23abr16 - Comunidade (por Munir Soares)

22/04/2016 11:43
CAROLINA
Com suas composições geniais Chico Buarque enfrentou a ditadura. Nos dias atuais, ele foi para o palanque, tentando salvar o governo Dilma. Não mudou de lado, nem abandonou o barco ameaçado pela tempestade do impeachment. No país, em que a corrupção foi institucionalizada em todos os escalões da República, e propina virou moeda oficial, as músicas de Chico Buarque continuam atualizadas. MEU CARO AMIGO (Ulysses Guimarães) “aqui na terra estão jogando futebol, tem muito samba, muito choro e rock n´roll. Uns dias chove noutros dias bate sol/ mas o que eu quero lhe dizer é que a coisa aqui ta preta/ muita mutreta para levar a situação (...) “VAI PASSAR – Nossa Pátria mãe tão distraída/ sem perceber que era subtraída/em tenebrosas transações (...)”. Presidente Dilma pedalava cantando: “Pai, afasta de mim este cálice, de vinho tinto de sangue (...)”. “Deixe em paz meu coração/ que ele é um poço até aqui de mágoa/ E qualquer desilusão pode ser a gota d`água (...)”.
Na Câmara dos Tiriricas, picadeiro de manifestações grotescas, os xingamentos ao Presidente da Casa, viraram rotina, todos ali “Olhos nos olhos quero ver o que você diz (...)”. O presidente do Senado, outra figura pública controvertida, conversa com Dilma, Temer, Lula e Lewandovski: “O que será que será que andam suspirando pelas alcovas/ que andam sussurrando em versos e prosas. Que andam combinando no breu das tocas (...)”. 
O Titanic aproxima-se do iceberg. Na proa, a presidente. Na popa, Lula Di Caprio inicia o dueto: “Oh pedaço de mim. Oh metade afastada de mim, a saudade é o pior tormento (...)”. Dilma: “a gente quer ter voz ativa, no nosso destino mandar/ mas eis que chega a roda viva e carrega o destino pra lá. (...)”.
 
 
 
CAROLINA – a canção do ocaso?
“Eu bem que avisei/vai acabar/ Lá fora amor/uma rosa morreu/ uma festa acabou/ nosso barco partiu. 
Eu bem que mostrei a ela/ o tempo passou na janela e só Carolina não viu”.
Que sirva de lição, os que hoje posam de general da Banda em seus Zepelins dourados, como Cunha, Temer, Renan, se mijarem fora da pichorra serão tratados como Geni. O povo atrás gritando: “joga pedra na Geni. Joga bosta na Geni”.
 
 
 
NA SANTA TERRINHA
TINHA CAROÇO NO ANGU 
Diz a lei que uma Audiência Pública deve ser precedida de ampla divulgação, utilizando-se até carros de som, para noticiar o fato pelos diversos cantos da cidade. Transparência não quer dizer, apenas, colocar um biombo de vidro, dividindo o povo do plenário. 
A Audiência Pública estava marcada para o dia 18. Em discussão os projetos de lei do Executivo de números 105 e 106 de 2.015. Quase ninguém sabia do que se tratava. Coisa meio enrustida. Poucos sabiam que o mapa da mina era o aumento do gabarito dos prédios em terras do Hotel Ravena. Espigão de até 25 andares numa parte do balneário sem rede de esgotos. Muita grana no bolso de poucos, e perspectiva de muito cocô na praia do Mar-Grosso. Abundantes resíduos fecais
A audiência solicitada pelo prefeito Everaldo e marcada pelo presidente da Câmara Roberto Carlos Alves foi barrada pela Justiça que, liminarmente, suspendeu o ato. Prefeito para evitar pagamento de pesadas multas, não só cancelou a audiência, como mandou cancelar os referidos projetos de lei. Ninguém está mais “comprando” nabos em saco.
 
 
 
TRILHA SONORA DA CÂMARA
Depois do arranca-rabo da semana passada Roberto Carlos teria recepcionado o vereador KEK, cantando:
“Debaixo dos caracóis dos teus cabelos/ uma história pra contar/ de um mundo tão distante”.
Kek, desconfiado daquele romantismo insidioso foi logo dizendo:
“Se você quer brigar e acha que eu estou sofrendo/ se enganou meu bem/ pode vir quente que eu estou fervendo”.
 
