlete Cordeiro iniciou sua palestra durante a comemoração dos 40 anos do curso de Letras da Unisul, no Salão Nobre do Bloco Sede. A diretora-executiva e acadêmica do Centro Cultural Brasil – EUA de Joinville leciona há 43 anos e deu dicas a acadêmicos do Curso de Letras quanto sua futura profissão de professor. Em sua apresentação O Profissional da Língua Inglesa e O Mercado de Trabalho na Contemporaneidade, a professora não hesitou em dizer que mudanças devem ocorrer: “Quero que o professor seja, de fato, professor, e não o que a maioria está mostrando ser: profissional sem paixão. Não é fácil seguir este caminho, mas se foi o escolhido, você tem que se dedicar 100%”. Durante a palestra, a professora Arlete decorreu vários aspectos que devem ser levados em conta pelo bom professor. “Ter conhecimento é fundamental, mas é apenas uma parcela do processo. É importantíssimo cuidar da aparência e ter o controle da voz para chamar a atenção do aluno da forma desejada. Não há receita única, cada profissional deve encontrar sua maneira de fazê-lo e resolver as dificuldades que irão aparecer”, explica. A palestrante também falou da atual falta de valorização profissional. “Se o aluno e a sociedade desrespeitam, a culpa é nossa. Há 40 anos, o professor era autoridade, não apenas em sala de aula, mas era respeitado como um policial costuma ser. Se a situação mudou, algo em nós também está errado. É porque hoje já se sai da faculdade sem ter dedicação, sem estudar, sem vontade de fazer o que escolheu para sua vida. Se não quer ser professor, não siga”. Arlete entende que o aluno é o desafio do professor e cada um é único, com seu jeito, suas dificuldades e medos. “Portanto, como professora devo me adaptar. Médicos, advogados, juízes, todos passaram pelas mãos de seus professores, isto nunca irá mudar. Temos que aprender a nos valorizar e à nossa profissão. Somos fundamentais para a sociedade, não devemos fracassar”, conta Arlete. E os eventos continuam até este sábado, quando se realiza o Twitteratura, sarau literário via mídia social Twitter, das 19 às 20 horas.
 Arlete Cordeiro - diretora-executiva e acadêmica do Centro Cultural Brasil – EUA de Joinville
 

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