24set11 - Lela Padilha desconfia de irregularidades no concurso público da prefeitura de Orleans

23/09/2011 18:20

 

A presidente do Legislativo orleanense, Suzelei Brighenti Padilha, a “Lela”, anunciou na tribuna, na sessão de segunda-feira (19) que não vai descansar enquanto não sejam apuradas as suspeitas de que existem irregularidades no processo licitatório destinado à realização do concurso público a ser realizado pelo Executivo municipal. “Não vamos nos cansar enquanto não tiver tudo esclarecido”, avisou.
De acordo com Lela Padilha, as irregularidades iniciam com o local onde deveria ser a sede da empresa. “Não achamos a sede da Concursul, em Morro Grande. Estivemos no município. Surge a curiosidade também de que a empresa foi criada em maio especialmente para a realização de concursos públicos. No processo licitatório, tivemos três empresas habilitadas. A Concursul foi a quarta empresa. Foi através de carta convite e venceu com o valor em torno de R$ 76 mil. As outras empresas participaram com R$ 77 mil. A Concursul foi tão feliz que desbancou as três primeiras e ganhou o certame por ser mais barata. Como estava bem informada do certame? Um dos sócios, que nem por isso a desabona, foi condenado por ato de improbidade administrativa e está incluído no cadastro nacional de improbidade administrativa. Nesse processo, seria pela compra fraudulenta de medicamentos. O MPF apurou e já estava no cadastro. Quando somos candidatos a concurso, não temos de ter antecedentes criminais, ou qualquer cargo eletivo não temos de ter ficha limpa? Um dos sócios pode então ter sido condenado? Fico feliz porque o MP não está dormindo. Ele já tinha solicitado ao prefeito para que tomasse certas providências e que não foi acolhida. Entrou com ação cível pública e a nulidade da realização do certame. O que MP acolheu? Num dos itens para participar do processo a empresa teria de estar habilidade, dentro de seus quadros ter profissionais para que pudessem fazer as provas. A empresa é formada por administrador e contador e não mostrou nenhum documento que a colocasse habilidade para a realização do concurso. Se não apresentou os documentos não é apta. Então, todo o procedimento deveria ser anulado. Estaremos acompanhando todos os passos e nesta semana o juiz da Comarca deverá ser manifestar. Queremos é que esse concurso seja igualitário e justo para todas as pessoas”, observou a presidente.
O líder do governo, João Tezza Francisco, o “Dão”, disse que trouxe do procurador Aurivan Simionatto, a manifestação de que toda a documentação da empresa e do processo licitatório está correta.
Questionou o concurso realizado na Câmara onde estaria à frente do certame o mesmo cidadão que a presidente resolveu omitir o nome. “Na época, ninguém questionou nada. Por essa razão não se consegue formar comissão. Se tivesse fiscalizado antes estaria tudo certo. Mas parece que isso só serve para alguns”, enfatizou o vereador.
O vereador Mário Coan, por sua vez, no espaço Grande Expediente, solicitou ao líder do governo, informações sobre custos das festividades da semana do município já que em um jornal de circulação local apontam que os gastos atingiram R$ 90 mil. “Gostaria de ter relatório discriminados de onde foram gastos os recursos públicos que são num valor, na minha opinião, muito elevados. Também gostaria de informação sobre a famosa creche que o dinheiro ficou na conta por quase três anos e agora estão construindo numa área verde e sobre uma rua existente no loteamento Nova Orleans, prejudicando alguns investidores que tem lá. Segundo informações que tenho da Caixa Econômica Federal e de alguns engenheiros que a obra vai ser embargada, por estar em local inadequado a construção”. Ele também dirigiu-se à presidente Suzelei Brighenti Padilha, para manifestar que se sentiu frustrado quando foi anunciada a constituição de uma comissão para verificação dos procedimentos do concurso público enquanto ele havia proposto uma comissão especial para analisar o caso da creche localizada na Barra do Rio Novo. “Eu me senti triste, chateado, com os colegas vereadores da bancada de oposição, que são maioria e também com o dever de cidadania dos demais vereadores que compõem essa Casa. Somente o vereador Osvaldo assinou comigo e a senhora esta impedida de assinar como presidente”, desabafou Coan.
 

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