26abr14 - Tubarão: Donos de revendas de gás negam cartel e afirmam que clandestinos prejudicam as vendas

25/04/2014 13:43
Os donos de revendedoras de gás de Tubarão negam a possível existência de um cartel na cidade. Mas o preço cobrado pela maioria é o mesmo, ou seja, R$ 40,00 no local e R$ 42,00 na tele-entrega. O assunto já foi tema de muita polêmica nas redes sociais. Muitos consumidores reclamam do preço e outros afirmam que pagaram até R$ 45,00 pelo botijão de 13 quilos. Apesar das reclamações, os proprietários salientam que existe sim uma queda nas vendas devido à ação dos postos clandestinos. 
A gerente da Kincas Gás, Claudete Barcelos, diz que a queda nas vendas ocorre há um bom tempo e que a fiscalização é bastante falha na cidade. “Ninguém combina preço. Apenas colocamos o preço que é sugerido. Nossas vendas caem a cada mês. Somos prejudicados por quem trabalha na ilegalidade", ressalta.
Outro que reclama da ação de revendedores não autorizados é o gerente da Marqueval Gás, em Oficinas, Henrique Hemkemeier. “Para montarmos uma revendedora de gás é exigido uma série de projetos e alvarás. Isso é fiscalizado todo o ano e pagamos uma infinidade de impostos, alvarás e laudos técnicos. Enquanto isso muitos revendem o gás sem pagar nem a metade no que nos é imposto pela lei. Não acho justo. Por isso eles vendem mais barato e nossas vendas despencam a cada mês”, afirma. Na Marqueval Gás, o preço do botijão também é de R$ 42,00 no caminhão e R$ 40,00 no local. “Ninguém combina preço e nem existe cartel como alguns pensam. Este preço é o que nos sugere a revendedora que compramos o gás, a Nacional Gás. Estamos cobrando o limite. Trabalhos muitas vezes quase no vermelho”, salienta. 
O responsável pela Bus Gás disse através de uma rede social que, “não depende de cartel para trabalhar e acredita que nem as demais autorizadas”, afirma. A clandestinidade também é destacada por prejudicar as vendas.
No entanto este preço pode aumentar para quem for pagar com cheque para 30 dias. “Temos os preços de R$ 40,00 aqui na revenda, R$ 42,00 no caminhão e R$ 45,00 para quem quiser pagar com cheque para 30 dias”, explica a variação de preço a gerente da Kincas Gás, Claudete.
 
 
Clandestinidade é comprovada por clientes que optam por preço mais barato
O preço realmente é mais barato para quem não paga imposto e trabalha na ilegalidade. Mesmo cientes do perigo, os botijões ficam armazenados em locais onde quase não tem ventilação. “Eu prefiro o mais barato. Não procuro saber se o vendedor é legalizado ou não. Quero saber do preço mais barato. A questão da segurança destes botijões deve ser do responsável e não minha”, disse a dona de casa Maria Terezinha Nunes, 43 anos, do bairro Fábio Silva. “Eu compro num bar aqui perto de casa. Já vi que os botijões ficam armazenados num quartinho nos fundos do local e paguei R$ 35,00 na semana passada”, emenda. 
O proprietário de um estabelecimento em Oficinas, que pediu para não ter o nome do local revelado e nem o seu, admite que vende botijão mais barato por não pagar a maioria dos impostos. “Eu preciso comer e sustentar minha família. As autoridades exigem um absurdo de projetos e alvarás. Eu não tenho como pagar isso tudo, mas preciso garantir o pão dos meus filhos”, disse ele no exato momento em que chegava um cliente com um botijão vazio na bicicleta para comprar outro cheio.
Para quem quiser denunciar os pontos clandestinos pode acessar o site: www.programagaslegal.com.br/denuncia
 
 
Corpo de bombeiros é quem fiscaliza as revendas de gás da região

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