31ago13 - Comunidade (por Munir Soares)

30/08/2013 12:16
PASSARAM A MÃO NO BUSTO
Na semana que passou, o povo tomou conhecimento de que, em Florianópolis, bustos de figuras ilustres, sumiram de seus pedestais. Vandalismo ou precaução?
___ Precaução?
___ Sim, ação de alguma ONG ecológica. Com os tais furos na camada de ozônio, os raios solares poderiam causar danos aos monumentos, que já estavam muito “bronzeados”.
Aqui, na santa terrinha, nossos monumentos já foram alvos desses iconoclastas anônimos. Na praça do museu Anita amanheceu disposta a fazer faxina, alguém colocara uma vassoura na mão da heroína. Emblemático foi o caso do sumiço do busto do famoso padre Manoel João. Vigário da paróquia de Santo Antônio dos Anjos, por mais de 50 anos. Era um notável orador. O monumento está localizado no adro da Matriz, defronte a Casa Paroquial.
Na década de 80 o carnaval de rua acontecia na praça da Matriz. Durante os bailes públicos, nos cinco dias de folia os foliões ocupavam todos os recantos da referida praça e ruas adjacentes. Numa noite de sábado, com samba no pé e muito “mé” na cuca, a garota “escalou” o monumento e aboletou-se na cabeça do ilustre reverendo, e ali permaneceu, sambando sob os aplausos da garotada.
Na manhã seguinte, quem passou cedo, para a missa dominical fez o sinal da cruz ao ver uma calcinha na cabeça do sacerdote. Troféu, ou prova do que esse desvario insano, que se chama carnaval, pode fazer com a cabeça das pessoas. Quando o carnaval acabou, o busto do padre havia sumido. Atrás do trio elétrico vai, até, quem já morreu!
Após cinco dias de responsos e promessas, o busto retornou ao seu pedestal. Por onde andou, ninguém soube. Precaução, daquele ano em diante, quando chega o carnaval, o busto do padre João é recolhido à clausura. Retiro forçado, até o início da quaresma.
 
 
EXEMPLO
A SC 114 que liga São Joaquim (SC) a Bom Jesus (RS) está sendo construída pelo 10º. Batalhão de Engenharia de Lages. São quatro equipes de trabalho diurno e uma equipe noturna. Exemplo a ser seguido pela CONFER.
 
 
UM OLHAR SOBRE A CIDADE
O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO REINO DA BABILÔNIA?
  
SECRETARIAS
Com oito meses de governo já tivemos renúncias, demissões, exonerações e trocas de comando no secretariado de Everaldo dos Santos. O secretário de Desenvolvimento Econômico e Social não ficou nem um mês no cargo. O titular da Fazenda também deixou a equipe; Na Pasta da Assistência Social continua a dança das cadeiras. Karmensita deu lugar a Giovana que também já pediu demissão. Adjunta Lorena assume a boleia. Detalhe: Giovana é esposa do vereador Rodrigo Moraes, e Lorena é mãe do edil Valdomiro (Macho). Na Fundação de Cultura, troca de nomes. O titular Nico (Antônio Ramos) passa a ser Assessor na Secretaria de Turismo deixando a vaga para Leonardo Pascoal. Vereador Valdomiro (Macho) deixou a Câmara para ocupar uma Secretaria de Governo. Efêmera permanência no cargo, retornou ao Legislativo.
Em meio a todo esse “troca-troca” prefeito, antes da propalada Reforma Administrativa, entrega ao Secretário de Turismo o bastão de Super-Secretário municipal. Coroado como “seo” João Del Rey, alusão à cidade onde foi assinado o PAC das cidades históricas.
Apesar desta instabilidade funcional, o povo continua confiante apostando, no governo de Everaldo dos Santos, não fosse assim, a população dos bairros Portinho e Progresso (Roseta) já teria protestado, energicamente, diante da situação que ficou a avenida Calistrato Muller Salles, acesso à cidade, passando pelo centro comercial daqueles bairros.
A paciência não é infinita...
 
 
FOFOCA MELÍFLUA
Dizem as comadres, que a atual Administração de Everaldo, assemelha-se a uma colmeia, muita gente fazendo “cera,” e pouca gente, produzindo mel... 
 
