Comunidade (20nov10)

19/11/2010 18:45

 A CAÇADA

Em comemoração ao centenário de nascimento de Archimedes de Castro Faria seus familiares promoveram um evento para o lançamento de seu livro de poemas, intitulado “Na terra dos homens”, no dia 13/11/2010.

Na sala de redação do “Semanário de Notícias” e do “Renovador”, que o sucedeu, Archimedes Faria era presença constante, ao lado de Silvinho, Luisão, Richard Calil Bulos, professor Ruben Ulysséa, Márcio Carneiro, José Paulo Arantes, Heraldo Silveira, eu, e tantos outros. Era uma eclética equipe de colaboradores.

Reverenciando o ilustre homenageado, tomo a liberdade de relembrar um fato em que ele foi destaque, não como escritor ou poeta, mas como caçador. Naquela época do ano, diante da casa de nº 22, da Rua 15 de novembro, centro, a cena repetia-se, religiosamente. Homens armados entravam e saiam da casa. Cachorros, alguns até importados (urradores americanos) eram conduzidos até o quintal de trás. O ambiente fervilhava de esperança e de muita expectativa. Luiz Remor (in memorian) meu sogro, organizava mais um safári rumo à Serra do Doze (serra do Rio do Rastro). Espingardas azeitadas. Cartuchos municiados. Tudo preparado para mais uma caça ao veado, animais tão abundantes nas matas da Serra do Mar, próximo à localidade de São Joaquim. Ainda não havia restrições à caça aos mamíferos dessa espécie.

O sorriso que se estampa nas faces de um garoto do interior quando vai à praia e vê o mar pela primeira vez, era o mesmo que se via em cada caçador ao tomar seu lugar no veículo que os levaria até ao local da caçada. O próprio trajeto, estrada de chão, serpenteando pelas encostas dos íngremes paredões, as curvas à beira do abismo, já era uma aventura. À medida que os veículos se aproximavam do local, os homens iam ficando mais tensos, calados, excitados, nervosos. Antônio Barzan acariciava o cabo da arma, Erlindo Amboni, de olhos fixos na mata parecia tentar adivinhar o local em que o bicho pudesse estar escondido. Altamiro Heleodoro de Souza contava “causos” para dissipar o nervosismo da turma. Archimedes de Castro Faria, discretamente, como era de seu feitio, massageava os músculos da coxa. Mantinha-se em forma.

Chegaram! Porém, antes que o “seo” Luiz tivesse tempo para distribuir os homens pelas diversas trilhas, o cães deram o alarme. Soltos, latindo ruidosamente, atiraram-se ao encontro das presas. Os homens retornam aos carros e iniciam a corrida em direção aos cães. Archimedes tinha outros planos, com a velocidade de um campeão dos 100 metros rasos e com a resistência e a persistência de um maratonista, embrenhou-se pela mata, de arma na mão, disposto a alcançar sua presa.

Quem poderia imaginar, o Archimedes que nós conhecemos, burocrata, gente fina, literalmente. Pacato, culto, de fala macia, íntimo dos sábios e dos filósofos, poeta e compositor, a correr como um desesperado pelo matagal, quebrando galhos, dilacerando a carne nos espinhos do caminho, célere, veloz, determinado. Súbito, um tiro surpreendeu a todos. A experiência dizia que a matilha ainda não tivera tempo de alcançar a caça. O que teria acontecido? Pé no acelerador. O jeep engolia distâncias.

___ Ei-los diante da clareira. Não acreditavam no que viam. Havia frustração nos olhos dos cães e estupefação na cara dos homens.

Ali, cinco metros adiante, com o pé direito sobre o corpo de um enorme veado morto, peito estufado, cabeça erguida como se estivesse prestes a soltar o seu “grito de guerra”, estava Archimedes Faria, cansado, rasgado, sangrando, mas, vitorioso. Chegara antes dos cachorros e dos veículos e matara o veado.

Como o seo Archimedes conseguiu tal proeza? O fato de haver morado em São Joaquim, na serra, não o credenciava a executar tal façanha. Não se revela o pulo do gato. A verdade é que Archimedes “furou” até o faro dos caninos e passou a historia como o “Fura-cão” da serra

 

PONTOS TURÍSTICOS

(crédito: https://valmirguedes.blog.uol.com.br/}

O PARAPEITO

Sobre o molhe da barra, a turma da terceira idade caminhava lépida e faceira, admirando a paisagem sob o olhar atento do guia Poliba. Na escada que dá acesso ao farolete do molhe, as meninas fizeram pose para as fotos. Os degraus cederam provocando a queda. Um susto e algumas escoriações. A coisa seria muito pior se tivesse acontecido no parapeito superior, que, aliás, também necessita de revisão. 

