26set14 - Prefeito Moacir destaca as inovações na área da saúde e garante que vai melhorar muito mais

26/09/2014 10:25
Desde que assumiu a prefeitura de Capivari de Baixo, em janeiro de 2013, o prefeito Moacir Rabelo sempre teve uma preocupação ímpar com a saúde da população. Ele inovou com o seu plano de gestão e governo fazendo com que dezenas de famílias recebessem um atendimento humanizado e satisfatório no município. Esta semana a reportagem do Jornal A Crítica procurou ouvir o prefeito sobre o que foi feito, está sendo feito e será feito em Capivari. Ele mostrou que não mede esforços para melhorar ainda mais esta pasta. Sobre a questão do Pronto Atendimento (PA), fechado há cerca de um ano por problemas de estrutura no prédio, o prefeito garante que busca trabalhar dentro da lei. “Sei que para a população o tempo é cruel, mas só podemos fazer o que nos permite a lei e dentro do prazo que ela estipula, mas tenho certeza que com o esforço que venho desempenhando para a reabertura do PA, de forma segura e bem equipada, será motivo de muito orgulho para os nossos munícipes”, disse.
 
 
A Crítica - Como você avalia o plano de gestão de seu governo para a área da saúde?
Moacir Rabelo - Meu plano de governo está baseado em ações e projetos que, implantados em outros municípios foram de grande evolução no atendimento humanizado e na oferta de serviços especializados. Também destaco toda programação de meu governo nas áreas de prevenção e educação permanente dos profissionais da saúde.
 
 
A Crítica - Quais etapas desse plano já foram realizadas?
Moacir Rabelo - Já no início de minha gestão foram implantados dois programas que estavam engavetados e que eram de grande importância para a população: o primeiro foi o Caps (Centro de Atenção Psicossocial). Este programa atende cerca de 380 pacientes mês, com custo zero para a população. Tem como objetivo diminuir as internações em hospitais psiquiátricos e inserir a família na reabilitação desse paciente para convívio familiar e social. Desde sua implantação tivemos uma redução de 70% nas internações, os pacientes tratados no Caps recebem todo apoio especializado, como acompanhamento por médico psiquiátrico, psicólogos, terapeutas e equipe de enfermagem. O ambiente do Caps foi planejado de forma acolhedora e segura, e hoje somos referência no tratamento perante outras instituições com o mesmo serviço ofertado.
 
 
A Crítica - Quantas pessoas são atendidas pelo Nasf?
Moacir Rabelo - Este programa, o Nasf (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) foi implantado no início de minha gestão e atende em média 650 clientes/mês e tem como objetivo principal a medicina preventiva e terapias alternativas. Neste espaço podem contar com apoio fisioterapêutico, nutricionista, fonoaudióloga, psicólogos, acupuntura, farmacêutico e educador físico.
 
 
A Crítica - Como os profissionais atuam?
Moacir Rabelo - O trabalho destes profissionais vai desde palestras nas unidades de saúde em forma de orientar o uso de medicações de forma correta, alimentação saudável, prática de exercícios físicos, prática de terapias alternativas para a diminuição da dor crônica, até formação de grupos para pacientes após alguma patologia neurológica que necessita de acompanhamento para estruturar a fala e a coordenação motora, bem como grupos de tabagistas no intuito de pararem de fumar, grupo de idosos nas caminhadas diárias com acompanhamento da evolução clínica na glicose e HAS (Hipertensão), grupos de obesidade infanto-juvenil e adulta. Outras normativas foram implantadas em 2013 para melhor transparência da gestão, a SMA (Sistema Municipal de Auditoria) Gestão Plena, ouvidoria, PSE (Programa Saúde na Escola), entre outros.
 
 
A Crítica - Sabemos que você tem mais 26 meses para finalizar todo plano de ação na área da saúde. Houve mudanças na execução de alguns projetos por forças externas ou novas condutas estaduais e federais?
Moacir Rabelo - Sim, nós enfrentamos o desgaste natural da estrutura física e elétrica do pronto atendimento, isso me causou imensa preocupação e tristeza, pois minha marca sempre será o 24 horas. Acredito que nossa população precisa desse atendimento, estou agilizando os trâmites legais de reestruturação do PA. Sei que para a população o tempo é cruel, mas só podemos fazer o que nos permite a lei e dentro do prazo que ela estipula, mas tenho certeza que com o esforço que venho desempenhando para a reabertura do PA em breve terei uma imensa alegria em entregá-lo à população de forma segura e bem equipada.
 
