27ago11 - Tubarão: Henrique Fontes: Auditoria para apurar dívidas que não foram honradas no comércio

26/08/2011 23:16

 O que acontece com o leitor se não puder pagar sua dívida? O Colégio Henrique Fonte de Tubarão, tradicional escola estadual, coloca-se na rota investigatória, como mais um absurdo que ainda não foi tornado público pela Imprensa. Aos poucos o assunto vem ganhando vigor,  e o que se espera é  uma satisfatória solução para algumas empresas que aparentemente teriam sido ludibriadas, ou vem sofrendo com o calote.  Compras foram feitas em nome da escola, e alguém ordenava os pedidos, que invariavelmente eram feitos em lojas comerciais da cidade.  Só numa Loja que confecciona abrigos, o “empuxo” supera R$ 5 mil reais. Cientes de que algo não está certo, alguns pais passaram a estranhar o silencio da direção da GERED, APP e da SDR.  Uma fonte aponta que a APP do Colégio, teria gasto além da conta e que hoje não funciona.  Para alguns, se existem irregularidades que não se acoberte nada e que se elas ocorreram sob os auspícios ou não da ex-diretora Fabíola Cechinel, que sejam severamente apuradas e que se dê a devida publicidade. “Vamos cobrar só dos deputados, vereadores, prefeito?”, dispara um pai de aluno que prefere ficar no anonimato para evitar retaliações.  Alguns pais ensaiam uma marcha irônica para protestarem pelo silêncio, pois não sabem mais a quem recorrer para que a verdade apareça. A reportagem conversou com o atual diretor do Henrique Fontes, professor Amilton Barreto de Bem. Ele disse que apenas confirma e assina embaixo da versão da professora Cristina Meneghel, Gerente da Gered. “Eu fiz uma auditoria, a situação é gravíssima. Não quero ficar com essa herança. Estamos preocupados em fazer esse resto de ano letivo da melhor maneira, pós-greve. O Colégio possui 1100 alunos, 80 professores e 10 funcionários. Precisamos de tranquilidade para seguir adiante. Cabe a GERED/ SDR, só a eles, uma manifestação sobre os fatos que reitero, são gravíssimos”, assevera Amilton. A gerente da GERED, Cristina Meneghel, por telefone disse que a versão do atual diretor não é toda verdadeira, embora reconheça que é preciso investigar: “Não existe auditoria. O que foi feito pelo diretor atual é um relatório, que eu juntamente com o Secretário Regional, Haroldo Silva, lemos em conjunto e pelo seu conteúdo, optamos em enviar ao Departamento Jurídico da Secretaria Estadual de Educação. Eu lamento muito porque não é essa a prioridade que estamos ou devemos dar a educação, mas se existem problemas, precisam ser apurados”, reafirmou. Cristina disse ainda que o Jurídico já possui decisão sobre auditoria e que nos próximos dias devem ser nomeados dois professores para atuarem como relatores. Uma data deve ser confirmada para que uma equipe se desloque de Florianópolis e promova a Auditoria que, segundo informa, será bem ampla ouvindo todas as partes. O Secretário Regional Haroldo Silva, reafirma as colocações da gerente da GERED: “Tomei conhecimento e imediatamente remetemos para o Jurídico da Secretaria Estadual de Educação. É uma situação delicada que deverá ser investigada e as medidas cabíveis serão tomadas administrativamente”, ressaltou Silva. A professora Fabíola Cechinel foi procurada na E.E. Tomé Machado Vieira, onde hoje ocupa o cargo de diretora. Como ela não se encontrava no local, pelo telefone ouvimos sua versão: “Eu não autorizei nenhum gasto, nada no meu nome. Até 2010 as coisas feitas pela APP, estavam redondinhas. Depois é que foram feitos alguns gastos, no afã de fazer mais pela escola. O que sei é que o senhor Adilson, fez até empréstimos pessoais em seu nome para ajudar na equação de algumas dívidas. Hoje ele é o tesoureiro da APP. Eu não geria dinheiro, apenas os recursos que vinham as serventes e outras pequenas despesas. Eu sei que ficaram algumas coisas para pagar, mas eu fiz um relatório e entreguei na SDR para o professor Pedro Souza”, disse. Fabíola que não se encontrava na escola (Tomé) na tarde de ontem, sexta-feira (26) estava em consulta médica, viajou para Florianópolis devendo retornar na próxima segunda-feira (29). Perguntada se na condição de gestora ela não se sentia também responsável pelas dívidas, ela reiterou que nada assinou, nada autorizou e que devíamos procurar a APP para o detalhamento da dívida. “Eu paguei até uma conta telefônica de R$ 700 reais com meu dinheiro e não fui ressarcida. Acho que no afã de fazer mais, a APP acabou construindo essa dívida”, disparou. Em razão do fechamento desta edição e pela complexidade do denuncia, reservamos espaço para a próxima edição, onde iremos ouvir os pais e os responsáveis pela APP. O que os credores, pais e comunidade querem como um todo é a verdade de todos os fatos aqui narrados. 

 

(Henrique Fontes) No frontispício aparece o Henrique Fontes, uma Escola exemplar de Tubarão, cuja História foi construída a duras penas. 

Atual diretor do Henrique Fontes, professor Amilton Barreto de Bem: “Fiz uma auditoria, a situação é gravíssima. Não quero ficar com essa herança”.  

Gerente Regional de Educação, Teresa Cristina Meneghel: “Não existe auditoria. O que foi feito pelo diretor atual é um relatório, que eu e o Secretário Regional optamos em enviar ao Departamento Jurídico da Secretaria Estadual de Educação”

Secretário de Desenvolvimento Regional, Haroldo Silva: “É uma situação delicada que deverá ser investigada e as medidas cabíveis serão tomadas administrativamente”

Ex-diretora do Henrique Fontes, Fabíola Cechinel: “Sei que ficaram algumas coisas para pagar, mas eu fiz um relatório e entreguei na SDR para o professor Pedro Souza”

 

—————

Voltar