___ A prefeitura deve ser responsabilizada, afirmou uma testemunha.

___ Não concordo, disse outra pessoa. Elas não estavam debruçadas no parapeito e sim com as nádegas encostadas na tal proteção...

___ E daí?

___ Daí que aquela proteção chama-se “parapeito” e não, “parabundas”.

O guia Poliba, assustado e preocupado com seu pessoal, desandou a chorar. Uma das idosas, ainda no chão, virou-se para o Poliba e não se conteve, desatou a rir

___ O Poliba, chorando, é mais feio que cair da escada...

 

DEGRAUS DA FAMA

A choradeira do Poliba, guia turístico, e sua preocupação com a situação dos integrantes de seu grupo de turistas que caíram da escada, foi transmitida pela RBS –TV e teria sensibilizado setores da dramaturgia da TV Globo. Poliba deve ser convidado para fazer uma pontinha no seriado “A Grande Família”, no papel de uma “Drag-Queen” que namora com o “Bochecha”.

 

REPOUSANTE

Ao chegar a sua residência o avô foi interrogado pelos familiares: 

___ O que aconteceu no molhe? 

___ Não sei da nada!

___ A queda da escada, inúmeros curiosos, gritos, chamaram a Samu e até a televisão. Tudo ali, ao lado do seu “pesqueiro”. 

___ Não vi e nem ouvi nada. Deve ter sido na hora em que fisguei uma corvina e estava trabalhando para puxá-la pra terra.

O avô Walter, de Tubarão, com quase 80 anos é assim, durante a pescaria ele se desliga do mundo, disse Andrei, o neto. 

No Morro da Glória o destaque continua sendo a falta de segurança. Turistas são desaconselhados a subir o Morro. Precisamos de um Anjo da Guarda para a Nossa Senhora da Glória.

No Morro do Gi , o acesso à Pedra do Frade continua temerário, principalmente para nós, da terceira idade. Por que não se construir uma escada de cimento, da estrada até ao sopé do monumento? 

 

O pessoal da terceira idade transformou-se num grande filão para o mercado turístico. Empresas de turismo e hotéis estão fazendo de tudo para agradar aos velhinhos. Até oferecer serviço médicos nos ônibus de turismo. E nós? Jogamos a terceira idade, escada abaixo.

 

SEGURANÇA

No início do feriadão da Proclamação da República já tivemos trânsito congestionado no trecho entre Tubarão/Laguna, (BR 101) sem esquecer dos eternos e perigosos “Desvios”, onde a morte está sempre à espreita. Já imaginaram como será o verão? Se as autoridades não tomarem providências teremos o caos na BR 101 com consequentes prejuízos para a economia da cidade. Os vereadores e outros grupos políticos, que elegeram seus deputados, não teriam a obrigação de convocá-los para um ato solene na ponte da Cabeçuda, interrompendo o trânsito e pedindo solução para o problema? Seus eleitores não merecem isto?

 

SEGURANÇA 2 

Fontes fidedignas afirmam que é preciso aumentar o efetivo policial em nosso município e de mais viaturas para as rondas noturnas. Estão aumentando as áreas de risco e estamos às portas do verão e do carnaval 

 

MOTO-LAGUNA

Um evento que deu certo. Começa no início de dezembro e abre a temporada de verão. Pode-se dizer que é uma festa “do barulho” e indicada para quem tem insônia. Pode curtir o maior “ronco”... 

 

VERBA BRONZEADA

Prefeito Célio Antônio garante que já estão assegurados 250 mil reais para os eventos das praias. Com certeza vão sobrar uns trocados para os chuveiros e lixeiras da orla da praia do Mar-Grosso.

 

O QUE É PIOR? Quando falam ou quando Não falam?

___ Assassinato no Assentamento da Barbacena. Noticiário em todos os jornais.

___ Queda dos turistas na ponte dos molhes. Primeiras páginas nos jornais do sul, notas no DC e reportagem na RBS.

+ Na reportagem de 2 páginas do “DC”, sobre os portos catarinenses (Itajaí, Imbituba,São Francisco e Itapoá) nem uma linha sobre o porto de Laguna (zero à esquerda ou carta fora do baralho?)

+ Na relação das obras do PAC em Santa Catarina,Laguna também está de fora.

COM relação às obras do Esgoto e estação de tratamento, torcemos para que não emPAC. 

 

ESTACIONAMENTO ROTATIVO

Está difícil encontrar lugar para estacionar, em todo centro da cidade. Durante a temporada vai ficar um inferno. No o verão, em caráter excepcional, a área defronte às docas não poderia ser utilizada como “Estacionamento Rotativo”. R$ 5,00 a hora. Permanência: máximo de 2 horas?

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