Orleans: Aprovado o relatório da CPI e Câmara de Vereadores de Orleans vai instaurar Comissão Processante
01/10/2010 19:18
Por seis votos a um os vereadores de Orleans aprovaram na sessão ordinária do Legislativo o relatório da CPI que investigou irregularidades na Secretaria da Saúde. Embora alguns dos indiciados na denúncia feita pela presidente daquela Casa e ex-secretária municipal da Saúde, a exemplo de Arcângelo Librelato e Unibave, a Comissão Parlamentar de Investigação concluiu que aconteceram atos ilegais na aquisição de medicamentos e equipamentos e ainda gastos não comprovados no restaurante Coliseu. O líder do governo na Câmara, Valter Orben, no início da sessão pediu vistas ao relatório e a solicitação foi levada a plenário para votação não conseguindo seu intento uma vez que os documentos ficaram à disposição durante uma semana para análise. Orben ainda teve tempo para defender o Executivo nas discussões anteriores à votação, mas acabou assimilando que a maioria dos vereadores estava favorável a aprovação do relatório referente ao projeto de Resolução que constituiu a CPI. A vereadora Suzelei Brighenti Padilha, a “Lela”, surpreendeu a todos ao comentar que alguns fatos narrados no relatório deixavam dúvidas. “Em relação aos depoimentos do proprietário do restaurante Coliseu, onde apareceu uma nota de cerca de R$ 2 mil, acho que foi muito parecido com o prestado por Decio Lottin que deu as versões parecidas. Mas não se chegou à conclusão ou com provas de que a nota tenha sido simulada. Outra situação é quanto à nota emitida pela Fundação Educacional Barriga Verde, que recebeu por um curso de capacitação de agentes comunitários de Saúde. Conversei com profissionais da área e me confirmaram que esse curso não existiu. Assim também com a aquisição de divisórias que deveriam ir para a Secretaria de Saúde e, segundo dizem, está estocada na garagem. Isso me deixa dúvidas. Vou votar favorável ao relatório mas, o prefeito deve ter espaço para que esclareça esses fatos. Outra coisa: No resultado do relatório foram apontadas apenas duas pessoas. Todas as citadas envolvidas não foram questionadas”, observou.
O relator Mário Coan explicou que o prefeito, durante a CPI, foi a programas de rádio e disse que todos os documentos estavam à disposição e isso não corresponde com a verdade. Tivemos de fazer muitas diligências. Não sou bocó de mola”, disparou. Sobre a questão da Unibave. Ele ressaltou que não tinha documentos que comprovasse irregularidades e pela relevância que a instituição tem na região não iria macular sua imagem.”Temos ma entidade que contribui para o desenvolvimento regional e por entender que não agiram de forma ilegal. Não consigo indiciar alguns dos denunciados por falta de documentação. Mario Coan é professor da Unibave. “No caso do Arcângelo era unânime sua participação, mas não tínhamos provas. Mas nada impede de termos outros procedimentos. Ele era uma eminência parda e continua sendo”, justificou.
Vereadora Lela reúne farto material para entregar em mãos na Justiça Federal, no mês de dezembro. Irregularidades não faltam!
Vereador Mário Coan: Conclusão do relator foi digna de Pôncio Pilatos
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