29out11 - Orleans: Depois da derrota na Câmara e não conseguir aprovar empréstimo de R$ 3 milhões prefeito Tinto pede reapreciação

28/10/2011 16:19

 

A negativa por parte da maioria dos vereadores, votação de 5 a 4, com voto minerva da presidente Suzelei Brighenti Padilha, a “Lela”, que impede o município de contrair empréstimo junto ao Badesc, de R$ 3 milhões, o prefeito Jacinto Redivo, o “Tinto”, através de seu líder de governo na Câmara Municipal, João Tezza Francisco, o “Dão”, pede arrego aos edis para que voltem atrás na decisão. A votação contra a proposição se deu por falta de atenção do Executivo aos pedidos de informação e para que a matéria seja apreciada novamente cinco vereadores precisam anunciar voto favorável, o que, pelas manifestações ocorridas na última segunda-feira (24), na sessão ordinária, pareceu que o assunto está liquidado.
O líder do governo, João Tezza Francisco, foi à tribuna pedir em nome do prefeito e em nome da população de Orleans, para que seja repensada a decisão da sessão anterior de rejeitar o projeto do Executivo que autorizava a celebração de convênio com o Badesc para a tomada de empréstimo de R$ 3 milhões. “O prefeito pediu para que fizéssemos uma revisão e todos os vereadores repensassem no assunto. Ele concorda até em baixar um pouco os valores. Que consultem seus eleitores, a gente sabe quem votou em quem e vemos muita gente na rua reclamando, como o pessoal do Rio Belo e Rio Pinheiros”, explicou. A presidente, lela Padilha, na oportunidade, levou ao conhecimento dos vereadores que estava marcado ainda para após a sessão uma conversa sobre a situação do projeto que só pode voltar ao plenário não por solicitação do prefeito, mas por cinco vereadores que tenham o desejo do retorno da apreciação da matéria e que tenham interesse em sua aprovação.
O vereador Osvaldo Cruzetta, o “Vá”, disse que o projeto foi rejeitado na última sessão devido por várias vezes as diversas comissões pedirem informações, mas sem conseguir êxito. “Na minha opinião, faltou habilidade e até respeito com esse Poder. São poderes independentes e essa Casa não é comandada pelo Executivo. Aqui temos nove vereadores que pensam, talvez, diferentemente daqueles que hoje estão governando o município. Sou um vereador que ajudei eleger esse prefeito e diversas pessoas que hoje ocupam os cargos e que tem a responsabilidade de governar bem e distribuir bem os recursos arrecadados. E quando pedimos informações é dever de prestar as informações sobre a receita do município, onde está sendo gasto ou aplicados os recursos, para que pudéssemos votar esse projeto consciente. Já conversei com meus eleitores de Rio Pinheiros e disse por que votei contra e não mudo mais o meu voto, a não ser que Deus me tire a vida e assuma outro vereador. Meu voto é contra e espero que os cinco vereadores que tiveram a mesma coragem e tiveram a mesma decisão que se pronunciem contra esse projeto que já enterramos. Até participo da reunião, mas meu voto já está decidido. E não admito que ninguém e nem um vereador aqui venha questionar o meu voto”, observou Vá.
Mário Coan, ao tratar do assunto disse ao vereador Dão, que só lamentava. “Eu só lamento. Ando com o coração duro e insensível ao pedido do prefeito. Pela primeira vez temos um pedido de forma educada com relação à tramitação de projetos. Gostaria de lembrar, que por falta de procedimento do Executivo, existe um projeto de Lei parado, para se mexer em estradas, desde junho. E não é por morosidade da Câmara. Quanto ao projeto de Lei do Badesc, eu não mudo ele. O prefeito quando veio nos visitar na quinta-feira disse que a capacidade de endividamento de nosso município é de R$ 10 milhões. Então, ele poderia ter feito no primeiro ano, mesmo tendo para pagar, segundo ele, R$ 2 milhões da época do prefeito que ajudou a eleger ele. O nosso, é o único município que elegeu um 11, foi governado pelo 25 e agora virou 55. É um fenômeno para a gente estudar em direito e até mudar uma aberração jurídica dessas onde o voto no Brasil é de legenda e no Executivo não”, enfatizou.
 
Vereador Vá:  “Votei contra e não mudo mais o meu voto, a não ser que Deus me tire a vida e assuma outro vereador”
 
Vereador Mário Coan:  “o nosso é o único município que elegeu um 11, foi governado pelo 25 e agora virou 55”.
 

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