 
A Crítica - Hoje é falado muito em redes de atendimentos, como rede cegonha, rede urgência e emergência, central de leitos entre outras. De que forma o município de Capivari foi beneficiado com essas redes implantadas pelo governo federal?
Moacir Rabelo - Na verdade o desenho dessas redes foi feito em nível federal, deixando uma lacuna nas necessidades regionais. Ainda estamos discutindo esse mapeamento feito pelo Ministério da Saúde, porque nos sentimos prejudicados em algumas especialidades. Entendemos que mais hospitais devem fazer parte destas redes para atender a pequena complexidade, assim o HNSC, que tem estrutura de alta-complexidade ficaria com mais leitos para as urgências e emergências.
 
 
A Crítica - Quais as maiores dificuldades na gestão de saúde para o prefeito?
Moacir Rabelo - O Ministério da Saúde está colocando sobre os municípios cada vez mais responsabilidades financeiras, e os municípios já estão com o índice de folha, por exemplo, comprometido com os serviços existentes, o que torna difícil para o prefeito assumir mais programas oferecidos pelo Ministério da Saúde. Hoje o município financia 90% de todo o programa do governo federal. Isso motivo de discussões em encontros com o governo federal e os prefeitos, mas a solução ainda não foi tomada. Uma reivindicação dos secretários de saúde e prefeitos de todo Brasil é a aplicação de 10% da receita bruta da união na saúde. O município investe de 15 a 25% na saúde, o estado de 8 a 12% e a união 2 a 6 %, então estão desproporcionais estes investimentos, deixando assim difícil a governabilidade dos municípios em ações de saúde.
 
 
A Crítica - Sabemos que uma de suas primeiras ações na saúde foi implantar a agenda organizada e priorizar o acolhimento humanizado. Isso permanece acontecendo nas unidades de saúde? E quais as ações para que isso seja permanente?
Moacir Rabelo - Permanece. Uma questão muito criticada no inicio foi à agenda organizada. Muitos diziam que preferiam voltar a ficar nas filas de madrugada, mas a minha convicção de que estou fazendo o melhor para a população foi maior. Hoje não há filas nas unidades, as consultas são agendadas e permitem aos clientes chegarem uns 5 minutos antes, isso também é considerado preventivo porque as unidades de saúde são locais de muitos tipos de patologias o que aumenta o risco do cliente ser contagiado por uma gripe, por exemplo, se ficar em um ambiente com muitas pessoas, outros pontos positivos da agenda organizada são os atendimentos individuais pelo profissional de enfermagem, onde na escuta das queixas do cliente pode ser observada a urgência ou não do caso.
 
 
A Crítica - De que forma as cirurgias eletivas e exames de média e alta complexidade estão sendo resolvidos por sua gestão?
Moacir Rabelo - Com crontratualização de empresas especificas e consórcios intermunicipais. A oferta do estado e da união não supre esses procedimentos, então buscamos através de licitações empresas que ofertam esses serviços.
 
 
A Crítica - As medicações de alto custo têm sido motivo de discussões nos encontros de prefeitos e secretários de saúde. Capivari tem participado dessas discussões? Qual sua postura frente à judicialização da saúde?
Moacir Rabelo - É uma grande dificuldade que todos os municípios estão enfrentando. Se não houver um acordo imediato entre judiciário e governo, os municípios irão somente atender ordem judiciais e não haverá financeiro para outras ações.
 
 
A Crítica - Quanto à pasta da Secretaria de saúde, de que forma o senhor a definiria?
Moacir Rabelo - Complexa. A lei 8080 diz que saúde é um direito de todos, mas o financiamento recebido para a saúde não cobre essa afirmativa. Precisa-se retornar às reformas na tabela SUS para que os médicos voltem a atender as especialidades, principalmente cirúrgicas, para que os laboratórios e clínicas de imagem trabalhem pelo SUS, enfim é preciso muito esforço para manter uma saúde de qualidade e que atenda essa lei de forma integral.
 
 
A Crítica - Para finalizar. O que seria uma saúde pública resolutiva?
Moacir Rabelo - Seria uma saúde onde as necessidades da população fossem contempladas pelo SUS, onde houvesse mais ações de prevenções e menos de internações e curativas. Sei que meus projetos na saúde de educação permanente, saúde na escola e ações de intervenção nas rotinas prejudiciais à saúde são uma semente que ousei plantar para que nossa população venha a colher daqui a uns 10 anos, mas é a única forma de iniciarmos um novo ciclo de saúde, onde a criança leva para a juventude e a vida adulta os indicativos de uma vida saudável, de como evitar a doença. Hoje estou plantando a semente de como não adoecer junto com a equipe da secretaria de saúde levamos a proposta de um futuro saudável para a população de Capivari.
 
 
Prefeito de Capivari de Baixo, Moacir Rabelo da Silva

—————

Voltar