29mar14 - Orleans: Vereador engenheiro avalia que Projeto do Executivo sobre calçadas é ultrapassado
28/03/2014 11:34
A sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Orleans na segunda-feira (24) foi centrada em cima do Projeto do executivo municipal, que dispõe sobre acessibilidade, construção, manutenção e conservação das calçadas no município. Projeto este que o prefeito Marco Cascaes havia pedido pela aprovação em visita feita à câmara na sessão anterior.
Osvaldo Cruzetta considerou esse um projeto polêmico, mas devido às exigências do Ministério das Cidades e de um recurso a ser liberado para o município no valor de R$ 2,5 milhões, preferiu votar favorável afim de não perder os recursos. “Até porque esses recursos serão investidos no loteamento João Paulo II e no Loteamento São Jerônimo, e lá tem muitas famílias que não tem condições de fazer as calçadas no padrão requisitado pela prefeitura. Então nós asseguramos também que a prefeitura possa executar nesses bairros toda a infraestrutura que o Ministério das Cidades exige para a liberação do recurso”, disse Vá.
O vereador Antônio dias André (Geada) solicitou da prefeitura equilíbrio e sensibilidade na hora de cobrar a construção de calçadas dos moradores carentes: “Se está pedindo dinheiro para fazer asfalto na frente da casa de um pobre, vem pra nós votar uma lei para que esse pobre pague à calçada, ele já não tem dinheiro para nada, como vai pagar a calçada?”, questionou Geada. A resposta ao vereador veio do líder do governo na Casa, Valter Orbem: “Sobre o comentário do vereador Geada, no capítulo III, da execução das calçadas, parágrafo II, poderá o município de Orleans construir as mencionadas calçadas desde que o proprietário ou responsável do imóvel seja reconhecidamente carente ou ainda quando o imóvel esteja situado em empreendimento de interesse social”, esclareceu Orbem quanto à preocupação dos vereadores. Mário Coan lembrou que a prefeitura deveria ser a primeira a dar exemplo na construção de calçadas. “Existem vários terrenos públicos que não possuem calçadas, cito o caso do loteamento Michel”, falou o vereador. O presidente da Casa, Cristian Berger (Kiki), que é engenheiro civil achou o projeto ultrapassado. “Em Braço do Norte fizeram um manual gratuito para que o pedreiro que vai fazer à calçada saiba como construí-la. Tem que deixar vaga para cadeirante, tamanho certo, lugar para cego, se a pessoa não tem conhecimento ela pode fazer ao contrário, em vez do cego estar protegido, ele pode ir de encontro ao obstáculo. Notei que o projeto é meio ultrapassado, espero que seja revisto”, orientou Kiki. O vereador da situação Clésio Cabelinho, acredita que quase 100% dos moradores dos loteamentos João Paulo II e no São Jerônimo não vão ter condições de construir as calçadas. No final da sessão o projeto foi aprovado por unanimidade pelos edis.
Presidente da Câmara, Kiki Berger, que é engenheiro civil, espera que a prefeitura reveja o projeto, que na sua ótica é ultrapassado
—————