Entrevista 08/05/2010: Haroldo de Oliveira Silva

Entrevista 08/05/2010: Haroldo de Oliveira Silva

 

Entrevista Haroldo de Oliveira Silva
Secretário de Desenvolvimento Regional


Haroldo de Oliveira Silva (Dura) tem 55 anos, é casado com Maria Stelia Beltrame Silva, com quem tem dois filhos Fernando Beltrame Silva e Daniel Beltrame Silva.
Atuou profissionalmente nas Centrais Elétricas de Santa Catarina de 1978 a 2003, onde foi admitido como Eletrotécnico, mais tarde passando a Assistente Administrativo, chegando a exercer o cargo de Assessor Especial de Administração no período de 1994 a 1996 e no período de 1999 a 2002.
Na área da Educação atuou de 1984 a 1998 no Colégio São José de Tubarão, exercendo a função de Professor e Coordenador Comunitário. Desde 2002 atua como Professor Consultor do Curso de Letras UNISUL – CAMPUS TUBARÃO.
Como político foi Vereador na legislatura 1997/2000, eleito com 1184 votos. Nesta Legislatura foi líder da bancada governista por dois anos, membro da Comissão de Educação e Cultura e membro da Comissão do Meio Ambiente.
No ano 2000 novamente foi candidato a vereador, obtendo 780 votos alcançando a 1ª suplência.
Em 2008, candidato a vereador pelo PSDB obteve 1198 votos, ficando na 2ª suplência, assumindo uma cadeira na Câmara no período de janeiro de 2009 até março de 2010, quando foi Líder do Governo neste período.
De agosto de 2003 a dezembro de 2007 – foi Assessor Especial do prefeito de Tubarão na gestão do Prefeito Carlos José Stüpp. Neste período teve sob seu comando a Coordenação Geral da COSIP – órgão que administra a Iluminação Pública, realizando obras na revitalização de várias praças na cidade.
Foi membro do Rotary club Tubarão Sul, Diretor cênico de vários grupos de teatro aplicado a educação e membro do Conselho Municipal de Cultura.


A Crítica: O senhor esteve vereador desde o inicio do mandato do prefeito Manoel Bertoncini e no Legislativo foi líder do governo. Como foi essa sua atuação?

Dura: A minha atuação foi a mais honesta possível. Fui leal a gestão do prefeito Manoel Bertoncini/Luiz Felipe Collaço. Defendi o governo como ninguém, tivemos uma oposição firme na Câmara de Vereadores, mas sempre defendemos bem o governo. Sou muito grato ao meu partido por fazer parte deste governo.

 

A Crítica: Muitos foram os projetos, indicações e requerimentos apresentados na Câmara pelo vereador. Quais os que merecem mais destaques?

Dura: Eu particularmente fiz poucos projetos, mas sempre defendi bons projetos dos outros vereadores. Eu discutia muito, mas tem um projeto sancionado pelo prefeito que gosto muito que foi na área de educação: O TDA/TDH transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Muitas crianças sofrem deste transtorno causando desconforto para os pais e professores.

 

A Crítica: A questão da implantação da fosfateira foi uma causa que o senhor abraçou enquanto vereador. Até agora os resultados obtidos vem sendo satisfatórios e o senhor acredita que sua participação foi vitoriosa?

Dura: No primeiro momento acho que os resultados estão parecendo satisfatórios sim. No “A luta continua”, a luta pelo meio ambiente tem que ser uma causa de todos, do coletivo. Acredito no sucesso desta empreitada.

 

A Crítica: Como o senhor absorveu o fato do retorno do Sargento Batista e Nilton Campos à câmara fazendo com que voltasse à suplência? Com a situação o senhor até chegou às lágrimas. O sr. ficou indignado com o ato?

