Farra das Subvenções: Após denúncias em carta aberta TCE decide investigar desvios de recursos públicos que podem ultrapassar R$ 13 milhões

01/10/2010 19:20

Depois da circulação de carta aberta para a imprensa, sobre a malversação de dinheiro público por entidades, através de subvenções sociais, matéria publicada na edição passada do Jornal A Crítica, uma fiscalização por amostragem na Secretaria de Turismo descobriu supostas irregularidades que somadas chegam a R$ 13 milhões em verbas repassadas a algumas instituições para realização de eventos. Auditores do Tribunal de Contas do Estado (TCE) encontraram problemas em 30 projetos. A denúncia também foi veiculada em vários órgãos de imprensa, inclusive em reportagem exibida no programa Estúdio Santa Catarina da RBS TV. Na semana passada, denúncia semelhante foi feita, em Florianópolis.
O trabalho foi realizado em julho e examinou uma parte dos contratos. O TCE informa que, quando há problemas, as entidades suspeitas e seus presidentes ficam impedidos de receber novos repasses. Outra penalidade possível é a obrigação de devolver o dinheiro com correção monetária. Uma das entidades que estão sob suspeita é a Associação Cultural da Região de Laguna. Ela tem sede numa casa da Rua Nestor Pedro dos Santos, em Tubarão. A Secretaria de Turismo repassou R$ 176 mil para três projetos. O mais caro era um show beneficente no estádio Aníbal Costa. A apresentação foi em 24 de dezembro conforme o presidente Vanderlei Vargas Fausto, no Dingo´s. A direção do estádio nega qualquer evento nesta data através de Nota de Esclarecimento.  Vanderlei Vargas Fausto, disse que houve uma mudança porque a área escolhida antes era muito ampla. Mas garante que houve show e duas mil pessoas compareceram. Ele alegou que tudo está comprovado nas notas entregues junto com a prestação de contas. Outro projeto da associação era para confecção e distribuição de duas mil cartilhas e 300 camisetas sobre drogas. Vanderlei afirmou que tudo foi feito. Questionado sobre um local onde o material foi entregue, citou o Grupo Escolar Martinho Santos. Mas a direção da escola negou. Situação também suspeita é a da Associação Tubaronense de Músicos que recebeu R$ 147 mil para fazer quatro shows abertos.

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