23abr11 - Comunidade (por Munir Soares)
22/04/2011 19:13PASCOA! – PISEI NA BOLA
A Páscoa é a mais importante festa da cristandade. Comemora-se a ressurreição de Jesus Cristo. A partir dela, todas as outras datas do calendário são estabelecidas.
Os cristãos passaram a comemorá-la no primeiro domingo, depois da primeira lua cheia do outono (no hemisfério sul).
Dois dias antes do domingo de Páscoa, é a Sexta-feira Santa. Quarenta dias antes, é a Quarta-Feira de Cinzas, portanto, 43 dias antes, temos o Carnaval.
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A origem da palavra Páscoa é hebraica, vem de Pessach, que significa “Passagem,” e comemora a passagem pelo mar Vermelho, do povo judeu fugindo da escravidão, no Egito.
Entre os símbolos da Páscoa cristã, está o Círio Pascal, uma vela onde estão inscritas as letras gregas Alfa e Ômega, simbolizando que Cristo é o princípio, fim e, ao mesmo tempo, luz.
E O QUE DIZER DO OVO E DO COELHO DA PÁSCOA?
O Ovo é o símbolo de nascimento e ressurreição. Conta a lenda, que Simão, o cireneu, vendedor de ovos, após ajudar Jesus a carregar a cruz até ao Calvário, ao chegar em casa encontrou os ovos, todos coloridos.
E, o coelho? Coelho era animal símbolo da fertilidade, no antigo Egito.
O coelho esconde os ovos coloridos em ninhos, para que as crianças possam procurá-los como presentes de Páscoa.
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PISEI NA BOLA
O papo corria solto, alegre, descontraído. Assunto? Variado. Futebol, política, administração pública municipal, segurança, etc.
Uma menina aproxima-se de nossa mesa, e dirige-se ao professor Nelson Mattos:
___ Vovô, a mamãe já escreveu uma cartinha ao Coelhinho da Páscoa. Eu pedi um ovo enorme.
Eu, num momento infeliz, disse brincando:
___ O coelhinho não sabe ler...
A intenção era continuar a conversa, porém, a chegada de outras pessoas interrompeu a conversação.
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Em casa, no colo da mãe, a garotinha, chorosa, comentava.
___ Mamãe, o homem disse que o coelhinho não sabe ler, como ele vai entender a minha cartinha?
A mãe, imediatamente, tratou de executar o “plano “B”.
___ Vamos colocar, do lado de fora da janela do teu quarto, um bolinho de cenoura, bem açucarado. O coelho adora doce de cenoura.
A menina madrugou, abriu a janela. Com um enorme sorriso, exclamou:
___ Mamãe, o coelho veio, e comeu o docinho...
Durante uma semana, a carinhosa e diligente mamãe, acordou cedinho para comer os bolinhos, utilizados como isca, para atrair coelhos de Páscoa.
Mesmo com algumas calorias a mais, a mãe manteve a fé de sua filha, na tradição pascal.
Pisei na bola. Com minha gafe de Páscoa quase crucifiquei a alegria de uma inocente criança.
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O GARÇOM DA ÚLTIMA CEIA
Professor Colin Humphreys, cientista de Universidade de Cambridge, após cruzar informações históricas, bíblicas e astronômicas chegou a conclusão de que a Última Ceia de Jesus, com seus discípulos, aconteceu na Quarta-Feira, e não na Quinta-Feira, como se comemora até os dias de hoje.
Segundo Marcos, Mateus e Lucas, a Ceia coincidiu com o início da Páscoa judaica, e João sustentava que ocorreu antes.
Utilização de calendários diferentes teria ocasionado a divergência.
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Com a Ceia na quarta-feira, justifica o cientista, haveria tempo suficiente para todos os acontecimentos, que se sucederam: traição, prisão, interrogatório, julgamento e condenação de Jesus.
Polêmicas à vista.
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O assunto foi discutido entre os teólogos da Confraria da Pizzaria Chedão. Léo Filipe, primo de um Cardeal de Roma, lembrou que o cidadão, que trabalhou de Garçom na Santa Ceia poderia confirmar a data exata.
___Só se ele fosse filho do Matusalém, que faleceu com 969 anos, lembrou Edésio.
Por sugestão do Nelson Mattos, o Baião (Carlos Augusto), nosso confrade mais viajado, foi enviado à Terra Santa em busca do elo perdido: Parente do garçom da Santa Ceia.
Primeiras informações: garçom que tocou o Santo Graal tem direito à imortalidade. Ele, e seus descendentes.Um parente do tal garçom estaria em Laguna, importado pelas famílias Kfouri ou Chede, naturais do Líbano, e com propriedades na Terra Santa.
___ Seria o Verge (40 anos de restaurante Xangô e Turismar)?
__ O “Ci” (Joelci) ou o Jorge garçons da Pizzaria Chedão?
Enquanto persistir a dúvida o mistério sobre a data da Última Ceia continua...