Dura: No primeiro momento fiquei com muita raiva sim, indignado. Mas quando eu cheguei em casa depois daquele episódio, recebi um conselho. Eu soube meia hora antes de tudo acontecer. ”Pai, se recolhe e faz uma reflexão. Amanhã é outro dia".  No outro dia as lideranças do meu partido me chamaram e me colocaram a posição. Eu sou partidário e vi que eles tinham boas intenções com relação a isso e sobre mim. Foi uma situação política em que eu deixei de fazer parte no dia seguinte. Eu tinha dois caminhos a seguir: ou escolhia o "bateu, levou", ou o consenso. Tudo o que fiz pelo meu partido me dava à certeza de que eu não seria abandonado.

 

A Crítica: Durante o governo anterior o senhor foi responsável pela Cosip e ainda hoje se fala muito no seu nome quando se fala em iluminação pública em Tubarão. O senhor pode voltar à função?

Dura: Torço muito pela Dona Reneuza Borba, tenho certeza da lealdade do seu trabalho. O meu retorno ao paço municipal depende da posição do prefeito Dr.Manoel Bertoncini.

 

A Crítica: Como o senhor chegou à SDR? Causou-lhe surpresa a indicação ou já estava sendo alinhavado politicamente o seu nome para assumir como secretário por ocasião do desembarque do DEM do governo?

Dura: Confesso que foi uma surpresa. Fui convidado pelos líderes do meu partido. Pedi uns dias para pensar, para analisar a proposta e a condução do processo. E pra minha felicidade tive o apoio integral do PSDB, regional e estadual. E isto me deixa muito grato. E confesso que estou gostando. Pretendo deixar a minha marca.

 

A Crítica: Restam ainda alguns meses para o fim de governo de Leonel Pavan. O senhor fica até o final? Quais seus planos frente da Secretaria de Desenvolvimento Regional?

Dura: Sim. Eu fico até o dia 31/12/2010. Até o final do governo Leonel Pavan.

 

A Crítica: Esse cargo que assumiu na SDR pode ser um trampolim para vôos mais altos na política?

Dura: Eu penso que ser Secretário de Estado te dá uma visibilidade maior, regional e porque não até estadual. A minha contribuição política em Tubarão já foi dada, e não pretendo mais me candidatar a vereador. Minha contribuição já foi dada. Vou ter tempo pra pensar. No momento não pretendo voar mais alto do que a minha posição hoje.

 

A Crítica: Antes de político o senhor foi professor, além de militar nas artes, mais especificamente no Teatro. Como o senhor vê esse misto de atividade?

Dura: Ambos são uma sabedoria popular. São dinâmicos e populares. O diálogo acima de tudo.

 

A Crítica: Como o senhor vê o atual quadro político de Tubarão. Diante do relacionamento entre o PSDB e o PP. Pode haver cisão entre os partidos e desembarque dos progressistas?

Dura: Na política o inimigo de hoje pode ser o amigo de amanhã, e o amigo de hoje pode ser o inimigo de amanhã. Não se sabe ainda a dimensão do seu tamanho.

 

A Crítica: E em âmbito estadual. Como o senhor avalia o quadro político, uma vez que temos eleições para 3 de outubro?

Dura: O governador Leonel Pavan é o meu candidato e acredito muito na composição da tríplice aliança.

 

A Crítica: Que mensagem o senhor deixa para seus eleitores, aos tubaronenses e às comunidades de abrangência da SDR?

Dura: A grande marca é dar continuidade. Não posso inventar grandes obras, as que estão em andamento vêm sendo tratadas há alguns anos. Eu tenho a felicidade de ter o Aeroporto Regional quase 60% pronto, sendo que dia 14 de maio acontece a abertura dos envelopes da licitação; na Arena Multiuso, falta apenas a licitação da prefeitura e quando ela sair vamos buscar os recursos; o Presídio está no cronograma; a Serra-Mar é um sonho. Cabe a mim supervisionar e as minhas idas a Florianópolis são importantíssimas, porque é lá que estão os orçamentos. Nós somos o elo entre os municípios e o governo do Estado. Eu sou obrigado a estar lá, para que os prefeitos e as lideranças não precisem ir.