Vice-governador comenta sobre a morte da esposa em Clínica de Estética

23/07/2013 11:09
Eduardo Moreira, vice-governador de Santa Catarina, comentou ontem, segunda-feira, dia 22, sobre a morte prematura da esposa, Ivane Fretta Moreira, durante cirurgia de lipoescultura na Clínica Jane, em Florianópolis, ocorrida na sexta-feira, dia 19. Moreira foi entrevistado na rádio Hulha Negra de Criciúma, no programa da manhã. O vice-governador disse que vai cobrar explicações da clínica onde Ivane fez a cirurgia, porque quer a verdade e não aceita mentiras.
 
Abaixo, trechos da entrevista:
 
Hulha Negra: O Sr. e seus filhos vão acionar a clínica?
Eduardo: O que mais me irrita e me preocupa é a mentira. Eles deveriam ter dito o que aconteceu na clínica e não me disseram, até hoje, a verdade. Ela (Ivane) chegou ao outro hospital já com morte cerebral.
Nós não queremos punir ninguém, nós não queremos ações indenizatórias, nós não queremos nada, nós respeitamos a minha mulher e mãe dos meus filhos, ela foi cremada, nós não queremos buscar exumação. O que nós queremos é esclarecimento e verdade.
 
Hulha Negra: Como aconteceu? Como o Sr. foi informado?
Eduardo: De manhã, a Ivane foi para a clínica. O procedimento estava marcado para as 7h30min e deve ter começado bem depois das 8h. Eu desmarquei as minhas audiências, fui ao meu gabinete, atendi o que tinha que atender e, quando me levantava para ir esperar no quarto (da clínica) a volta dela do centro cirúrgico, telefonam-me da clínica dizendo que eu deveria me dirigir para lá, porque tinha acontecido um probleminha, mas estava tudo bem. Só que o médico queria conversar comigo, porque ela seria transferida de hospital. 
Eu cheguei à clínica em menos de cinco minutos e fiquei esperando uns 20 minutos, já preocupado. Até que três médicos me chamaram, disseram que ela teve uma bradicardia (diminuição da freqüência cardíaca), que fizeram a atropina (medicamento que acelera o ritmo cardíaco) e, enquanto não havia resposta dessa medicação, fizeram massagem cardíaca. Só que a resposta à atropina normalmente é imediata, porque é feita na veia. Mas aí disseram que o coração dela acelerou, houve uma depressão respiratória, ela foi entubada, colocaram respirador e tal. Naquele momento, eu disse a eles que não queria reagir como médico, mas como marido da paciente, e pedi: vocês cuidem dessa mulher! 
Quando ela saiu do centro cirúrgico da clínica, demorou mais uns 15 minutos, eu percebi cianose labial (falta de oxigênio).
Quando eu cheguei no outro hospital, eu entrei na UTI com um filho que também é médico, aí eu vi realmente a situação grave da Ivane, porque ela estava com midriase fixa. A pupila dilatada, não reage a luz. Isso é sinal de grande sofrimento cerebral e sinal muitas vezes de óbito.
 
Hulha Negra: Como tem sido estes primeiros dias?
Eduardo: Aqui em casa está tudo intocado. Ela foi na sexta-feira de manha, para eu buscá-la à tarde, e está tudo em casa, como ela deixou. Quer dizer, parece que ela vai chegar a qualquer momento. 
Ainda é um sentimento muito forte a presença dela dentro de casa!
 
 
Eduardo Moreira: “Nós não queremos ações indenizatórias. Ela foi cremada, nós não queremos buscar exumação. O que nós queremos é esclarecimento e verdade”
 

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