MÉRITO JUDICIÁRIO
Doutor Júlio Knoll, juiz de direito, na última quarta-feira assumiu, no Tribunal de Justiça suas novas funções como Juiz de 2º Grau. Atuará em Câmaras Setoriais e substituirá Desembargadores. Muitos lagunenses prestigiaram o ato de posse. Abraço ao Júlio e esposa Rose.
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TREVAS
Tivemos, novamente, a encenação da peça sobre a “Vida, Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo” pelo Grupo Terra. A praça da Matriz há muito estava no clima do espetáculo. No jardim, trevas. Seis postes com luminárias queimadas, apagadas.
No meio das trevas, sujo, velho, abandonado, jaz o chafariz. Quase morto de sede à espera da ressurreição. Aleluia!
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MILAGRE ! Na quarta-feira, véspera da “encenação”, funcionários colocaram lâmpadas novas e forneceram água ao chafariz.
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HISTÓRIAS PITORESCAS DA POLÍTICA LAGUNENSE
Do tempo em que Título Eleitoral ainda servia para votar.
SOLIDARIEDADE FEMININA
Ano de 1986. 15 de novembro. Dia nervoso, manhã tensa. Sete e trinta da matina, a mulher, já próxima dos 60 anos, sobe, nervosamente as escadas do Fórum. Ouvira falar, até, em deslocamento de tropas. Mais policiais, e ela ainda nem retirara o título eleitoral.
Chega ao cartório, esbaforida.
___ Por favor, meninas, quero logo o meu título, antes que façam comigo, o que estão fazendo com aquela senhora ali, na frente. E, não é que a mulher discute com a policia. Coitada, pelo jeito, além de não votar, ainda, vai dormir na prisão.
Quem sabe vocês podem ajudá-la?
Todos correram para fora. E, lá estava ela, Dra. Rejane Andersen, Juíza da 20ª Zona eleitoral, no meio dos policiais, com gestos firmes e decididos, dando as ordens que transformariam aquele pleito em nossa cidade, num mar de tranqüilidade.
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Mais tarde, ficamos sabendo, que a tal velhinha, ao chegar em casa acendeu uma velinha ao S. Judas, rezando para que a senhora do Fórum, não fosse presa.
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MUNDO CÃO
De peito aberto.
A jovem senhora estava ali, próximo ao CEAL fiscalizando, de olho nos compradores de votos. Encostada no muro,atenta a tudo que se passava pela frente. Descuidou-se da retaguarda.
O cão policial, sorrateiro, saltou sobre ela, tentando morder-lhe as costas. Conseguiu, apenas, arrebentar o sutiã da mulher, liberando o air bag duplo.
___ E, se o cachorro atacasse de frente?
___ Seria pior, pois acabaria “comendo bola”.
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MUNDO CÃO - 2
O cachorro e o título.
Na secção eleitoral, com uma senha na mão e um cachorro no colo, a eleitora aguardava, pacientemente. Queria votar, seu nome não constava da ficha de votação, e o seu cãozinho engolira o título, seu único documento.
Estava aguardando, que o purgante que ministrara ao animal, fizesse efeito.
Limonada purgativa com óleo de rícino, não falhava nunca.
Expectativa entre os mesários. Um olho na urna, e outro no rabo do cachorro.
Até as 16 horas o cão ainda continuava em trabalho de “parto”.
Nunca me participaram o “nascimento” mas, com certeza deu à luz, o primeiro voto carimbado.
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NA SALA DAS APURAÇÕES
Antes da invenção da urna eletrônica, a Sala das Apurações, era o local mais divertido e pitoresco de todo o processo eleitoral. Ali, no manuseio das cédulas, mesmo sob o olhar vigilante dos fiscais de partido, acontecia de tudo, ou quase tudo...
Todo escrutinador, na condição de eleitor, tinha o seu candidato. Edmundo Branco e Léo Filipe eram veteranos “contadores de votos”.
Edmundo, de lupa em punho, controlava a votação do candidato Walmor de Lucca.
___ Léo, na Madre, vamos ganhar do Dr. Eduardo Pinho Moreira. O cabo eleitoral de lá é o meu leiteiro.
(A distribuição do leite no centro urbano era feita pelos leiteiros da região da Madre).
___ Edmundo, não esqueça que o do Dr. Oscar Pinho, também é!
___ O meu é mais antigo, retruca Edmundo.
___ Quanto litros tu compras, por dia?
___ Dois litros.
___ Então, dançamos, o Dr. Oscar compra oito...
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“FURTADO” não é ROUBADO.
O eleitor, ao candidatar-se a um cargo eletivo, pode registrar no Tribunal Eleitoral, nome, codinome, apelido, etc.
O ilustre lagunense, Juarez Medeiros, candidato à Assembleia, não se registrou como “Juarez”. Azar dele, todo voto dado a “Juarez” foi computado para o candidato adversário, Juarez Furtado.
Beto Pacheco, ex-vereador, esperto e atento, telegrafou ao Furtado:
“ espero prezado amigo tenha ficado satisfeito meu trabalho nesta comarca. Saudações, Beto Pacheco, cabo eleitoral.
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