Entrevista da semana (06nov10): Osmar Cardoso (PROPRIETÁRIO DE FARMACIA)

 Osmar Cardoso nasceu em Lauro Müller no dia 19/02/1934 e iniciou suas atividades na farmácia de seu irmão, Lindomar Tournier, aos 10 anos de idade, no distrito de Guatá, em sua cidade natal. Aos 17 anos mudou-se para Porto Alegre (RS) e posteriormente para Joinville, Joaçaba e Florianópolis, sempre trabalhando em farmácias. Veio para Tubarão em 1956 e iniciou como proprietário no bairro Oficinas, onde fundou a Farmácia Vera Cruz, que está em atividade até nos dias de hoje, apenas com a modificação do nome fantasia para Farmácia Oficinas, atualmente associada à rede Masterfarma. 

 

A Crítica: O senhor vem de uma família de farmacêuticos. No início de sua carreira, trabalhou com seu irmão. Depois abriu sua própria farmácia. Como foi decidir-se a vida inteira a venda de remédios e orientar as pessoas?

 

Seu Osmar: A decisão inicialmente foi motivada pelo meu irmão, Lindomar Tournier e ao iniciar nesta atividade me identifiquei e sinto-me realizado por estar até hoje orientando as pessoas.

 

A Crítica: A Farmácia Vera Cruz sempre foi localizada no bairro Oficinas, de onde nunca saiu. Em 1991, o senhor vendeu a farmácia para seu filho mais velho, José Ricardo Nogared Cardoso. Por que resolveu aposentar-se? E qual a satisfação em saber que sua empresa passou de pai para filho?

 

Seu Osmar: Entendi que era o momento de descansar e que poderia me afastar parcialmente.

 

A Crítica: Muitos conselhos para seu filho, logo após a venda?

 

Seu Osmar: Sempre que um pai pode, deve passar sua experiência aos filhos para contribuir.

 

A Crítica: Que lições de vida aprendeu nesses anos que atuou na farmácia?

 

Seu Osmar: Aprendi a ter paciência e tolerância, entendendo as pessoas com seus problemas e alegrias.

 

A Crítica: Além do trato com as pessoas, o que mais gostava de fazer no dia a dia do seu trabalho?

 

Seu Osmar: Atividade na farmácia é gratificante e ver uma pessoa chegar com algum problema e se restabelecer nos deixa muito feliz.

 

A Crítica: Quais foram as maiores dificuldades que o senhor encontrou para desenvolver seu Trabalho? Cite também quais foram às maiores alegrias?

Seu Osmar: Encontramos dificuldades ao longo dos anos que são superadas e devemos lembrar mais dos momentos felizes, que foram muitos.

 

A Crítica: O Senhor vem de um tempo em que muita gente tinha mais confiança no senhor do que nos médicos. As pessoas ainda lhe procuram quando estão com problemas de saúde?

 

Seu Osmar: Diferente de quando iniciei, hoje a população dispõe de mais recursos de médicos, laboratórios e mesmo assim muitas pessoas vem nos procurar para tirar dúvidas e  por isso posso transmitir alguma experiência que adquiri.

 

A Crítica: A automedicação é um ato já cultural no Brasil?

 

Seu Osmar: A cultura da automedicação vem da época que tínhamos pouco recurso, mas com a maior informação esta cultura tende a se modificar.

 

 9) Que atividades o senhor realiza após a aposentadoria? Como é o seu dia-a-dia?

 

Seu Osmar: Mantenho a mesma rotina, apenas com o ritmo mais lento.

 

A Crítica: Como o senhor analisa a situação do aposentado hoje no Brasil?

 

Seu Osmar: Difícil, com uma queda acentuada no poder aquisitivo

 

A Crítica: A exigência de um farmacêutico formado em tempo integral dentro de uma farmácia dificultou o trabalho de quem vende remédios? Como é que o senhor acompanhou esse processo?

 

Seu Osmar: Entendo o processo como positivo, houve uma melhora nas informações aos clientes. A presença do farmacêutico junto com a experiência dos práticos em farmácia só traz benefícios

 

A Crítica: Qual é a avaliação do senhor com relação ao tratamento da sociedade nas questões do idoso, da terceira idade e da aposentadoria?

 

Seu Osmar: Ainda está longe do ideal, e com o ritmo acelerado das pessoas, cada vez menos teremos atenção aos idosos

A Crítica: Algum projeto ou sonho pessoal depois de aposentado?

 

Seu Osmar: Apenas manter a minha vida tranquila e continuar transmitindo meus conhecimentos

 

A Crítica: A aposentadoria era realmente o que o senhor imaginava?

 

Seu Osmar: Não, esperava chegar com mais respeito por parte dos governantes.

 

Ping-pong 

 

- Sou insuportável quando:

ESTOU IRRITADO

- Fico tiririca:

QUANDO SOU OFENDIDO

- Como (alimento) de consciência pesada:

COMO TUDO DE CONSCIÊNCIA TRANQUILA

 

- Um país, fora o Brasil:

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

.

- Uma cidade, fora a que mora:

FLORIPA (EUA)

 

- Tubarão é:

BOA DE VIVER

- Uma maravilha em Tubarão:

O RIO TUBARÃO

 

- Um pesadelo em Tubarão:

TRÂNSITO

 

- Tubarão merecia um(a):

PARQUE

 

- Um bom programa de rádio:

QUE TENHA MÚSICA REGIONAL E INFORMAÇÃO

 

- Três tubaronenses nota 10:

PAULINHO MAY, DILNEI CHAVES CABRAL E ANSELMO SCHOTTEN (FALECIDOS MAIS CONTINUAM MEUS AMIGOS)

 

- Três brasileiros nota 10:

NEREU RAMOS, GETULIO VARGAS E LEONEL BRIZOLA

 

- Não fiz e me arrependo:

ESTUDAR MAIS

- Ainda vou fazer: 

VIVER BASTANTE

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