Orleans: Vereador é denunciado à polícia por calúnia e difamação por conselheira tutelar.

12/11/2010 19:11

Ela sofreu ofensas e foi desacatada no interior da Câmara quando participava de uma reunião

O que era para ser uma reunião de trabalho para discutir normas para o Conselho Tutelar, em Projeto de Lei apresentado pelo Executivo de Orleans, reunindo vereadores, membros da entidade e do Judiciário, acabou se transformando em barraco por conta de ação atribuída ao vereador João Francisco Tezza, o “Dão”. Insatisfeito com atitudes da conselheira tutelar em 2006, atualmente em licença por motivos de ter sofrido acidente, mas que participou do encontro em 4 de outubro último, o edil disparou palavras ofensivas contra Gabriela Santos de Oliveira Macalossi. Neste encontro para discutir o projeto estavam reunidos todos os vereadores e o juiz de Direito da Comarca Paulo da Silva Filho, uma vez que a proposição do Executivo manifestava o interesse de afastar o judiciário e o legislativo da composição do Conselho Tutelar local. De acordo com Gabriela, por ter audiência marcada, o magistrado se afastou do encontro, o que ocorreu também com alguns vereadores, mas a discussão continuou. “Estou afastada devido a um acidente desde o fim do ano passado, mas mesmo assim, por me interessar sobre as causas das Crianças e Adolescentes fiz parte da reunião, uma vez que a proposta da administração é de mudança da Lei que envolve o Conselho que já presidi. Na verdade, mudanças que nada beneficiariam seus membros que são vinculados à prefeitura, mas não tem direitos previdenciários, pagando o INSS como autônomos. Levo muito à sério minha atividade junto ao Conselho mas, talvez, por incomodar alguns, sofri esse aborrecimento”, observou a conselheira.  Ela conta que já esteve afastada da instituição, mas que conseguiu retornar através de mandado de segurança e foi a responsável pelas denúncias que envolveram o vereador Zalmir Becker, o Fred da Funerária, outros empresários e até policias militares envolvidos na corrupção de menores no município. Talvez, por sua participação nesse feito, onde Gabriela admite que não teve postura de julgamento mas o de colocar para a Justiça os crimes que vinham sendo cometidos contra menores, que estiveram sob condição de abrigo por cerca de três meses, e foi o que influenciou o vereador Dão, nesta reunião do início do mês a agredi-la com palavras. “Não temos a prerrogativa de julgar, mas defender os menores. “Até mesmo o ex-presidente da Câmara, o Vá, admitiu que deveria ter tomado outras atitudes contra o vereador envolvido”, disse a conselheira. Ela ressaltou que, na reunião de 4 de outubro Dão defendeu Zalmir e a atacou com palavras de baixo calão sob olhares de outros vereadores como a presidente da Câmara, Berenice Bernardo Durante e Suzelei Padilha. “Tenho dois filhos e sou casada com um operário. Somos humildes e trabalhadores e constituímos uma boa família. Se estou no Conselho é por ser uma pessoa íntegra. Por isso fui até a delegacia e registrei Boletim de Ocorrência, no dia 10. Isso não vai ficar assim, essas ofensas. Não mereço e sei que tenho o respaldo da população”, completou Gabriela. Ela espera que o Poder Legislativo onde se abriga o vereador, possa enquadrá-lo. “As vereadoras e outras pessoas viram e ouviram o que ele me disse. Foram ofensas e desrespeito para com a minha pessoa. Fui até o fórum e relatei tudo ao Dr. Paulo. Os vereadores “devem levar adiante porque nossa cidade não merece isso” finalizou.

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