 
 
NÃO APOSTE NA INTUIÇÃO
Doutor Lúcio, médico, andava preocupado com a recente e intermitente vontade de urinar. Seria algum problema de próstata? Imediatamente tratou de fazer os exames de praxe, rins, bexiga, PSA, etc. Passou, também, pelo traumático teste do dedão. Nenhuma anormalidade foi constatada.
Repassou de memória, todos os seus movimentos nas últimas semanas. Tudo dentro da rotina, a não ser... o aperitivo. Exagerara no consumo de amendoim torrado, ligeiramente adocicado. Outro detalhe, a micção diurna era mais frequente, na rua, sempre ao aproximar-se de um poste da Celesc.
___ Marilyn, colocastes algum ingrediente novo naquele amendoim torrado?
___ Não preparo amendoim há meses, respondeu a esposa, apenas coloquei açúcar queimado nas bolinhas de ração para o nosso cachorrinho... 
Diagnóstico comprovado. De tanto comer ração pra cachorro doutor Lúcio sentia uma irrefreável vontade de urinar toda vez que via um poste. Ainda bem que ele não havia chegado naquela fase de “levantar a perninha”.
 
 
 
O PÃOZINHO
Frustração na missa de terça-feira, 19, na Matriz de Santo Antônio dos Anjos. O tão aguardado pãozinho de Santo Antônio não foi distribuído aos fieis. A devoção ao Santo Antônio é sempre envolta por um manto de tradições, misticismo, milagres, folclore e fé. Na missa das terças-feiras da Matriz ninguém dispensa o Responsório, o Hino ao Padroeiro, o “banho” de água benta na hora da benção e o pãozinho. A falta de um desses elementos quebra a corrente de fé que une os devotos ao seu santo. 
Os devotos da madrugada, Edésio, Leo Filipe, Babá, Sandro, “Preto” e Zézinho estariam pensando em pedir a criação de uma CPI para apurar o sumiço do pãozinho do “Tonico”. Se milagres desejais, recorrei à CPI.
João Alfredo Dias – Babá-, “freguês” da missa do “Tonico”, nas terças-feiras, às 6H30min horas da matina, levava um pãozinho ao amigo Juca da Livraria, acamado, e o depositava no saco que a esposa Bega já deixava na janela. Dizem, que o tal saco, de papel, é do tempo da padaria do “seo” Hermínio Faísca.
___ Mesmo nas manhãs frias de junho, dona Siloca, esposa do Miguel Chede e mãe dos “anjinhos” José Chede, Jairo (Dae), Evaldo (Nem) e Luiz (falecido) não perdia a missa de Santo Antônio das 6,30 horas. Vinha a pé, lá das bandas da Rua do Trilho, bairro de Campo de Fora.
Tratados como relíquias, os pãezinhos de Santo Antônio eram depositados numa lata de biscoito importado, longe da gula insaciável dos seus “meninos”. Não fosse o padre Marangoni fiel aos dogmas do confessionário teria contado a dona Siloca que, mais de uma vez, os rapazes violaram a arca do tesouro e comeram do “fruto” proibido.
 
 
 
 
FESTA NO CHEDÃO
Cerca de cem pessoas, entre amigos, parentes e fregueses da Pizzaria Chedão, prestigiaram o aniversário de Zoraide de Souza Guedes Chede, a “Preta”, esposa do proprietário Jairo (DAE) Chede. A cozinheira de tantos, foi servida de bandeja. No cardápio, somente alegria. Até o garçom Jorge distribuiu sorrisos a noite toda.
Na mesa dos inocentes: Dr. Júlio Knoll, Righetto, Nelson Mattos, Edésio Joaquim, José Chede, Munir Soares e as meninas Salete, Neusa e Adir. Do outro lado do salão, Lenira Nicolazzi e o casal Fretta e Silvana, Carlinhos Rollin/Leda, Pinheiro/Salete. Pombo Branco animou a noite. Léo e esposa foram eleitos, os pombinhos da noite. Daniela é excelente dançarina mas, como cantora, jamais chegará ao “The Voice Brasil”. Destaque musical da noite: a dupla “Genro e sogrinha”. Chede e dona Zaida cantando, “coração de luto” vulgo, churrasquinho de mãe. “Nem” Chede, o espeto de ouro, não deixou o churrasco passar do ponto.
 
 
 
ENXUGANDO GELO
O PMDB local parece mais indeciso que minhoco apaixonado. Quer beijar a minhoca, mas não sabe de que lado fica a boca. Enquanto o beijo não acontece, o pré-candidato Nazil Bento, PSDB, vai avançando.
O “Borralho” do Iate Clube concentra, nos finais de semana, o maior número de políticos por metro quadrado. Gente de todos os partidos, porém, ninguém abre o jogo. Alguns são pseudo-estrategistas políticos, armam todas as jogadas, mas se esquecem de combinar com o eleitor, que é quem decide o jogo. O tempo urge!
 

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