 
FRUSTRAÇÃO E DÚVIDAS
O anúncio de que, na primeira etapa, apenas 344 metros da Calistrato M. Salles serão recapeados gerou muita frustração. Asfalto, da Lavolks até a travessa Rita de Cássia, não chega nem no supermercado Althoff. Na segunda etapa, asfalto nos 1.100 metros restantes, da rua Santa Rita de Cássia ate o trevo de acesso ao Laguna Internacional. Dúvidas?
1 – A “Rádio Corredor” informa que o projeto, pedindo a liberação da verba para o recapeamento da Calistrato Salles, teve que ser refeito uma vez que parte da obra já havia sido executada no governo anterior.
2- A obra em questão, que seria de responsabilidade da CONFER, vai ser executada por outra construtora, habilitada em processo licitatório. Em compensação, a Casan (Confer) ficaria responsável por obras de pavimentação de rua, nas Malvinas. Teria surgido aí, um impasse jurídico. Ausência de Licitação. Outras empresas teriam direito de apresentar suas propostas para aquela obra.
3- Não haverá recapeamento asfáltico do trevo de acesso ao Laguna Internacional até o posto da Polícia Militar?
 
 
INDIGNAÇÃO
Na terça-feira, na reunião com autoridades e moradores das áreas “atingidas” pelo tsunami Confer, prefeito Everaldo teve que enfrentar a ira do povo. Dizem que houve momentos de muita tensão. Sugestões foram apresentadas para minimizar o problema. Nada que o prefeito não possa resolver, com uma ação enérgica e imediata. Asfaltar meia pista, e entregá-la ao tráfego, por exemplo!
 
 
JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA
Na avenida João Pessoa, Magalhães, munícipes inconformados com atuação da CONFER, fizeram a roça. Plantaram milho e bananeiras nas crateras abertas pela empresa.
 
 
MORIBUNDA
Não é de hoje, que a histórica figueira, conhecida como “Árvore de Anita” não recebe dos poderes públicos o devido cuidado. Dizem que seu estado de saúde é tão precário, que os Guias Turísticos, a apresentam aos visitantes como a “moribunda” e os convidam para missa de sétimo dia que deverá acontecer, em breve. Ela tem “barba-de-velho”, mas não é protegida pelo Estatuto do Idoso.
 
 
DO FUNDO DO BAÚ
O PEDINCHÃO
Lulu, apelido fictício, é o maior pedinchão da cidade, e pede, com métodos, e táticas próprias. Um expert na arte de pedir. Exerce a pedinchice com profissionalismo. Insistente e, às vezes, até impertinente. Pedir e não levar é para Lulu, uma ofensa inconcebível à dignidade da categoria. Sinal de decadência na difícil arte de pedinchar. “Me dá um dinheiro aí” é o seu samba enredo. Hoje, é uma ajuda para comprar remédio, amanhã, uns 20 reais para levar um quilo de peixe, e garantir o rango da família. Confia na solidariedade. Alguém sempre cai na sua cantada.
Jairo Chede, proprietário da Pizzaria Chedão, estava diante da banca de pescado, no Mercado Público quando foi abordado pelo Lulu.
___ Bom dia Chede, muito movimento na Pizzaria?
___ Médio, médio, respondeu Chede, prevendo a “facada” iminente.
___ Eu queria comprar uns bagrinhos e garantir a moqueca das crianças, me empresta uns vintinhos?
___ Não tenho, hoje é dia de pagar a bebida, impostos e ainda está faltando grana.
Silêncio. Lulu dá uma voltinha em torno de si mesmo, esfrega as mãos, e insiste.
___ Então, eu aceito uns dez mangos...
___ Não tenho!
___ Nem um real para um cafezinho?
___ Já disse que estou duro, responde o Chede, já nervoso...
___ Inadmissível! Um comerciante bem sucedido, sem dinheiro no bolso?
Estás vendendo muito fiado, ou então, escondendo o jogo. Novo silêncio, mais prolongado. Lulu nota algo no bolso da camisa do Chede e indaga:
___ O que é isto?
___ Remédio que estou levando...
___ Não sobrou troco da farmácia? 
___ Não, estou duro, já disse...
___ Que medicamento é esse? Indaga Lulu, já meio desanimado.
___ Um colírio. 
___ Será “Moura Brasil”, “Lavolho” ou...
___ É “Lacril” responde Chede, entre dentes.
___ Que bom, é deste que eu uso para a minha conjuntivite. Dá para pingar duas gotinhas no meu olho?
Dizem, que o Chede, de saco cheio, deu um banho de colírio no Lulu, quase afogando a “menina” dos olhos. Em seguida, segurando o pedinchão pelo pescoço vociferou.
___ Tu devias ter vindo pedir, ontem...
___ Ontem? 
___ Por quê? Resmunga Lulu, apavorado.
___ É que ontem eu havia comprado uma caixa de supositórios... 
 

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