31maio14 - Comunidade (por Munir Soares)

NO ARRAIAL DA ALIANÇA

Bandeirinhas enfeitam o terreiro. Venerando Cacildo autoriza o início da dança quadrilha junina. Colombo e Pinho Moreira, otimistas, ditavam o ritmo da festa quando o presidente Merisio resolve botar mais lenha na fogueira:

___ O PP do Amin é nosso convidado e vai participar da dança das cadeiras. LHS soltou bombas e rojões. Haveria um quebra-potes na Aliança. Não vai ter “balancê” com o tradicional adversário político.

A “batata quente” acabou ficando no colo do Colombo.

Enquanto deputado Mariani, ex-governador Paulo Afonso e Dário tentam colocar o PMDB no lugar que merece no ponto mais alto do Pau de sebo eleitoral, correligionários serranos resolvem jogar pó-de-mico no arraiá. Querem substituir Pinho Moreira pelo Cobalchini.

___ Ponticelli, preterido por alguns peemedebistas, permanece tranquilo, alheio a esses traques partidários. Acredita que tudo não passe de “espanta-coiós”.

___ Pavan, disfarçado de sanfoneiro, não perderia a oportunidade, e sapecaria a musiquinha: “Com a filha de João/Antônio ia se casar/mas Pedro fugiu com a noiva/na hora de ir pro altar”.

Essa “corrida de saco” só vai terminar no dia trinta de junho, até lá muita lenha vai arder na fogueira das vaidades. Político bom pro fogo é o que não falta. Por enquanto, informamos o resultado da última pesquisa eleitoral, no Arraial: “O balão vai subindo e vai caindo a garoa...”. Definição junina: Coligação partidária é como calça de Jeca em festa de São João, cheia de remendos.

 

 

 

GATO ESCALDADO I

Este ano não haverá festa junina no “arraiá” do PT. Na era pós Mensalão, ninguém quer saber de formação de “quadrilha”.

 

 

 

GATO ESCALDADO II

Depois das denúncias de irregularidades na Petrobrás, a presidente Dilma ainda apresentará sua Plataforma, de campanha?

 

 

 

COPA DO MUNDO

Atletas brasileiros já chegaram ao país. Esposa do jogador Daniel Alves estaria ficando preocupada. É tanta banana que ela desconfia que o marido tenha algum “cacho”!

 

 

 

ALERTA!

Prefeito Everaldo dos Santos em viagem a Europa teria recebido e-mail, nos seguintes termos. Oriunda do Rio Grande do Sul uma cavalgada galopa com destino a Laguna. Ex-prefeito Cadorin estaria no comando. Devidamente pilchada, Ivete Cadorin, a prefeita em exercício teria ido ao encontro do marido. A fim de evitar uma nova “Tomada da Laguna,” sugerimos que antecipe seu retorno.

 

 

 

ALERTA II

Ministro Zavascki pode ser processado com base no Código de defesa do consumidor. Sendo xará de um conhecido produto de limpeza não poderia colocar na rua, um elemento, “Ficha suja”.

 

 

 

ACONTECEU APÓS O BAILE

Em todas as cidades os bailes fazem a festa do jovem pessoal sexagenário. Naquela comunidade, aqui do sul do estado, não era diferente. Um cidadão, casado, não perdia um bate-coxa. Como se dizia antigamente, era um autêntico “pé-de-valsa”, não enjeitava uma “marca”. Mesmo depois que sua esposa ficou impossibilitada de dançar, ele continuou frequentando, assiduamente, os salões nas tardes e noites de domingo. Era, até então, um alegre e inocente dançarino. Bailar era seu esporte preferido.

___ É, aqui, que mora o Afonso?

___ Sim, respondeu a esposa. 

___ Eu vim buscá-lo para o baile.

___ Hoje ele não vai poder ir.

___ Impossível, é dia do concurso de dança. Um tango. Seu marido está inscrito como meu parceiro.   O esposo, homem de palavra, foi ao clube bailar com a Violeta, uma viúva assanhada, leviana e especialista em “roubar” marido.

