28fev14 - Tubarão - Se vira nos 30: Banheiro agora é sala de aula

28/02/2014 16:28
A falta de estrutura nas creches de Tubarão foi assunto levantado na câmara de Tubarão essa semana. O vereador Gilson Paes Vieira, autor da denúncia comprovou o fato com fotos. Segundo ele, na creche CEI Cantinho da Alegria do bairro Morrotes, uma sala para crianças especiais foi instalada dentro de um banheiro. Vieira ainda apontou outras denúncias: “Em volta da escola tem uma estrebaria, um rancho onde se cria cavalos e gados e as crianças não conseguem almoçar porque as moscas almoçam mais que as crianças, é um mosqueiro o dia todo”. O edil cobrou responsabilidade do prefeito: “Eu tenho saudade do prefeito Stüpp, não é do meu partido, não estou puxando o saco de ninguém, mas nos 8 anos de Stüpp vocês não viam isso ai em Tubarão, com o Seu Manoel não se via isso ai, agora com esse prefeito...” O vereador também comentou sobre os ventiladores que não estão funcionando e o forro do refeitório na creche de Congonhas que está caindo. Além disso a sala dos professores está sendo usada para cozinha, e o refeitório como sala dos professores, afirmou Chumbinho. Para apimentar mais as graves denúncias, o vereador Vanor Rosa apontou outros problemas: “No Cantinho da Alegria (Morrotes), no refeitório o botijão de gás fica dentro da sala. No Caruru, o fraldário fica na mesma sala das crianças. Se uma criança estiver com infecção intestinal pode proliferar uma bactéria e atingir todas as crianças pequenas, que tomam mamadeira e comem na mesmo local onde trocam a fralda”, acusou Neno. O líder do governo na Casa, vereador Matusalém dos Santos até tentou amenizar a situação: “A sala não está mal apresentada. Acho que existe um banheiro sendo usado, mas deve ficar fora desse ambiente. E se ali antigamente tinha um banheiro e foi reformado, pode ter ficado algum vestígio e isso não é nenhum problema”. Após repercussão do caso, a direção da escola Cantinho da Alegria, no bairro Morrotes, explicou, na tarde de quarta-feira (26), que no início do ano, algumas áreas da unidade escolar, como sala dos professores, cozinha, refeitório e sala de atendimento especial (AAE), foram desativadas para que a escola pudesse ser reformada. “Com isso, o espaço para atendimento ficou reduzido e tivemos que improvisar”, ressaltou a diretora Rosimari Comelli dos Santos. A diretora-presidente da Fundação Municipal de Educação, Lúcia Helena Fernandes de Souza, afirmou que não sabia da atitude da direção da escola. “Para nós estava tudo certo. No planejamento que fizemos com a escola, durante os preparativos para a reforma, não nos informaram sobre essa necessidade. Desaprovamos a atitude, que não teve e não tem nosso consentimento”, disse Lúcia, lavando as mãos como Pôncio Pilatos e transferindo toda a irresponsabilidade para a diretora.
 
Banheiro agora é sala de aula
 
Na creche de Congonhas ventiladores no chão e as crianças passando calor

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