Diocese de Niterói (RJ) veda bater palmas em missas. Em Tubarão, o gesto é liberado

08/10/2010 15:46

 Em nota de esclarecimento feita pelo arcebispo de Niterói (RJ), Dom Frei Alano Maria Pena e do Bispo Auxiliar daquela cidade carioca, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, os católicos locais passam a ser proibidos de bater palmas nas missas. Em Tubarão, segundo o Bispo Diocesano, Dom Wilson Jünk, os padres Sergio Jeremias e Avelino de Souza,  não existe qualquer impedimento ou manifestação da Diocese neste sentido. 

Na nota de esclarecimento, a diocese de Niterói, considerando que o gesto de bater palmas na missa tornou-se em vários lugares exagerado, gerando desconforto, perplexidade e ainda não poucas dificuldades para propiciar um clima de recolhimento como deve ser o da Celebração Eucarística e preocupados com versões alarmantes e distorcidas de que este gesto teria sido proibido, já pelo Papa ou pelo Arcebispo; ofereceram pontualizações para a reflexão.

Para o Padre Sergio Jeremias, o acordo com eles, não se trata de proibir, mas de restringir o uso de palmas, uma vez que elas não são reconhecidas como um sinal litúrgico pelo ritual e também não se compatibilizam com a natureza sacrifical da Missa, que como se sabe é renovação incruenta da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, memorial da nossa salvação. "Citam que o Papa Bento XVI, na Carta Apostólica Sacramentum Caritatis, expõe com muita clareza a dinâmica da espiritualidade eucarística em três momentos: acreditar, celebrar, vivenciar. Por isso os gestos devem expressar o que acreditamos, celebrar a nossa fé seguindo o critério Lex orandi, Lex credendi. Diante disso determinaram que o uso de bater palmas fique reduzido aos momentos de louvor da Santa Missa: O Glória e o Santo, que no tempo da Quaresma fique totalmente supresso o gesto de bater palmas, que as equipes de liturgia possam refletir e ajudem o Povo de Deus a entender estas orientações, facilitando a sua observância. "lembrando que a Santa Missa é patrimônio espiritual de todos a serviço da Glória de Deus e santificação das pessoas, suplicamos as bênçãos de Deus para todas as Comunidades Arquidiocesanas", enfatiza.

O padre Avelino afirma que não existe problema quanto ao uso de palmas nas missas e que não é exagerado, pelo menos na Diocese de Tubarão. "Não temos qualquer determinação de nosso Bispo sobre essa situação. Aliás, ficamos sabendo dessa postura, unilateral, pela reportagem. Não vejo qualquer problema nisso", observa o pároco de Morrotes. O Bispo Dom Wilson Jünck foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado para se manifestar sobre o assunto... O padre Avelino afirma que não existem problemas quanto ao uso de palmas nas missas e que não é exagerado, pelo menos na Diocese de Tubarão. "Não temos qualquer determinação de nosso Bispo sobre essa situação. Aliás, ficamos sabendo dessa postura, unilateral, pela reportagem. Não vejo qualquer problema nisso", observa o pároco de Morrotes.  

Já o bispo Diocesano, Dom Wilson Tadeu Jünkes disse que essa manifestação nada tem a ver com a diocese de Tubarão. "Me encontrei na semana passada com o bispo de Niterói. Talvez tenham ocorrido alguns exageros, mas aqui, pelo que conheço, não existe isso. A questão da palmas deve ser restrita a alguns atos litúrgicos. Mas não há nada demais aqui na diocese", informa o bispo.

O bater palmas deverá ser reduzido aos momentos de louvor da Santa Missa: O Glória e o Santo

Bispo de Tubarão, Dom Wilson Tadeu Jünck: Na diocese de Tubarão não há exagero na questão das palmas

Padre Sergio Jeremias, pároco de Vargem do Cedro: Não se trata de proibir, mas de restringir o uso, uma vez que as palmas não são reconhecidas como um sinal litúrgico 

 

Padre Avelino, pároco de Morrotes: Não vê qualquer problema no gesto

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