Ao retornar ao lar, Afonso encontrou todas as suas tralhas no olho da rua. Teve que dormir no emprego. Esqueci-me de dizer que ele era o coveiro municipal.

Morto de sono, deitou-se numa cova, aberta recentemente, e ainda à espera do inquilino. Acordou quando o cortejo fúnebre estava chegando. Ergueu-se, com sua roupa de dançador de tango, parecia um vampiro, ressuscitando. Correria generalizada, só ficou o defunto, por motivos óbvios. Fato foi levado ao conhecimento do prefeito, e o Afonso, “dançou”... (o caso é real, os nomes, fictícios). 

 

 

 

O CASAMENTO 

A demora da noiva, uma tradição brasileira, já fez sacerdotes desistirem de realizar o enlace. Noivos já disseram “Não” diante do altar, e algumas noivas desistem de casar, na hora do “Sim”. No caso que passamos a narrar, tudo perfeito. Bela cerimônia. Os nubentes faziam um belíssimo casal. Igreja bem ornamentada. Recepção perfeita. Muitos convidados. Bufete variadíssimo. Bem servido. Foi durante a sessão de fotos que tudo aconteceu. As alianças foram colocadas sobre uma pequena almofada a espera dos flashes. O voo do buquê da noiva sempre provoca um pequeno alvoroço. Pode ter sido naquele momento que as alianças sumiram. 

___ Na confusão teriam rolado pelo chão? 

___ Brincadeira de alguns amigos?

___ Furto?

As buscas foram infrutíferas. Noivos viajaram, sem as alianças, mas sem perder o entusiasmo.

 

 

 

EFICIÊNCIA TECNOLÓGICA

O “fusion” do nosso amigo Righetto é um veículo dotado de toda a moderna parafernália tecnológica. Chega a adivinhar o pensamento dos passageiros.  Algumas pessoas ficam enjoadas, assim que iniciam qualquer viagem de carro. Mastigar palito de fósforo era uma simpatia usada para amenizar tal incômodo. Jairo, o “Dae” Chede, da Pizzaria, sofre desse mal. O enjoo aumentou na subida da serra. A situação foi ficando incontrolável. Era procurar uma moita de beira de estrada ou vomitar no carro do amigo. Pela respiração, o veículo “percebeu” a aflição do caroneiro. Acionou, automaticamente, um braço eletrônico, que enfiou um comprimido de Dramin na boca do Chede. E, assim, foi durante toda a viagem. Ele ficou calminho, porém, empachado, por cima, e por baixo. Como diz o Edésio, vai chegar a hora em que o machão Chede, vai ter que “pedir penico”.  

 

 

 

A MULHER DO JARDIM

Manhã de sábado. Vento frio, chuva. Sem qualquer proteção, ela dirige seu carro, entre os canteiros, manejando, sem descanso, seus instrumentos de trabalho, enxada, vassoura e ancinho. A chuva cai com mais intensidade, nem sob a copa das árvores ela busca abrigo. Incansável. Assim é a mulher (gari ou margarida) que trabalha na praça da Matriz.  Tem um fraco, não resiste a um naco de pão com maionese. Tem que ser maionese Hellmann.

Ela vale por uma Frente de Trabalho.  Não publico seu nome com medo de que a demitam, por trabalhar demais.

 

 

 

DAVI X GOLIAS

Lei Municipal oferece incentivos fiscais a empresas que se instalarem em Laguna. Prefeito Everaldo dos Santos teria entrado na justiça, alegando a inconstitucionalidade da referida Lei. Caso conseguisse êxito, a Camargo Correa teria que pagar muito mais impostos. Renomado jurista garante que seria um tiro no pé.  Perderia na Justiça e dificultaria o diálogo com a empresa.

 

 

 

APAGÃO

No coração do Centro Histórico, rua da Celesc, entre os restaurantes Pardhal´s e Chedão uma luminária continua apagada. Com o início da festa do Padroeiro a praça e adjacências não podem continuar na penumbra.